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Spider-Man: Miles Morales – Review

Spider-Man é um dos super heróis mais populares de todos os tempos, e Miles Morales foi um dos super heróis da nova geração que mais deu certo. Após ter a possibilidade de um jogo solo bastante sugerida no primeiro jogo da franquia ainda para o PS4, Miles Morales está finalmente em voo solo como um título de lançamento do PS5 e um standalone no console da geração anterior. Como será que ele se sai?

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Um novo herói em Nova York

Em Spider-Man: Miles Morales, Peter Parker foi viajar com MJ para a Europa por algumas semanas e agora cabe a Miles tomar conta da cidade. Logo no primeiro dia de super herói solo dele, ele acaba descobrindo uma conspiração envolvendo a empresa de energia Roxxon e a gangue de rebeldes chamada Underground.

Com o seu novo bairro, o Harlem, em perigo, Miles deve garantir que o seu bairro e toda Nova York não sejam destruídos, enquanto cresce como um super herói.

Gameplay e Mecâncias

O jogo em si funciona bastante como Spider-Man original, ou seja, as mecânicas de navegação pelo cenário, combate e assim por diante são exatamente as mesmas. Além disso, muitas atividades que estavam disponíveis no jogo anterior também voltaram aqui, como derrotar inimigos em construções, resolver crimes aleatórios que aparecem na cidade, treinamentos com hologramas e até mesmo aquela missão onde você tem que caçar pombos.

O que o jogo tem de novo então? Algumas atividades do mapa foram repensadas em função de Miles e seu passado. Eu prefiro não entrar em detalhe exatamente no que pois é um spoiler da história, mas assim como Peter tinha os desafios de bater fotos espalhados pela cidade, o Homem Aranha amigo da vizinhança também tem estes desafios.

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Além deles, Spider-Man: Miles Morales também conta com um aplicativo onde as pessoas podem pedir ajuda, e as missões secundárias do jogo se encontram por ali, além dos crimes espalhados pela cidade que você pode resolver.

Outra novidade são as habilidades especiais que Miles conta para enfrentar seus inimigos. Estas habilidades são a Bioeletricidade, que conferem ao Homem Aranha poderes para enfrentar brutamontes com mais facilidade do que Peter, e também outra habilidade que é revelada conforme o jogo avança e que deixaremos de comentar por spoilers.

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Estas habilidades facilitam bastante a vida do jogador na hora do combate, ou seja, ele é bem menos punitivo do que em Spider-Man, ainda que este não fosse tão difícil assim. Com estas habilidades, eu achei que as partes de luta do jogo fluíram bem mais, e foram poucos momentos em que eu empaquei em alguma luta que fosse realmente difícil.

Comentando um pouco sobre a campanha, Spider-Man: Miles Morales não é um jogo muito longo. Com umas 30 ou 35 horas é possível limpar o mapa completamente, já que, apesar do mapa contar com muitas atividades, a maioria delas consistem em encontrar algum item no mapa ou derrotar meia dúzia de inimigos num combate que não dura mais do que 5 ou 10 minutos.

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A campanha do jogo também é bem mais curta que a de Spider-Man. É verdade que o jogo foi anunciado inicialmente como um standalone, e por isso ele conta com um preço mais baixo em relação a um lançamento completo, mas caso você seja uma pessoa que joga a história e parte para outros jogos, você provavelmente vai acabar o jogo bem mais rapidamente do que esperaria.

Mas mesmo sendo curta, a história vale a pena? Sim, com certeza. Com este capítulo introdutório, Miles agora está pronto para voos mais altos, e eu adoraria ver um Spider-Man 2 onde nos alternássemos entre Peter Parker e ele, cada um com seu conjunto de habilidades e histórias.

Graficamente, Spider-Man: Miles Morales conta com belos gráficos. Boa parte do jogo foi reaproveitada do seu antecessor, mas o Underground e os capangas da Roxxon são bem modelados, a variedade de inimigos também ficou boa e as cutscenes são bem animadas e cheias de efeitos especiais. Apesar disso, elas são poucas, afinal de contas o jogo também não é tão longo assim.

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Os efeitos de Ray Tracing no PlayStation 5 ficaram bem bonitos, mas o jogo não melhora tanto assim graficamente em relação ao PlayStation 4 Pro, versão na qual eu joguei o jogo do início ao fim.

A trilha sonora do jogo é bem interessante, e a dublagem está muito boa, tanto em sua versão com áudio original quanto com o áudio em português. Aqui vale o comentário de que em alguns momentos do jogo, ele se perdeu e começou a usar falas de Miles em português no meio dos combates, mesmo quando eu estava com o áudio em inglês.

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Fora esse bug, fica o registro de que o jogo travou uma vez no PS4 Pro e fechou, mas além disso eu não encontrei nenhum outro problema.

Mas e aí, Spider-Man: Miles Morales vale a pena?

Spider-Man: Miles Morales funciona muito bem como um standalone e deve ser levado em conta dessa forma, e não como um AAA de 60 dólares. O jogo apresenta uma história totalmente focada em Miles e que serve como rito de passagem para o herói, o qualificando para novos voos. Quem gostou do jogo original certamente vai gostar desse.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PlayStation 4 Pro e PlayStation 5 enviadas pela PlayStation Brasil.

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Resumo para os preguiçosos

Spider-Man: Miles Morales funciona muito bem como um standalone e deve ser levado em conta dessa forma, e não como um AAA de 60 dólares. O jogo apresenta uma história totalmente focada em Miles e que serve como rito de passagem para o herói, o qualificando para novos voos. Quem gostou do jogo original certamente vai gostar desse.

Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • As novas habilidades são divertidas e abrem uma série de opções no combate
  • Os efeitos de ray tracing ficaram bem legais
  • Miles é bem mais do que apenas “O outro Spider-Man”, é um personagem bastante carismático
  • Bons vilões

Contras

  • O jogo é curto, e você provavelmente irá terminá-lo em um final de semana
  • Muitas atividades recicladas
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.