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The Medium – Review

O gênero de terror e suspense sempre fez bastante sucesso no mundo dos games, e The Medium é um jogo que se inspira em alguns dos melhores clássicos do gênero para trazer uma nova experiência. Será que este jogo consegue?

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Em The Medium, você controla Marianne, uma médium que consegue trafegar pelo mundo dos vivos e dos mortos. Marianne é assombrada pela visão de uma criança sendo assassinada. e no dia mais difícil da vida dela, recebe uma ligação misteriosa lhe pedindo ajuda e que ela vá até Niwa, uma espécie de antigo hotel abandonado após um massacre, para encontrar uma pessoa que precisa de ajuda e que, de alguma forma, sabe dos poderes dela.

Conforme The Medium vai avançando, você vai descobrindo mais sobre o passado de Marianne, sobre os poderes dela e também sobre todo o mistério envolvendo este lugar. Chegando lá, Marianne se envolve em uma situação de vida ou morte, enquanto é perseguida por um espírito maligno que quer consumir tudo o que ele encontra pela frente.

The Medium - Review

 

Logo de cara, a primeira coisa que você nota em The Medium é que ele faz uso de duas características de jogos que marcaram os anos 90: Silent Hill e Resident Evil. O primeiro deles é o fato de você trafegar tanto pelo mundo dos vivos, como nós conhecemos, quanto pelo mundo dos mortos, uma versão alternativa deste mundo, bizarra e contorcida. Já o segundo é o esquema de câmeras fixas, que ajuda a criar uma tensão maior no jogo pois você nunca sabe o que está lhe esperando na próxima esquina.

Para avançar em The Medium, você precisa ir resolvendo os mistérios e desafios que o jogo lhe coloca em frente, como encontrar uma alavanca para abrir uma porta emperrada, cortar paredes de pele com uma navalha e assim por diante. Além disso, você também deve usar os poderes de mediunidade de Marianne para encontrar pistas sobre o lugar, reviver memórias de objetos escondidos e assim por diante.

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Para completar, em vários momentos você precisa navegar tanto pelo mundo dos vivos quanto pelo mundo dos mortos ao mesmo tempo, num esquema de câmera dividida em dois que é a grande sacada de The Medium.

The Medium - Review

Esses desafios geralmente não são muito difíceis de se resolver, e eu lembro de ter ficado perdido em poucos momentos do jogo, como num quebra-cabeça onde eu tinha que usar os poderes de Marianne para sair do corpo dela e trafegar apenas pelo mundo dos mortos, e eu não havia me dado conta disso. Essas viagens pelo mundo dos vivos e dos mortos é uma das ideias mais interessantes que o jogo apresenta, já que a solução de muitos problemas que o game oferece quase nunca estão em apenas um dos planos.

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The Medium - Review

Além de usar a cabeça, você também terá que usar os poderes de Marianne em muitas situações, como ajudar mortos a fazerem sua passagem, acessar locais inacessíveis no mundo dos vivos e assim por diante.

Apesar de ser um jogo de suspense e inspirado em dois jogos com um sistema de combate, The Medium não é um jogo em que você precise enfrentar inimigos para avançar. Há momentos em que você precisa correr pela sua vida, mas você não consegue fazer muita coisa além disso. Você até tem um último recurso, que é uma espécie de explosão de luz para impedir que você seja morto uma vez, mas fora isso, tudo o que você tem a fazer é se esconder, correr e tentar evitar o vilão do jogo ao máximo.

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Os encontros com este vilão, aliás, infelizmente são uma das partes em que o jogo peca um pouco. Em todos estes momentos você tem apenas uma solução para resolver o “confronto”, e em muitos casos a janela de tempo para fazer esta solução é muito pequena. Maw, o vilão implacável que te persegue durante o game, é imponente e assustador, mas ele acaba perdendo um pouco todo esse efeito se você está tendo que rever a mesma cena pela quinta vez seguida e sendo pego por ele dois segundos depois do jogo te deixar controlar a personagem.

Além disso, o jogo também não te deixa salvar o progresso, salvando automaticamente em certos pontos. Isso às vezes é um problema pois você precisa refazer alguma parte grandinha ou rever a mesma cutscene várias vezes caso empaque em alguma parte do game ou precise reiniciá-lo por causa de algum travamento.

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Por falar em travamentos, o jogo travou comigo umas 3 ou 4 vezes. Uma delas foi numa transição do mundo dos vivos para o mundo dos mortos e as outras foram quando eu pausei e despausei o jogo. Nesses momentos, a única forma de solucionar o problema foi fechando e abrindo o jogo outra vez.

Ao todo, The Medium conta com cerca de oito horas para ser concluído. Eu achei este tempo de história bom, já que menos do que isso faria o jogo parecer corrido demais, e mais certamente deixaria a experiência cansativa. Para fechar 100% do jogo, ou seja, chegar os 1000 pontos de conquista, você provavelmente não precisa de muito mais do que isso, já que eu fechei ele em 800 e poucos e o que me faltou dava para ter feito em uma vez só, caso eu tivesse um guia de colecionáveis pela frente.

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Graficamente, The Medium é bastante belo e fluído. Eu testei o jogo na maioria do tempo no Xbox Series X, onde ele raramente sofreu de engasgos de performance. No PC, onde eu joguei cerca de uma hora durante a minha campanha, o jogo ainda precisa de algumas atualizações, já que ele passou por engasgos mesmo rodando em 1080p numa GeForce 2080 Super com o Ray Tracing ligado, além de ter vários artefatos gráficos na tela (mesmo instalando o jogo num SSD melhor do que o do Xbox Series X).

Como eu joguei o game antes dos drivers específicos da Nvidia para o jogo, é possível que na data de lançamento dele tudo já esteja corrigido, mas como eu não sou como a Marianne que consegue ver o futuro, eu só posso dizer pelo que eu passei com o jogo mesmo.

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A trilha sonora de The Medium é outro grande destaque do jogo. Antes do jogo começar, The Medium recomenda que você jogue sempre de fone de ouvido, e o som do jogo faz um papel fundamental para criar esse clima de tensão do jogo, com vozes e barulhos que nem sempre estão ao alcance da sua visão. Além disso, a dublagem do game também está muito bem feita, com destaque para Marianne e também para Maw, o monstro implacável que te persegue pelo jogo. Para completar, a trilha sonora dele também é muito boa.

Mas e aí, The Medium vale a pena?

The Medium é um bom jogo de suspense e terror. Ele está longe de revolucionar o gênero, mas é uma bela experiência que bebe das fontes de Silent Hill e Resident Evil. Vale ressaltar, entretanto, que algumas partes do jogo poderiam ser melhor calibradas para você não precisar fazê-las 5 ou 6 vezes até acertar a janela de tempo certinha, e ele poderia dar mais liberdade ao jogador, já que a maioria dos eventos ele é extremamente scriptada. Mas, no fim das contas, é um jogo bastante satisfatório de se jogar que provavelmente vai agradar aos fãs do gênero.

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Review elaborado com uma cópia para Xbox Series X e PC (Ryzen 7 2700x, GeForce 2080 Super, 32GB de Ram DDR4 e SSD NVME de 1TB) fornecida pela Xbox Brasil.

Resumo para os preguiçosos

The Medium é um bom jogo de suspense e terror. Ele está longe de revolucionar o gênero, mas é uma bela experiência que bebe das fontes de Silent Hill e Resident Evil. Vale ressaltar, entretanto, que algumas partes do jogo poderiam ser melhor calibradas para você não precisar fazê-las 5 ou 6 vezes até acertar a janela de tempo certinha, e ele poderia dar mais liberdade ao jogador, já que a maioria dos eventos ele é extremamente scriptada. Mas, no fim das contas, é um jogo bastante satisfatório de se jogar que provavelmente vai agradar aos fãs do gênero.

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Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • História intrigante e bem contada
  • Bom ritmo de jogo, não é nem curto demais, nem longo demais
  • Boa trilha sonora e efeitos sonoros

Contras

  • Alguns encontros com Maw ainda precisam ser melhor calibrados
  • Travamentos que necessitaram reiniciar o jogo
  • Artefatos gráficos e problemas de performance na versão de PC que ainda precisam ser corrigidos
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.