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Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name – Análise – Vale a Pena – Review

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name é o mais novo jogo da franquia Yakuza/Like a Dragon da SEGA. Cada vez mais popular no Ocidente nos últimos anos, grande parte deste sucesso se deve à história novelesca protagonizada por Kazuma Kiryu. Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name, apesar de não parecer, é a sétima entrada oficial da série Yakuza e continua a história de Kiryu de uma forma diferente, porém familiar, mas será que o jogo vale a pena? É o que vamos descobrir hoje.

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Antes de mergulharmos neste novo capítulo da história de Kazuma Kiryu, é preciso um pouco de contexto. Oficialmente, a série Yakuza termina no sexto jogo da série. Neste jogo, o arco de Kiryu é finalizado com um derradeiro ponto final, dando a entender que não teríamos sequências ou continuações.

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name - Análise - Vale a Pena - Review

Logo em seguida, tivemos o lançamento de Yakuza: Like a Dragon, um spin-off oficial que, devido ao sucesso, acabou tornando-se o jogo principal, alterando inclusive o nome da série. Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name é, portanto, um spin-off que continua a história que antes era a principal. Confuso, né?

Mas não se preocupe, tudo fará sentido no final. Abordaremos alguns spoilers sobre a franquia Yakuza nos próximos parágrafos, sendo assim, prossiga por sua conta e risco.

Yakuza: Like a Dragon foi um jogo de transição, onde vimos Ichiban Kasuga assumindo o papel principal. Essa passagem para outro protagonista e sistema de jogo fazia sentido, uma vez que Kazuma Kiryu foi assassinado tentando proteger Haruka e seu filho ao final de Yakuza 6.

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name - Análise - Vale a Pena - Review

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A morte de Kiryu foi uma decisão corajosa do Ryu Ga Gotoku Studio, afinal de contas, não é todo dia que vemos desenvolvedores propondo uma verdadeira reviravolta em seu produto mais rentável. Contudo, assim como nos quadrinhos, Kazuma não permaneceu morto por muito tempo e até deu as caras em Like a Dragon.

Em Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name, ficamos sabendo que após levar um tiro no abdômen, Kazuma Kiryu consegue sobreviver e é trazido a um hospital para recuperação. Não demora muito até que ele seja procurado pela organização responsável por controlar o Japão por debaixo dos panos, uma vez que ele sabia demais e precisava ficar quieto para que as coisas não saíssem do controle. E é aí que vem o grande segredo de toda esta confusão: Kiryu acaba fazendo um acordo onde concorda em trabalhar para o governo como uma espécie de agente secreto, em troca de ter sua morte forjada para proteger Haruka e as demais crianças do orfanato.

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E é exatamente neste momento que Like a Dragon Gaiden começa. É reconfortante perceber que o estilo de enredo novelesco é mantido e continua fazendo sentido, mesmo após todos os plot twists aos quais a série se submeteu.

O jogo deixa claro logo nos primeiros minutos que, apesar do nome diferente, continua tão Yakuza quanto antigamente. Contudo, existem algumas alterações importantes no estilo e no sistema do jogo que precisam ser levadas em consideração.

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name - Análise - Vale a Pena - Review

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Antes de mais nada, é preciso lembrar que Like a Dragon Gaiden não é mais o jogo principal, e sim um spin-off. Seu objetivo é preencher as lacunas deixadas por Yakuza: Like a Dragon e contar o que aconteceu com Kazuma Kiryu, por que ele sumiu e como ele foi parar no meio da confusão criada por Ichiban no jogo passado.

Seu escopo e enredo são mais curtos, o que não chega a ser algo ruim. Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name passa a impressão de ser um jogo mais enxuto, ao mesmo tempo em que continua oferecendo uma experiência satisfatória e repleta de atividades secundárias interessantes que vão desde o fliperama com jogos raros da SEGA até partidas de bilhar muito competentes.

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Em termos de mecânica, Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name continua a mesma coisa de sempre. Nada do sistema novo de batalha apresentado no jogo anterior protagonizado por Ichiban. Aqui o negócio é pancadaria em tempo real, com objetos sendo quebrados na rua, no meio da população. Contudo, o jogo oferece menos estilos de luta e menos possibilidades de progressão em comparação com os jogos passados.

O jogo também não conta mais com o sistema de experiência que passou a ser adotado na série após o lançamento de Yakuza: Kiwami. Agora, tudo pode ser comprado com dinheiro, inclusive suas habilidades. Pode parecer estranho, mas faz sentido e, sinceramente, funciona muito bem.

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O fato de apresentar uma experiência mais enxuta e objetiva tem seus prós e contras. Apesar de ser mais objetivo e direto, o game continua contando com os tradicionais plot twists de sempre, principalmente relacionados à quest principal. Contudo, reduzir o arsenal de combate de Kiryu a apenas dois estilos foi uma manobra arriscada e que cobrou seu preço, uma vez que as lutas acabam se tornando repetitivas e desinteressantes com o passar do tempo.

A quantidade de quests secundárias também parece não ter sofrido cortes em Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name, mas em compensação estão mais repetitivas do que nunca, dando a impressão de que foram infladas propositalmente para passar a sensação de uma experiência mais longa. O jogo também apresenta uma importante mudança de mapa, já que Kiryu não pode mais colocar seus pés em Kamurocho e passa o jogo todo pelo distrito fictício de Isezaki Ijincho, o mesmo do jogo passado.

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Graficamente, Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased his name é um belíssimo jogo, e a performance dele funcionou a contento no PlayStation 5, console onde fizemos a nossa análise do game. Para completar, a dublagem e trilha sonora do jogo continuam maravilhosas, e felizmente ele vem legendado em português.

Mas e aí, Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name vale a pena?

No fim, Like a Dragon Gaiden é claramente uma experiência mais comedida e centrada em continuar contando a história de Kiryu, agora que ele não carrega mais a tocha de personagem principal da série. Se isso acontece por uma decisão criativa ou porque o Ryu Ga Gotoku Studio não teve coragem de se desfazer do seu personagem mais importante até hoje, nunca saberemos. Mas o fato é que Like a Dragon Gaiden, apesar de divertido, fica um pouco abaixo do padrão estabelecido pelos jogos anteriores.

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De qualquer forma, não posso negar que foi muito legal ter a oportunidade de rever Kazuma Kiryu e ter a oportunidade de jogar mais um jogo protagonizado por ele. O final de Like a Dragon Gaiden mais uma vez surpreende, emociona e satisfaz, fazendo com que boa parte das falhas do jogo sejam esquecidas.

Por fim, é importante salientar que Like a Dragon Gaiden, assim como seu antecessor, deixa claro mais uma vez que a partir de agora a responsabilidade de levar a franquia a novos patamares não é mais de Kiryu, e sim de Ichiban. Provavelmente continuaremos vendo Kazuma Kiryu nos próximos jogos, seja como protagonista ou como personagem de apoio, mas a Ryu Ga Gotoku Studio tem acertado nas suas decisões ultimamente e, ao que tudo indica, dar um descanso a Kiryu foi mais uma delas.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PS5 fornecida pela publisher.

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Resumo para os preguiçosos

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name é o mais recente spin-off da aclamada série Yakuza, que segue a história de Kazuma Kiryu após os eventos de Yakuza 6. O jogo mantém o estilo narrativo dramático da série e reintroduz o combate em tempo real, mas com menos estilos de luta e progressão. Apesar de ser mais curto e direto, oferece uma experiência rica com atividades secundárias variadas e uma história que preenche lacunas deixadas pelo seu antecessor, apesar de algumas repetições e uma mudança significativa de cenário.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Mantém o estilo narrativo novelesco da série.
  • Apresenta atividades secundárias variadas e interessantes.
  • Preenche lacunas narrativas deixadas pelo jogo anterior.

Contras

  • Menos estilos de luta e opções de progressão torna o combate repetitivo
  • Quests secundárias mais repetitivas do que em jogos anteriores.
  • Abaixo do padrão estabelecido pelos jogos anteriores em termos de inovação e profundidade.
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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.