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Devil’s Hunt – Review

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Curiosamente, a maioria destes livros advém do leste Europeu, e com Devil’s Hunt não é diferente. Baseado na obra Equilibrium, do escritor polones Paweł Leśniak e desenvolvido pela pouco conhecida Layopi Games, Devil’s Hunt parece ter boas condições para tornar-se um game memorável, mas falha na execução de conceitos simples e em manter o jogador interessado.

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Existem muitas formas diferentes de se contar a mesma história. Ouso dizer que você provavelmente conhece alguém que é capaz de transformar uma história não tão legal em algo extremamente engraçado. O mesmo se aplica em Devil’s Hunt, que apesar de ter um enredo interessante, não consegue prender a atenção pela maneira esquisita como a história é apresentada.

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Tudo começa com Desmond, um rapaz extremamente bem sucedido, que vive em uma casa que faria inveja no Roberto Justus, tem uma namorada linda e um baita emprego na empresa do Pai.

Grandes histórias literárias estão, aos poucos, migrando para outras mídias – sejam elas as grandes telas de cinema ou séries de televisão, com relativo sucesso e boa aceitação do público em geral.

Desde o lançamento do primeito Witcher lá em em 2007 e posteriormente das séries Metro e S.T.A.L.K.E.R, a adaptação de obras literárias em games vem ganhando destaque com alguns jogos conseguindo alcançar excelentes resultados. Na maioria dos casos, parece que a fórmula do sucesso é aliar o andamento do enredo com boas mecânicas de gameplay. Ok, eu sei que isso parece batante óbvio, mas infelizmente não é tão comum quanto deveria

Curiosamente, alguns dos jogos mais bem recebidos tem seus fundamentos baseados em obras literárias do Leste Europeu. É o que acontece também com Devil’s HunT, que é inspirado na série Equilibrium, do escritor polones Paweł Leśniak e desenvolvido pela pouco conhecida Layopi Games. Devil’s Hunt parecia ter boas condições para tornar-se um game memorável, mas infelizmente falha na execução de conceitos simples e em manter o jogador interessado.

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Existem muitas formas diferentes de se contar a mesma história. Aposto que você provavelmente conhece alguém que é capaz de transformar uma história não tão legal em algo extremamente engraçado durante uma conversa entre amigos. Saber contar histórias é quase considerado um dom, mas pode muito bem ser aprendido com técnicas específicas de escrita e roteirização. Nesse caso em específico, parece que a Layopi Games não deu tanta atenção à este aspecto, tornando Devil’s Hunt uma enfadonha jornada infernal.

Tudo começa com Desmond, um rapaz extremamente bem sucedido, que vive em uma casa que faria inveja no Roberto Justus. Desmond tem uma bela namorada chamada Kristen e um baita emprego na empresa da sua família. Apesar da boa vida, nem tudo são flores para o rapaz, já que no dia em que decide pedir a mão de sua namorada em casamento, Desmond é demitido pelo pai depois de cometer um grave erro contábil.

Mais tarde, após uma conversa com seu grande amigo Ambrey, Desmond decide se acalmar e focar no pedido que fará à sua namorada. Ambrey também lembra o amigo que ele tem uma luta marcada à noite, no melhor estilo Clube da Luta. Kristen aceita o pedido de Desmond que, feliz da vida, resolve ir então até um boteco retirado da cidade para participar da sua luta ilegal, mas leva uma surra daquelas e volta pra casa pesando os altos e baixos do dia, e sabe que ao menos terá sua bela noiva esperando em sua casa.

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Ao chegar em sua residência, Desmond então pega Kristen e Ambrey na cama, botando um par de chifres na sua cabeça na cara dura, e é ai que o coração do pobre rapaz não aguenta e o pobre desafortunado acaba se suicidando. Mas, perdido no inferno, Desmond conhece Sawyer, uma espécie de capião do Capiroto que o leva para firmar um pacto com o próprio Lúcifer, tornando-se então um executor do inferno.

Toda essa primeira parte tem o seu valor de enredo, mas é muito mal contada através das cutscenes no mínimo “esquisitas” de Devil’s Hunt. Apesar dos belos gráficos do jogo, a forma como a história é contada acaba sendo monótona, mal animada e enfadonha, o que é uma verdadeira decepção já que uma história com um grande potencial acaba se perdendo na péssima forma como é contada ao jogador.

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A partir dai, Desmond acaba saindo por ai resolvendo tretas celestiais e arranjando ainda mais problemas para si mesmo. Todo o jogo segue uma dinâmica hack n’ slash, claramente inspirada em clássicos como Devil May Cry, mas que falha ao não apresentar um sistema empolgante de combate que permita a conexão entre os estilos de luta do personagem principal, adquiridos conforme o passar da jornada.

Outro problema é o foco intensivo em combate em detrimento da exploração. Talvez a escolha fosse mais assertiva se o combate de fato fosse algo plenamente divertido, mas não é o que acontece aqui. Os mapas são portanto, uma soma de momentos em que você anda por ai sem muita serventia, até que finalmente acha alguma coisa para socar e continuar a história.

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É realmente difícil explicar o sistema de combate de Devil’s Hunt, já que é possível perceber que tem algo errado com ele, mas é difícil descrever exatamente o que. Muitas vezes dá a impressão de que estamos jogando uma demo do que o jogo realmente deveria ser, já que a troca de socos as vezes é lenta demais e os controles nem sempre são tão precisos quanto deveriam. Em suma, não é difícil aprender a controlar o personagem, difícil mesmo é gostar de batalhas tão monótonas em um sistema tão simplório que parece ter sido feito às pressas.

As Boss Battles também não são nada empolgantes, com os chefes comportando-se como verdadeiros tanques em alguns casos, dando a impressão de que sequer se abalam com os socos e “combos” que você aplica. Sendo assim, não foi difícil começar a ver a progressão da história de Devil’s Hunt como uma tarefa chata e sem graça, já que eu precisava terminar o jogo para poder escrever sobre ele.

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Se me fosse dada a tarefa de definir o jogo com um sentimento ao invés de uma nota, talvez o termo mais adequado fosse frustração. Devil’s Hunt tinha um potencial enorme, bons gráficos e uma proposta interessante, mas foi ofuscado por uma série de erros básicos de desenvolvimento, dando a impressão de ter sido lançado inacabado. É possível que algumas melhorias acabem sendo implementadas aos poucos através de novas atualizações, mas como a primeira impressão é a que fica, dificilmente eu voltarei para ver como ficou.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PC.

Resumo para os preguiçosos

Devil’s Hunt tenta ser mais um grande jogo baseado em obra literária, mas falha até mesmo nos conceitos mais simples, tornando o desenrolar dos acontecimentos maçantes a tal ponto, que acaba não sendo nem um bom jogo, nem uma boa história. Com combates lentos, controles simplórios e mecânicas repetitivas, chega a ser difícil encontrar bons motivos pelos quais se deve jogar este título, dando vontade em alguns momentos de pedir que a desenvolvedora atrase seu lançamento para terminar algumas mecânicas que dão a nítida impressão de que o projeto esta sendo lançado inacabado.

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Nota final

40
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Bons gráficos

Contras

  • Falhas na forma como a história é contada.
  • Animações robóticas e nada autências.
  • Combate repetitivo, chato e lento.
  • Fraco desempenho no PC
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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.