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Maneater – Review

Desenvolvido pela Tripwire Interactive em parceria com a Blindside Interactive, Maneater é um game que foge das proporções de um RPG habitual, e nos coloca como um dos predadores mais temidos da natureza. Neste caso, você se torna nada menos que um Tubarão Cabeça-Chata, e sua função é instaurar sua influência como a criatura dominante nos mares.

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Contrário a outros jogos que nos colocam no papel de um animal, Maneater tende à colocar em evidência seu fator de descontração e ação ininterrupta. Ao nadar pelos múltiplos mares disponíveis, a função primária do jogador é apenas devorar tudo que vem pela frente. Neste caso, existe uma busca interminável por pescadores, caçadores, banhistas, placas de metal, caixas de suprimentos e outros objetos. Todos esses alvos estão bem distribuídos e encontrados em abundância pelo mapa, e cada qual possui sua própria finalidade e benefício para o tubarão.

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Sua história faz parte de um documentário

Com relação a história de Maneater, é interessante notar o formato escolhido pelos desenvolvedores. Afim de tornar a aventura mais dinâmica, nos deparamos com uma espécie de “paródia” referente aos programas que observam a vida marinha. Embora a história seja focada no tubarão, o elemento narrativo aborda uma espécie de dualidade, onde as câmeras (e cutscenes) cobrem a perspectiva de Scally Pete – antagonista principal da trama.

Ao longo da campanha, o foco do game se concentra no tubarão, mas durante as cenas de história, podemos conferir o desenrolar da trajetória de Pete e sua busca por vingança.

O formato narrativo de Maneater certamente tornou a experiência mais interessante. Neste caso, ao invés de um simples “simulador de tubarão“, nos deparamos com uma trama cativante, que gira em torno do embate entre o homem e a natureza. Apesar de haver poucos momentos onde Scally Pete toma os holofotes, cada cena apresentada serve para construir a narrativa de um episódio do documentário Maneater, e a atmosfera utilizada calhou extremamente bem com a proposta do título.

Sendo assim, mesmo se tratando de uma trama “simples“, Maneater consegue manter o interesse do jogador, graças a forma como os eventos se desenrolam. Além disso, quem imagina que não haja um certo cunho emotivo na experiência, se engana. No fim das contas, a duração da campanha é mais do que adequada, e seu desenrolar pode surpreender os jogadores de Maneater.

Não se trata de um “simulador de Tubarão

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Com relação a jogabilidade, Maneater claramente se distancia de qualquer noção de um “simulador real“. E isso porque, ao longo da jornada, nosso tubarão pode receber upgrades e modificações que transportam a experiência para um outro patamar. Consequentemente, não se trata de uma reprodução da vida de um tubarão, mas sim de um RPG como qualquer outro. Comer tudo que vem pela frente é um dos fatores mais proveitosos no jogo, e é interessante como esse simples objetivo trouxe diversas ramificações para a experiência.

No geral, tanto a exploração quanto o combate de Maneater funcionam muito bem – mesmo que a variedade de transformações e habilidades não seja tão elevada. Enfrentar caçadores e embarcações hostis é uma atividade tão desafiadora quanto poderia, e envolve utilizar ao máximo tudo que você aprende durante sua jornada. Em termos de comandos, as funcionalidades são deveras simples, e basta aperfeiçoar suas habilidades ao longo da jogatina. Desta forma, em determinado momento, os inimigos serão incapazes de acerta-lo – ou até mesmo, causar um dano considerável no tubarão.

Conforme você evolui, existem diferentes tipos de aprimoramentos, que consistem em níveis regulares e a fase em que o próprio tubarão se encontra. Partindo desde uma “criança” até a fase “mega“, é interessante conferir como seu tubarão avança ao longo da história, resultando em múltiplas formas que o mesmo assume durante a campanha. Ao alcançar o nível máximo, você se torna um predador insaciável, e a gama de benefícios que isso propõe, tornam a experiência ainda melhor.

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Mecanicamente falando, os comandos funcionam muito bem, e resultam em longas horas de diversão sem amarras.

Um visual que não surpreende, mas também, não deixa à desejar

Graficamente falando, Maneater possui todo o aspecto de um jogo AA. Seus gráficos não se equiparam às grandes produções que encontramos nos consoles, mas ao mesmo tempo, existe uma certa beleza no projeto da TripWire. Seja dentro ou fora d’água, a ambientação do game é um dos pontos em que Maneater se destaca, e a adição de vários easter-eggs da cultura pop (como a casa do Bob Esponja e um portão para Kaijus) tornam a exploração ainda mais agradável.

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Com relação ao famigerado “fundo do mar“, temos uma representação sólida de como seria investigar as profundezas de múltiplos lugares. Inclusive, esta é uma forma sorrateira de colocar em evidência o quanto já poluímos os mares do planeta. Mas voltando à proposta do game, não há muito o que pontuar além do vasto cenário que temos para explorar. O tubarão pode “caminhar” pela terra em alguns lugares seletos, e ao mesmo tempo, pode seguir para o fundo do oceano e vasculhar cavernas subterrâneas. Em diversos locais, o cenário se mostra lindo e cheio de cores, mas não há como negar que as texturas não são tão detalhadas quanto poderiam.

No fim das contas, a beleza de Maneater pode ser encontrada nos lugares mais inesperados, e de forma geral – considerando o tipo de projeto e seu orçamento – esse certamente foi o melhor que a TripWire e a Blindside poderiam entregar.

Infelizmente, nem mesmo um tubarão pode fugir dos problemas

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Se por um lado Maneater possui diversos pontos positivos, do outro, essa magnificência acaba sendo minada por alguns problemas que encontrei em minha jornada. Por exemplo, a queda massiva de fps em vários combates acabou diminuindo seu deleite visual. Além disso, depois de realizada a primeira atualização oficial do game, houve um aumento considerável de telas de carregamento durante o game. Embora eu estivesse jogando no PS4, outros jogadores também reportaram problemas similares em plataformas como Xbox One e PC’s.

Com relação a campanha, não há como fugir da “mesmice” contínua. Por conta do objetivo do tubarão ser unicamente devorar pessoas e objetos, não há variedade de missões além da busca por alimento e sobrevivência. Sendo assim, com o passar do tempo, é possível notar que os combates atingem seu ápice com certa facilidade, e não há mais nada além disso. Embora o sistema de caçadores seja um bom adicional para enfrentar novos inimigos, ainda assim, os recursos dos humanos possuem um limite que pode ser facilmente atingido, e sequer há necessidade de concluir a campanha para tal.

Por fim, a quantidade de inimigos presentes também se mostra um problema a longo prazo. Considerando que estamos no fundo do mar, algumas criaturas como polvos e água viva eram esperados, mas infelizmente, ambos sequer são mencionados durante sua jornada. Consequentemente, é possível notar que a variedade de criaturas não é tão grande quanto poderia. Mesmo com a adição dos Predadores Apex, Maneater não consegue ir além da repetição de criaturas, e seu leque de inimigos pode ser considerado relativamente limitado.

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Além disso, em termos de customização, o leque de transformações também apresenta pouca variedade para o jogador.

Vale a pena investir em Maneater?

Maneater

No fim das contas, Maneater é uma experiência divertida e coerente. Sua história traz uma espécie de paródia relacionada aos programas de exploração da vida marinha, e seu combate consegue ser mais desafiador à medida que seu tubarão se torna um alvo de destaque.

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Por conta de problemas recorrentes, o game pode frustra-lo, graças a quantidade de loadings e quedas massivas de fps. Mas no geral, esses são os únicos aspectos que realmente deixam à desejar. Vale ressaltar também que o game foi dublado, e as vozes escolhidas – bem como o texto implementado – tornam a jogatina muito mais proveitosa para aqueles que não entendem inglês.

Embora seja repetitivo, Maneater consegue entregar diversão sem compromisso, e pode facilmente instiga-lo à encontrar todas as referências, transformações e segredos que o game oferece.

Resumo para os preguiçosos

Maneater é uma experiência descompromissada e que aborda a vida de um tubarão até sua fase suprema. Embora tenha problemas com queda de fps e telas de carregamento, o game é tão divertido quanto poderia ser. Devorar banhistas e embarcações tende a ser uma tarefa muito mais desafiadora do que aparenta, e no geral, a história no formato de um documentário cai perfeitamente na proposta do título.

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Por conta de sua vasta exploração, Maneater é garantia de diversão por longas horas.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Combates desafiadores
  • Exploração atraente e simples
  • Desenvolvimento interessante da história e personagens envolvidos
  • Dublagem

Contras

  • Quedas de fps
  • Pouca variedade de inimigos
  • Pouca variedade de evoluções e habilidades
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Guru
Guru
Guru é o cara que não sabe falar sobre outra coisa além de jogos e consoles. Ansioso pela nova geração, ele sonha ininterruptamente com o retorno de God Hand, Viewtiful Joe, Captain Comando e outros clássicos de porradinha sem freio. Possui um histórico considerável de vazamentos, rumores e teorias sem sentido que geram uma boa discussão.