Em Fullmetal Alchemist: Brotherhood, a prática da alquimia está no auge da ciência. Ela permite que seus praticantes alterem a composição da matéria por meio do processo de transmutação, uma habilidade útil tanto em combate quanto na vida cotidiana. Apesar de suas muitas aplicações, a alquimia é uma ciência e, como tal, está sujeita às leis do universo de FMA.
Dito isso, o princípio central da alquimia gira em torno da Lei da Troca Equivalente. Embora possa parecer complicado, o conceito simples é absoluto: algo não pode ser criado do nada. Para criar algo, outra coisa de valor igual deve ser trocada e, em seguida, é perdida. A Lei da Troca Equivalente limita o potencial infinito da alquimia, e o programa explora por que isso é na verdade algo bom.
A Lei da Troca Equivalente de FMA Limita a Alquimia
A Lei da Troca Equivalente é uma versão fictícia da Primeira Lei da Termodinâmica, que afirma que a energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada. A luz pode se tornar calor, eletricidade pode se tornar som e assim por diante. Em Fullmetal Alchemist, a Troca Equivalente se baseia em duas leis fundamentais: a Conservação da Massa e a Conservação da Providência.
A Lei da Conservação da Massa dita que um objeto não pode ser criado do nada e, se for descontruído, o objeto em questão será reduzido a componentes cuja soma é igual em massa. Por exemplo, um objeto com massa de um grama só pode ser transmutado em um objeto com massa igual a um grama. Se um objeto de um grama for descontruído, o processo produzirá componentes cuja soma equivale ao mesmo peso.
A Lei da Providência Natural afirma que objetos compostos de um material ou elemento específico só podem ser transmutados em objetos de composição semelhante. Por exemplo, objetos de pedra podem ser transmutados em outros objetos de pedra, mas não em objetos compostos principalmente de água. Em outras palavras, chumbo não pode se tornar ouro. No entanto, existem algumas exceções notáveis a essa regra.
As Três Leis da Alquimia:
- Não transmute ouro.
- Não aja contra o governo.
- Não tente a Transmutação Humana.
O Tabu da Alquimia: Transmutação Humana
A alquimia, embora capaz de realizar feitos milagrosos, não está isenta de limitações. Reviver os mortos por meio do processo de transmutação humana é impossível e é um ato considerado tabu no mundo da alquimia. Para reviver alguém que faleceu, tanto sua alma quanto seu corpo original devem ser transmutados, com Alphonse Elric afirmando que uma alma errante só pode retornar ao seu corpo original e vice-versa. É por isso que sua alma começa a rejeitar a armadura, já que não é seu recipiente adequado.
Fullmetal Alchemist estabelece que o valor de uma alma humana é incalculável, e, como algo não pode ser criado sem que um objeto de igual valor seja perdido, algo que possui valor infinito nunca pode ser trocado igualmente. Isso não impede os alquimistas de tentarem, pois às vezes a dor de perder um ente querido supera a lógica. Se a transmutação humana for realizada, o alquimista responsável paga um preço alto, pois barganhar por uma alma de valor infinito com materiais de valor finito desequilibra a equação alquímica, causando um rebote.
Os rebotes exigem um pedágio do infrator do tabu para reequilibrar a troca: Alphonse perde seu corpo e Edward perde uma perna ao tentar reviver sua mãe; Edward também perde um braço ao vincular a alma de Alphonse à armadura. Em um caso não relacionado, Izumi Curtis perde diversos órgãos ao tentar reviver seu bebê. O pedágio será cobrado mesmo se o tabu for cometido involuntariamente ou contra a vontade da pessoa, como Roy Mustang, que perde a visão mesmo sendo forçado a realizar a transmutação humana por Father e pelos Homúnculos.
A punição pela transmutação humana é severa, não apenas porque vai contra a Lei da Troca Equivalente, mas também porque desafiar essa lei significa que um ser humano efetivamente tentou se igualar a Deus – e Deus em Fullmetal Alchemist é nada menos que a Verdade. Qualquer um que tente a transmutação humana é teleportado por seu próprio Portal da Verdade (que permite a realização da alquimia) e levado perante o ser após o qual o portal é nomeado. A Verdade é Deus no sentido de que possui conhecimento infinito, incluindo o conhecimento da alquimia, da história mundial e muito, muito mais. Quando lançado através do Portal da Verdade, esse conhecimento infinito é exibido e absorvido pelo alquimista alvo. Além desse conhecimento, a entrada no domínio da Verdade também permite que o alquimista realize a alquimia sem o uso de um Círculo de Transmutação (ainda se aplicando a Lei Básica da Troca Equivalente).
Como uma Pedra Filosofal se Encaixa na Transmutação Humana
O uso de uma Pedra Filosofal é a única maneira de realizar a Transmutação Humana sem causar um rebote. Isso ocorre porque as Pedras Filosofais são compostas de várias almas, permitindo a troca igual de seus conteúdos ao realizar transmutações humanas. No entanto, embora seja tecnicamente possível, a moralidade desse ato é questionável devido à criação e uso de uma Pedra Filosofal serem antiéticos desde o início. É também por isso que Ed e Al se recusam categoricamente a explorar uma Pedra Filosofal para contornar a Lei da Troca Equivalente, mesmo que isso signifique alcançar seus objetivos instantaneamente.
O Poder da Própria Alquimia Pode Ser Trocado
A única outra instância de transmutação humana bem-sucedida em Fullmetal Alchemist é a transmutação final de Edward Elric, na qual ele oferece à Verdade seu próprio Portal da Verdade e, assim, sua capacidade de usar a alquimia, em troca da alma e do corpo de Alphonse. Como os valores em questão são incalculáveis desde o início, se isso satisfaz a Lei da Troca Equivalente pode ser deixado à especulação. No entanto, é inegável que neste momento Edward sacrifica um poder absoluto, uma ideia que, se realizada, tem um valor infinito, em favor de salvar seu irmão.
A Verdade é um ser onisciente e também a imagem espelhada do alquimista à sua frente e, como tal, pode discernir o que essa pessoa considera mais valioso. Para Edward, a alquimia é o que o define e é indiscutivelmente sua posse mais preciosa. Sua disposição em sacrificar o que tinha mais valor para ele foi mais do que suficiente para satisfazer a Verdade, cumprindo assim a Lei da Troca Equivalente.
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