Hideo Kojima é uma das personalidades mais conhecidas do mundo do videogame, e exatamente por isso, qualquer projeto com o qual ele se envolve acaba atraindo uma grande quantidade de atenção da mídia e do público também. Com Death Stranding não foi diferente, aliás, é difícil até afirmar se houve algum outro jogo que recebeu tanta atenção quanto este nos últimos anos, mas agora que ele está entre nós, o que achamos dele?
Em Death Stranding, você controla Sam Porter Bridges, personagem interpretado por Norman Reedus e que é um entregador num mundo pós apocalíptico onde o evento Death Stranding acabou praticamente acabando com a civilização como conhecíamos. Os que sobreviveram ao choque inicial do Death Stranding e se isolaram em cidades ou locais remotos, e agora o mundo só se conecta mesmo por meio dos entregadores, como Sam.
Logo no começo do jogo, você recebe a missão de reconectar o mundo, dada pela presidente das Cidades Unidas da América (federação que surgiu após o desaparecimento dos EUA), que também é mãe de Sam. Apesar de relutar em aceitar a missão, Sam acaba indo pois a irmã dele, Amelie, começou a missão e acabou sendo presa por habitantes de uma das cidades que eles tinham a intenção de reconectar na outra ponta do país, e agora cabe a Sam reconstruir a América e salvar a irmã dele.
Uma das grandes perguntas que você provavelmente se fez ao longo dos anos em que vimos as demonstrações de Death Stranding é “o que é o jogo final?”. Bom, antes de começar a análise em si do jogo, é melhor darmos esta explicação, que é feita em etapas pelo jogo.
Como eu disse acima, a missão de Sam é reconectar as cidades. Para isso, ele ganha um colar, o Q-PID, que serve para ligar as cidades na Rede Quiral que foram isoladas do mundo pelo evento conhecido como Death Stranding. Esta é a sua grande missão dentro do jogo, e, ouso dizer, o seu grande adversário em Death Stranding não são os BTs ou os MULEs, e sim o terreno do jogo.
Para fazer as entregas, você precisa percorrer pelo terreno que se coloca entre uma cidade e outra, explorando as paisagens do jogo. Isto é o que você mais vai fazer dentro de Death Stranding, ir daqui para lá fazendo as entregas, assistindo às cenas das pessoas te agradecendo, ver a mesma animação de Sam colocando o Q-PID no terminal, flutuando e reconectando as cidades.
Viajar pelo mapa de Death Stranding é um verdadeiro desafio por uma série de motivos. A primeira delas é que Sam é um completo desajeitado e descoordenado para andar. Ok, deve ser difícil carregar 100kg nas costas, mas até a minha filha de 1 ano e meio que recém aprendeu a caminhar consegue ficar de pé melhor do que ele. Não é uma nem duas vezes que você vai ver Sam perdendo o equilíbrio e caindo.
A cada queda, a carga que você carrega é danificada, e como há cargas que são extremamente sensíveis, uma queda pode ser a diferença entre um game over na sua cara ou não, e se eles já doem quando você está no meio do caminho, imagine quando o seu personagem está chegando no terminal para processar a entrega e por algum motivo inexplicável ele tropeça num solo plano e acaba caindo e arruinando a carga segundos antes de fazer a entrega e aqueles 20 ou 30 minutos que você demorou percorrendo solos pedregosos ou morros instáveis foram para o lixo. Deu pra imaginar isso? Pois é, aconteceu comigo e não foi uma nem duas vezes.
No começo do jogo, principalmente, o equilíbrio de Sam é bem pior, e como o cenário é bem mais vazio do que em fases mais avançadas do jogo, a Kojima Productions aproveitou estas áreas para colocar sessões mais introspectivas de gameplay, onde você supostamente deveria aproveitar a paisagem enquanto ouve uma musiquinha. A ideia é bem legal na teoria, mas Sam perdendo o equilíbrio a todo instante acaba completamente com o clima, e transforma toda a experiência em algo que lembra uma esquete dos Trapalhões.
Para facilitar a sua vida, o jogo te dá a possibilidade de construir estruturas como pontes e rodovias, ou ainda colocar escadas e cordas em locais de difícil acesso para que você consiga chegar no seu destino mais facilmente. Aqui temos um detalhe bem legal do jogo, já que o mundo de Death Stranding é compartilhado entre outros jogadores, então as estruturas que você construir vão aparecer para outras pessoas, assim como as que eles construírem vão aparecer para você.
Há momentos em que o jogo salva a sua vida de uma travessia mais complicada assim, e isso acaba sendo um verdadeiro incentivo pra que você jogue o jogo sempre online, já que ele acaba tornando-se muito mais difícil sem essa mãozinha do mundo compartilhado. Vale ressaltar que o seu mundo é compartilhado com uma quantidade limitada de jogadores, então não há chances do mundo ser um amontoado de lixo se você pegar Death Stranding um ano após o lançamento do game.
Como eu havia mencionado anteriormente, o mapa do jogo vai ser o seu grande adversário do começo ao fim, mas no fim das contas, a sua grande atividade em Death Stranding é levar algo do ponto A ao B e repetir isso até a tela de créditos, enfrentando uns inimigos e chefes no meio do caminho, e assistindo a uma grande quantidade de cutscenes.
A maioria das viagens que você vai fazer consome uma quantidade de tempo considerável, ainda mais porque os caminhos não são tão intuitivos assim. Às vezes, você precisa abrir a rota de um lugar ao outro, e às vezes você erra a rota e tem que voltar. Além disso, por causa de diversos fatores (como o fôlego dele acabar ou o terreno ser íngreme demais), Sam pode acabar perdendo o equilíbrio e caindo, e você perdendo seus itens, danificando o que deveria entregar e perdendo um bom tempo no processo.
No fim das contas, eu diria que a experiência de fazer entregas é extremamente massante, ainda mais se você for jogar o jogo por horas a fio. Eu não me diverti nessa parte do jogo, e tinha momentos em que eu realmente ficava estressado por causa do excesso de tropeços, ou das áreas que pareciam navegáveis no começo e que acabavam não sendo assim, fora o fato de que em boa parte do tempo, você vai ficar apenas segurando o direcional pra frente e os botões L2 e R2 para garantir que Sam não vá perder o equilíbrio.
Quando a experiência de viajar de lá pra cá não é massante, ela é monótona, mas há pessoas que gostam deste tipo de experiência, e que provavelmente vão ficar felizes em saber que Death Stranding conta com uma série de missões extras onde você pode fazer o caminho de volta de onde você veio para fazer entregas. Além das entregas normais, ainda há entregas de itens frágeis (que quebram facilmente) e também as de velocidade, onde você tem que ir voando de um ponto a outro pois há um limite de tempo, aumentando a dificuldade da tarefa.
Caso você esteja se perguntando, sim, o jogo conta com Fast Travel, mas ele é desbloqueado após algumas horas de gameplay e com uma pegadinha: para usá-lo, você tem que deixar todos os seus itens no local onde você está, então você não pode usar o Fast Travel para cumprir missões de entrega, apenas para ir para o local de começo de missões mais rapidamente, pagando esse preço.
Além disso, graças ao evento Death Stranding, o mundo agora tem uma espécie de “chuva ácida” chamada de Timefall, que é uma espécie de chuva que envelhece e degrada tudo o que ela encosta, incluindo os carregamentos que você leva. Isso significa que você não pode ficar andando por aí sem rumo quando estiver encarregado de entregas, você tem que ir logo antes que o que você está carregando não seja completamente corroído pela chuva.
Além das cargas que você carrega, suas armas e equipamentos também podem ser desfeitos assim, então a preparação para viagens mais longas necessita que isso seja levado em conta.
Obviamente, se Death Stranding fosse apenas um jogo de andar daqui pra lá sem nenhuma ação, ele realmente iria parecer um jogo incompleto, mas este não é o caso. Há combate tanto contra humanos quanto contra monstros, e é por eles que vamos começar, mas antes de falarmos sobre os monstros em si, precisamos falar um pouco sobre o evento que deu origem a eles: o Death Stranding.
O Death Stranding é o surgimento de seres de antimatéria conhecidos como BTs, que comem pessoas e acabam causando os voidouts, que são explosões gigantescas que dizimam tudo o que há numa área. Além desta forma, Voidouts podem ocorrer também quando corpos entram em decomposição, exigindo que os mortos sejam cremados o quanto antes para evitar que isto aconteça.
Após o início do Death Stranding, o mundo começou a ter partes ocupadas por BTs, que acabam tornando-se um dos seus inimigos na sua jornada para reconectar o mundo. Como Sam não consegue enxergar os BTs, apenas senti-los, você ganha um BB (um beached baby, aquele bebê que Sam carrega) no começo do jogo que, quando conectado ao corpo de Sam, serve para que ele enxergue os BTs.
Os BTs em questão são um dos grandes inimigos que você vai encontrar no jogo, mas todos os encontros funcionam da mesma maneira. A fase inicial do encontro é em forma de stealth, ou seja, você pode andar pelo terreno infestado de BTs movendo-se com cuidado e segurando a respiração de Sam para que ele não seja detectado pelos inimigos em questão.
Caso ele seja detectado pelos inimigos, o chão em volta de Sam fica completamente imerso numa substância que parece petróleo, e BTs tentam derrubar o personagem e arrastá-lo para longe. Você pode evitar isso usando o botão de ataque, mas caso seja agarrado e derrubado, a verdadeira batalha contra os inimigos começa, já que um BT gigante em forma de algum animal aparece e você deve ou fugir dele, ou enfrentá-lo. Conforme o jogo avança, você vai ganhando formas diferentes de enfrentar os BTs, com granadas e armas, mas no começo do jogo a única coisa que você pode fazer é fugir deles.
Como enfrentar um BT consome recursos pra caramba, você até pode fazer isso, mas acaba correndo o risco de ficar com poucos itens para cumprir as missões que o jogo te dá. A cada nova base desbloqueada, você tem uma quantidade a mais de recursos disponíveis, mas em níveis maiores de dificuldade do jogo, a sua vida pode complicar bastante se você resolver bancar o Rambo contra os inimigos.
O combate com os BTs varia entre o divertido e o chato. Como todo armamento efetivo contra BTs usa o sangue de Sam, você constantemente tem que monitorar a vida do personagem, já que se Sam perder sangue demais, ele morre, e ele também perde sangue ao ser atacado pelos inimigos. Para evitar que ele morra, você pode usar bolsas de sangue, que vão ser as suas melhores amigas dentro do jogo, já que você vai ter que andar por aí com pelo menos 4 ou 5 sempre.
Um ponto importante a ser mencionado aqui no combate é o fato de que toda vez que Sam entra numa luta contra um BT, o seu BB começa a chorar e conforme você vai levando ataques, o bebê vai ficando cada vez mais estressado (isso também vale para quando Sam tropeça e cai). Caso você não o embale para acalmá-lo, o bebê fica cada vez mais estressado e “para” de funcionar, impedindo Sam de enxergar os BTs a menos que eles já estejam praticamente em cima de você. Isso torna a navegação nas áreas enfestadas por BTs bem mais difíceis, mas felizmente o BB é restaurado à condição normal quando Sam dorme no quarto dele.
Enquanto você está na parte de stealth do combate, você também pode usar suas granadas e armas para matar os BTs, mas caso você não consiga fazer isso antes que eles te alcancem, o combate de verdade inicia. Como a movimentação de Sam é toda desajeitada e ele não possui um botão de rolar ou escapar dos inimigos rapidamente, e como ele perde boa parte dos itens que está carregando cada vez que ele cai, o combate acaba tornando-se uma experiência estressante, ainda mais quando você tem que passar por alguma área rapidamente para cumprir uma missão de tempo.
Além dos BTs, você ainda tem como oposição os MULEs, terroristas que tentam roubar as suas cargas em certos territórios controlados por eles dentro dos mapas. O combate contra os MULEs é bastante básico. Você pode fugir deles ou pode enfrentá-los. Como mortes causam voidouts, você não pode matá-los, então todo o combate contra humanos dentro do jogo tem que ser feito com armas não letais.
Isso significa que no começo do jogo você só tem a opção de usar socos e chutes, onde Sam tem apenas um botão de ataque e um combo, que é o mesmo que ele usa durante o jogo todo. Conforme o jogo avança, você vai ganhando armamentos novos, como a BOLA Gun e pistolas não letais. Assim como os MULEs podem roubar os seus itens, você também pode fazer o mesmo com eles, então, se você estiver precisando de materiais para construção, ou de itens em geral, é possível entrar numa área de MULEs, provocar eles e sair descendo a porrada em todo mundo para conseguir os itens dos inimigos.
Exceto em uma área do jogo, o combate contra esses inimigos é bem fácil, e é mais uma forma do jogo atravancar o seu progresso, já que nenhuma das mecânicas apresentadas no combate é diferente do que você vê em jogos de tiro em terceira pessoa que sejam medianos ou até mesmo abaixo da média. Além do combate, claro, você sempre tem a opção de passar escondido pelas áreas dos MULEs e em alguns momentos é aconselhável que você faça isso, já que descer a porrada em 15~20 inimigos na sequência não é algo lá muito divertido.
Fora os BTs e os Mules, Death Stranding ainda conta com chefes como inimigos. Eu não pretendo falar muito sobre eles para não dar spoilers de história, mas no geral o desafio deles é bom, e há um tipo específico de chefe que certamente é o melhor momento do jogo no que diz respeito ao gameplay mesmo.
Como é de se esperar de um jogo de Hideo Kojima, a história de Death Stranding é um dos pontos mais importantes vendidos pelo jogo, e ela é, de longe, a melhor característica do game. Death Stranding poderia facilmente ser um vencedor de Oscar de melhor filme se o jogo fosse um filme. A história é intrigante, te faz querer saber mais e por mais complicada que possa parecer a princípio, e ela é, acaba sendo explicada sem deixar nenhuma ponta solta ao final do jogo.
A atuação da equipe escalada para o jogo também contribui para que a experiência da história de Death Stranding seja memorável. Por contar com um elenco de ponta, você já espera que as cenas de interação entre os personagens interpretados por Norman Reedus, Lea Seydoux, Mads Mikelsen e outros sejam excelentes, e elas realmente são. Sem sombra de dúvidas, Death Stranding é uma das melhores histórias já criadas para essa geração de games.
Para completar os pontos positivos, a trilha sonora de Death Stranding é simplesmente incrível. Todas as músicas compostas para o jogo e as músicas selecionadas por Kojima para a trilha se encaixam muito bem com o game, e a ideia de colocar um bebê para berrar enquanto o mundo está pegando fogo à sua volta realmente contribui para que você tenha um senso de urgência maior (ou pelo menos é isso o que acontece com o meu instinto paterno).
Mas enfim, dito tudo isso, o que eu achei de Death Stranding afinal de contas? Um jogo extremamente cansativo. Apesar da história de Death Stranding realmente ser magistral, até mesmo ela não teria sido o suficiente para me carregar até o final do jogo, porque o grande pulo do gato dela acaba acontecendo no fim do jogo. Mesmo sendo um jogo de Hideo Kojima, não há tantas cutscenes assim no miolo do jogo, elas acontecem mais espaçadas que em jogos passados do designer. Você vai ver bastante cutscene no começo, vai ficar um bom tempo só no gameplay puro, as cutscenes vão voltar, você vai jogar mais algumas horas, ver o final do jogo e aí sim tudo vai fazer sentido.
Quanto mais eu joguei Death Stranding, mais cansado eu me sentia com o jogo, pois ele é realmente muito maçante e cansativo. A estrutura de missões e a ideia de encarar a topografia do jogo como um inimigo parece interessante na teoria, mas ela começa chata, fica um pouco melhor e depois acaba tornando-se um verdadeiro fardo, mais pesado até do que o que Sam carrega nas costas.
Ao todo, o jogo conta com 15 capítulos, sendo 14 deles a história principal e um décimo quinto onde você pode explorar o mapa após o fim do jogo e fazer missões opcionais que você tenha deixado para trás. Eu até fiz algumas para ver se havia algo de diferente, mas como a resposta foi não, eu acabei correndo para o mais longe possível do jogo ao final dele, pois o que realmente havia me prendido, a história, já havia terminado.
O interessante é que tem momentos que até mesmo o jogo parece perceber que ele é chato. Há uma parte no jogo em que um NPC te dá uma série de missões para fazer e, quando você finalmente acha que terminou (umas 3 horas e pouco depois) ele te diz que tem mais uma, mas que ele promete que é só mais essa, como se ele soubesse que você já não aguenta mais e quer que aquilo termine de uma vez, pelo amor de deus. Isso quando o jogo não te manda fazer um caminho que leva horas para ser feito e você chegar lá e ele dizer “tá vendo todo o caminho que você levou horas pra fazer cheio de ameças e armadilhas? Agora volta com isso aqui pra lá”.
Há momentos em que o gameplay fica divertido? Há, mas a proporção é tão pouca em relação a partes chatas que eu sinceramente não teria terminado o jogo se não fosse para fazer a análise. A primeira parte do jogo é extremamente monótona e chata, e ele melhora mesmo lá pela quinta ou sexta hora, por mais algumas horas, mas os dois terços do meio do jogo acabam sendo realmente bem ruins. O arco final do jogo felizmente é bem melhor, e ele volta a ser bem mais tolerável (até mesmo divertido), mas a jornada até lá realmente acabou sendo movida mais pela força da raiva do que por algo que remotamente tenha parecido com diversão. Ao todo, eu levei algo em torno de 40 horas para terminar Death Stranding, e apesar de 40 horas não parecerem tanto assim, elas foram, em sua maioria, tão arrastadas que pareceram bem mais.
Vale ressaltar que esse jogo realmente parece ser aquele tipo de game que ou você ama, ou você odeia. Vai ter gente que vai dizer que a parte maçante do jogo “não é tão ruim assim” e pode ser que depois de velho eu tenha ficado menos paciente com certas características de jogo que fazem o tempo de gameplay inflar, mas aí vai do gosto da pessoa.
Outro ponto importante de ser mencionado é que o sistema de autosave do jogo infelizmente pisa na bola. Não foi uma nem duas vezes que eu perdi o progresso de mais de uma hora por ter morrido e o jogo só ter salvo bem antes. Se você está jogando Death Stranding, é imperativo que você salve o jogo de vez em quando manualmente, como um homem das cavernas, ainda mais se você estiver em alguma missão mais longa. O jogo não salva em áreas com BTs ou com MULEs, mas ele também parece esquecer de salvar depois que você passou dessas áreas, então, se você passar de uma delas, mas ficar com a sua carga danificada, tropeçar, cair e ela estragar completamente logo depois, você vai ter que fazer toda a área de combate de novo. Às vezes esse combate é rápido, e às vezes não.
Death Stranding provavelmente foi o jogo mais difícil de avaliar que eu joguei até hoje. A história do jogo realmente é incrível, e certamente ganharia um Oscar se fosse um filme, mas infelizmente o gameplay do jogo peca em vários pontos, sendo entediante em muitos, “divertidinho” em poucos e logo depois retornando para o entediante. Eu admito que teria largado o jogo não fosse para o review e que eu não gostei, mas entendo que vai ter gente que vai achar exatamente o contrário do que eu achei.
Review elaborado com uma cópia do jogo para PS4 fornecida pela PlayStation do Brasil.
Resumo para os preguiçosos
Death Stranding provavelmente foi o jogo mais difícil de avaliar que eu joguei até hoje. A história do jogo realmente é incrível, e certamente ganharia um Oscar se fosse um filme, mas infelizmente o gameplay do jogo peca em vários pontos, sendo entediante em muitos, “divertidinho” em poucos e logo depois retornando para o entediante. Eu admito que teria largado o jogo não fosse para o review e que eu não gostei, mas entendo que vai ter gente que vai achar exatamente o contrário do que eu achei.
Dito isto, se você não for fã de jogos com a assinatura de Hideo Kojima, ou se você não gosta de jogos repetitivos demais, há mais chances de você não gostar de Death Stranding do que você gostar dele, e respondendo a uma das grandes perguntas que os fãs se fazem desde o anúncio dele, não, eu realmente não acho que ele esteja à altura de outros jogos no que diz respeito a jogo do ano pela série de problemas que ele apresenta.
Prós
- Poucos jogos já apresentaram uma história tão bem elaborada e amarrada como este
- Atuação soberba do elenco escalado para o game
- O componente social do jogo realmente adiciona bastante ao gameplay
- Belíssima trilha sonora
Contras
- Gameplay extremamente maçante e repetitivo, ao ponto de fazer você ter que parar de jogar por estar cansado e estressado com o jogo
- Momentos do jogo que fazem você perder muito tempo
- O sistema de autosave do jogo precisa ser corrigido, em 2 ou 3 momentos ele me fez perder mais de uma hora de progresso