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Grow Up – Review

A Ubisoft lançou um pequeno e interessante jogo em 2014 em Grow Home, onde você era o simpático robô Bud que devia subir plataformas e coletar espécimes de plantas para salvar o próprio planeta. Em Grow Up, você faz quase a mesma coisa, mas desta vez o que você deve coletar é bem mais itens, pro bem e pro mal do jogo.

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Em Grow Up, Bud e sua nave espacial, Mom, estão viajando, e Mom acaba se despedaçando numa porrada de partes. Para consertá-la, Bud deve explorar um planetoide pequeno no estilo de Super Mario Galaxy e ir pegando peça por peça de Mom para que ele possa reiniciar a jornada. Essa é basicamente a sua única tarefa no jogo, e é basicamente a isso que ele se resume.

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Desde quase o começo do game, ele te solta no planeta para você ir para onde quiser atrás das partes e dos outros colecionáveis dentro do jogo. Se eu tivesse que resumir Grow Up em uma frase, ele provavelmente seria um simulador de ir atrás de colecionáveis. Isso é tudo o que você faz aqui, seja o colecionável em questão ser a sua nave (que nunca está em real perigo, ela pode esperar numa boa você ir atrás das partes dela espalhadas pelo planeta, ou não), seja esse colecionável em questão ser algum outro que o jogo espera que você colete.

Sabe aquele tipo de desafio que eu costumo chamar de desafio vazio por pouco adicionar à história de jogos da Ubisoft? Então, Grow Up é basicamente isso sem um jogo por trás de si. Para isso, Bud tem que escalar plataformas e mais plataformas, pular por aí com o Jetpack dele e assim por diante. As mecânicas de Grow Up são basicamente as mesmas apresentadas em Grow Home, com uma pequena diferença, desta vez, o jogo te dá upgrades para o seu jetpack adoidado, afinal de contas, cair de alturas gigantescas e ter que subir tudo de novo por causa de um vacilo (e eles volta e meia acontecem) seria muito chato.

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O problema dessa política do jogo com os upgrades é que o único desafio de Grow Up, que é subir em plataformas, acaba sendo negado pela quantidade de upgrades de jetpack que o jogo te dá para evitar que você queira se matar toda vez que você fracassar na hora de subir por causa da jogabilidade do game. No fim, o jogo se auto-sabota de qualquer desafio que ele poderia ter, tudo porque a jogabilidade dele não é tão boa assim.

Desde os meus primeiros instantes com o jogo, eu meio que me senti dentro de um jogo de PlayStation 1, não apenas pelos gráficos do game, mas pela jogabilidade em si, que mais parecia algo feito por alguém que está dando os primeiros passos dentro do mundo de animação e desenvolvimento 3D. A movimentação é meio desajeitada, a sensação dos pulos também é e os vôos são meio descoordenados, juntamente com a habilidade de Bud de escalar plataformas e plantas.

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Por falar em plantas, elas estão de volta em Grow Home, mas desta vez você pode usá-las como uma forma de auxílio para alcançar plataformas cada vez mais altas. No fim das contas, o jogo dá várias opções de plantas, mas você não tem muito incentivo a variar na escolha delas, já que praticamente não há áreas que exijam que você use uma planta específica. Você encontra uma que gosta e usa ela até o fim do jogo.

No fim das contas, Grow Home vale a pena? Eu sinceramente acho difícil de recomendar o jogo porque ele não é exatamente o tipo de jogo que empolga. O jogo é repetitivo demais, ao ponto de que você está coletando colecionáveis para coletar mais colecionáveis nos próximos instantes de jogo. O que você vê na primeira hora de Grow Home é o que você vai ver nas próximas, um jogo onde você abre o mapa, marca nele o seu próximo objetivo, vai até ele e repete isso até a tela de créditos do game. O jogo não varia, e de duas uma, ou você desiste do jogo, ou acaba vencendo ele por causa da inércia.

Graficamente, como eu disse, o jogo lembra bastante os visuais de jogos poligonais do PlayStation. Bud e companhia têm um visual bacana e agradável, e a direção de arte faz um belo serviço dentro do jogo. A trilha sonora do game também é interessante, e o jogo vem com diálogos, menus e tudo mais em português.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para PS4 fornecida pela Ubisoft.

Resumo para os preguiçosos

Grow Up evolui o conceito de Grow Home em alguns aspectos, mas infelizmente a falta de um desafio de verdade acaba fazendo o jogo ser monótono e bem sem graça. Recomendamos apenas para quem tiver gostado muito do antecessor.

Nota final

45
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Um jogo com bastante colecionáveis, para quem gosta de ir atrás dele

Contras

  • Quase nenhuma variação de desafio
  • Repetitivo ao extremo
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.