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Destroy All Humans! – Review

Originário de muitas gerações atrás, a franquia Destroy All Humans! retornou este ano, através de um Remake que reformulou o título como o conhecemos. Diferente do game original, desta vez o projeto ficou a cargo do estúdio Black Forest Games, sendo publicado pela THQ Nordic para Xbox One, PS4 e PC’s.

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O Critical Hits obteve acesso antecipado ao game, e desta forma, trazemos aqui nossa análise e impressões a respeito deste retorno tão sucinto e caricato. Sem mais delongas, confira abaixo mais detalhes sobre o que você encontrará no inédito Destroy All Humans! deste ano.

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Consoles diferentes, mas a mesma história “desbocada” que conhecemos

Em suma, Destroy All Humans! se trata de um Remake do primeiro título (disponibilizado em 2005). Recapitulando brevemente a história, encarnamos o papel de Cryptosporidium-137, enviado para a Terra afim de investigar o desaparecimento do Crypto-136. Mas sua missão não se baseia inteiramente nesse resgate, e na verdade, Crypto-137 também busca extrair DNA Furon (ou seja, ligações genéticas de sua própria raça) presente nos humanos, como forma de impedir que sua raça seja extinta. Enquanto Crypto começa a influenciar líderes locais, os Estados Unidos passam pelo período conhecido como Guerra Fria, e pouco a pouco, vemos o governo negar a existência do alienígena e classifica-lo como um “inimigo comunista“. No geral, é bastante simples de entender o conceito da jornada de Crypto, e a forma com que os personagens conversam facilita ainda mais a compreensão.

Embora a Black Forest Games tenha recriado a misteriosa “Área 42” – que nunca foi utilizada como parte da campanha no game original – ainda assim, Destroy All Humans! se trata de um Remake completo, abordando literalmente o mesmo trajeto que foi implementado durante o primeiro título da série. As diferenças encontram-se, evidentemente, por meio da apresentação e interação dos personagens em cutscenes. Mas neste caso, a história por si própria – que já era algo chamativo e interessante – se manteve inalterada. Em determinado momento, os eventos escalam largamente, resultando em confrontos que visam dizimar pequenas cidades no interior dos Estados Unidos.

De forma geral, o Remake de Destroy All Humans! se manteve inteiramente fiel ao título original, e isso permite que os jogadores da atualidade conheçam a trajetória de Crypto tal como a Pandemic Studios a imaginou em 2005.

Agora eu entendi porque “Destrua Todos os Humanos

Destroy All Humans

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Se por um lado a história de Destroy All Humans! não sofreu grandes alterações, do outro, certamente os combates se tornaram mais difíceis do que eu me lembrava. Ao jogar o título original no PS2, recordo que os confrontos eram pouco desafiadores, pois Crypto sempre possuiu a disposição armas mortíferas e até mesmo habilidades de controle da mente e disfarces. Este não é o caso do Remake feito pela Black Forest Games.

Em suma, Destroy All Humans! se tornou mais desafiador, pois a quantidade de inimigos aumentou drasticamente. Sejam membros da polícia local, exército, ou até mesmo os “Homens de Preto” da Majestic, em determinado momento, ocorrem grandes aglomerações de humanos em torno de Crypto, e enfrenta-los é a forma mais divertida – e simples – de se livrar de uma enrascada.

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No quesito arsenal, o remake de Destroy All Humans! também não decepciona, mas possui suas limitações. Embora tenhamos poucas armas a disposição, cada qual possui efeitos interessantes e até mesmo “perturbadores” – como o caso da Sonda Anal, que faz jus ao próprio nome. Também temos a famigerada arma de choque à disposição, bem como telecinesia e até mesmo os chamados P.A.T.I.N.S.

Tanto o arsenal de Crypto quanto da própria nave espacial, envolve armas que o jogador certamente testará das formas mais diversas. Inclusive, em determinada missão da campanha, Crypto adquire uma réplica de míssil nuclear para sua nave, e uma das melhores sensações do jogo é utiliza-la para destruir edifícios e dizimar ondas de inimigos. Sendo assim, não faltam opções para lidar com os combates do jogo, e os upgrades tendem a tornar os combates mais frenéticos a medida que o jogador avança na campanha.

Destruir cidades com sua nave é uma tarefa divertida, e visualmente agradável.

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De forma geral, não há um combate efetivamente aéreo que envolva a nave de Crypto. Ao controlar o veículo espacial, sua função é meramente dizimar – ou por vezes, abduzir – tudo que estiver abaixo. Os confrontos diretos costumam envolver armas antiaéreas, e por vezes, você se depara com agentes da Majestic atirando com pistolas para o alto (pura tolice, não é mesmo?).

Infelizmente, sem necessariamente entrar no âmbito de spoilers, mas há um momento significativo do game onde o combate com a nave não funciona tão bem. Tive essa impressão pois, durante o todo jogo, foi o período onde fracassei por mais tempo, derivado de uma perspectiva difícil de manusear. Ao tentar desviar de mísseis e balões ao mesmo tempo, é difícil não confundir os comandos em determinado momento, e isso me fez retornar ao início da missão por algumas vezes suscetivas. Tirando esse único incidente em um ponto extremamente avançado do game, dizimar cidades e humanos é uma tarefa divertida e visualmente agradável.

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Gráficos, conteúdo, alguns problemas notórios e mais

 

A drástica mudança de visual do game é um dos fatores que mais chama atenção a primeira vista. O título claramente recebeu melhorias incríveis, e há momentos onde a iluminação consegue criar um belo panorama. No entanto, não espere por texturas bem detalhadas e derivados, pois toda essa beleza deriva da questão de perspectiva. Ao entrar em uma cena de Destroy All Humans! é fácil perceber a falta de detalhe e expressões faciais dos personagens. Apesar dos alienígenas se destacarem pelas mudanças visuais, ainda sim, não há como dizer que os gráficos se enquadram entre produções ambiciosas da geração.

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A trilha sonora compõe bem cada cena, e consegue ditar um ritmo dinâmico entre cutscenes e momentos de jogatina comum. Durante sua trajetória, há vários sons que arremetem o equivalente a um programa de TV, e o fim do jogo encaixa perfeitamente essa tese. Durante minha experiência, notei que você facilmente encara o remake de Destroy All Humans! como uma sátira às séries e programas americanos que abordavam invasões alienígenas e conspirações do governo. Entre cada uma das missões, uma arte ilustrativa demonstra o que seria a divisão entre os relatos, delimitando cada transição como o início de um novo episódio.

Infelizmente, existem elementos que não funcionam tão bem no Remake de Destroy All Humans! Por exemplo, missões onde é necessário ser sorrateiro não funcionam tão bem em ambientes fechados. E isso porque, a qualquer momento, Crypto é capaz de explodir o cenário todo com o mero deslize de um botão. Em contraste, o novo sistema de furtividade é bastante interessante, e tornou o game um pouco mais desafiador.

Por vezes, a trilha sonora do game simplesmente despareceu, deixando apenas os sons monótonos de gritos dos inimigos e pedestres. E infelizmente, bugs e problemas de movimentação em alguns lugares acabaram roubando parte da diversão geral – especialmente nas horas finais do jogo.

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Vale a pena investir em Destroy All Humans!?

 

Se você é fã do título original, certamente irá se deleitar com o retorno de Crypto. O game trouxe consigo todos os elementos que o tornaram tão icônico durante a era do PS2, e o visual repaginado – com direito a skins para Crypto – torna a experiência tão nostálgica quanto inédita. O humor ácido está presente tanto implícita quanto explicitamente no game, indo desde cutscenes até mesmo diálogos casuais entre Crypto e seu ancião. O alienígena está mais ranzinza do que nunca, e suas ações co

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Mas se você não conhece a saga original de Crypto e espera por um Sci-Fi AAA massivo e destinado a te surpreender, talvez seja melhor abaixar as expectativas. Como um game descontraído, Destroy All Humans! faz jus à proposta, e visa entreter os jogadores por cerca de 15 até 20 horas (caso siga em busca da Platina ou 1000G). Existem alguns problemas difíceis de ignorar – por vezes, em momentos específicos – mas no geral, posso dizer que o Remake faz jus à franquia original.

Resumo para os preguiçosos

Destroy All Humans! é uma sátira ao que conhecemos sobre alienígenas e as grandes teorias de conspiração que envolvem os Estados Unidos. O game consegue divertir e manter seu interesse por meio de cenas bizarras, um combate divertido, e uma aparente trama massiva que não é tão complicada de se entender. É perfeito para jogar sem compromisso, mas dispensável se você está em busca de uma tese profunda sobre a relação dos humanos com vida extraterrestre.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Combate divertido a céu aberto
  • Piadas infames
  • A reinvenção de Crypto ficou incrível

Contras

  • Bugs de voice over e o sumiço inexplicável da trilha sonora
  • Combate desastroso em cenários fechados
  • Os controles se tornam confuso em determinado momento
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Guru
Guru
Guru é o cara que não sabe falar sobre outra coisa além de jogos e consoles. Ansioso pela nova geração, ele sonha ininterruptamente com o retorno de God Hand, Viewtiful Joe, Captain Comando e outros clássicos de porradinha sem freio. Possui um histórico considerável de vazamentos, rumores e teorias sem sentido que geram uma boa discussão.