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Back 4 Blood – Review

Back 4 Blood parece, cheira e até tem o mesmo gosto que o saudoso Left 4 Dead. Também pudera! O novo cooperativo em primeira pessoa com temática de terror foi desenvolvido pela mesma equipe responsável pelo projeto original de Left 4 Dead lá na Valve. Mas será que repetir a mesma fórmula tanto tempo depois foi uma boa ideia? Vem comigo que é exatamente isso que pretendo te mostrar nesse review de Back 4 Blood.

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Vamos ao que interessa. É preciso tirar logo o elefante da sala e deixar claro que grande parte da mecânica do novo jogo da Turtle Rock é muito, mais muito parecido com o jogo clássico da Valve. E isso não é necessariamente algo ruim, afinal de contas mesmo que tenha sido deixado para morrer, Left 4 Dead permanece um nome de peso até hoje — perdão pela piada, mas não pude resistir.

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O que mais intrigou desde o anúncio de Back 4 Blood foram as novidades. Afinal, o que o novo jogo traria de diferente para se manter relevante tanto tempo depois.

Por isso, nada mais justo do que analisar a “fórmula” por partes, e é exatamente isso que vamos fazer.

Começando pela mecânicas mais simples do jogo, você e seus amigos — ou um time formado por um bando de desconhecidos e bots, tem a missão de sobreviver enquanto se aventuram por diversos mapas conectados pela estória do jogo.

Cada mapa possuí um objetivo simples, apesar de nem sempre ele estar claro. No fim, mesmo que você saiba que precisa carregar uma caixa de suprimentos por ai ou ligar algum gerador desnecessariamente barulhento, sabe também que seu principal objetivo é sobreviver as hordas de mortos vivos que não param de chegar à todo instante.

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É esta mecânica simples e praticamente basal que torna a experiência interessante mesmo depois de tanto tempo. O desafio de permanecer vivo enquanto uma horda de inimigos com pouca qualidade ofensiva, mas em grande quantidade, diverte e surpreende. O problema é justamente quando as coisas começam a ficar complicadas devido as adições de novos elementos nesta fórmula tão simples.

É como quando você estuda para uma prova de matemática e do nada, seu professor resolve misturar trigonometria com o assunto principal. Back 4 Blood não é nem de longe tão chato, mas o sistema de cartas e a curva de aprendizado esquisito torna a experiência confusa nas primeiras horas.

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Não dá pra saber exatamente o que esta acontecendo. O que são as cartas afinal de contas? De onde elas vem? Como eu sei quais estão ativadas e como confiro seus efeitos? Pode ter certeza que você provavelmente vai se fazer este tipo de pergunta em uma das primeiras rodadas de Back 4 Blood.

Acontece que elas não são grandes coisas afinal. A Turtle Rock conseguiu misturar a mecânica clássica que todo mundo conhece com um sistema de cartas “modificadoras”. Após toda partida você é recompensado com algum tipo de carta e pode adiciona-la ao seu baralho pessoal. A cada início de nova partida, você tem a chance de escolher algumas cartas especiais e facilitar a sua vida de alguma maneira.

Essa é uma das belezas do jogo, pois com este novo sistema é como se cada partida, mesmo que aconteça de novo e de novo na mesma fase, pudesse ser sempre diferente de alguma forma. O problema no entanto é a limitada quantidade de cartas, que até agora não foram suficientes para me fazer achar que Back 4 Blood encontrou um sistema genial.

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Outro detalhe positivo fica por conta da variedade de armas que podem ser encontradas ao longo do caminho. São tantas que é mais fácil classifica-las em categorias.

Como isso por si só não bastasse, o jogador vai encontrar também modificadores durante as partidas, que permitirão personalizar cada arma de uma maneira diferente. Estes modicadores permitem que você coloque miras de longo alcance em Magnuns ou silenciadores em escopetas. Então é uma boa ideia coordenar com o seu tipo quem ficará com o que — o que nunca acontece no meu caso, já que meu time é formado por algumas pessoas deveras egoístas.

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O jogador também poderá personalizar seus personagens e armas de maneiras puramente estéticas, sem que estas alterações concedam qualquer benefício dentro do jogo. Mesmo assim essa acaba sendo uma das principais atrações do jogo, já que mesmo com oito personagens jogáveis por enquanto, cada um gostaria de poder criar a sua própria versão.

Talvez a principal crítica à Back 4 Blood neste momento seja a limitação na capacidade do jogo. Existem sim bons motivos para se aventurar por ai, mas é perceptível que as recompensas ainda são bem limitadas.

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Comparando Back 4 Blood com seu “projeto original”, dá pra notar muitas diferenças positivas. Temos agora alguns zumbis mutantes “novos”, e outros que fazem o de sempre. Existem também alguns mortos vivos considerados “chefões de fase”, que surgem no meio da partida e tocam o terror exigindo que todo mundo trabalhe junto para derrota-lo.

Talvez a principal diferença na estrutura de jogo seja que cada campanha não é mais necessariamente dividida em quatro partes. Os “atos” como são conhecidos agora, distribuem-se em missões especificas que variam em dificuldade, tamanho e complexidade.

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Isso afeta o resultado final tanto de maneira positiva quanto negativa. Pelo menos para mim, que senti falta de ter “uma missão do shopping”, ou algo maluco deste tipo.

O matchmaking de Back 4 Blood foi, nos primeiros dias, um verdadeiro caos. Encontrar alguém para jogar junto fora de um grupo de amigos poderia demorar até 20 minutos. Isso sem falar na quantidade absurda de mutantes que surgiam o tempo todo — algo que já foi corrigido no patch mais recente, mas que comprometia a experiência de forma negativa.

No fim das contas Back 4 Blood é um bom jogo, mas mais do que isso: tem muito potencial. Se a Turtle Rock souber ouvir a comunidade, é possível que tenhamos muitas novidades interessantes em breve e que de fato Left 4 Dead 3 não precise sair do papel por parte da Valve, afinal de contas.

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Resumo para os preguiçosos

Back 4 Blood é a tentativa da Turtle Rock Studios de atualizar a fórmula de Left 4 Dead, que deu tão certo no início da década passada.

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A desenvolvedora tinha um desafio enome pela frente, afinal de contas precisava adicionar uma série de novas mecânicas nesta fórmula para tornar o novo jogo tão relevante, ainda mais nos tempos atuais.

O resultado desta conta toda parece ter dado certo. Apesar de Back 4 Blood estar longe do resultado que esperávamos, as coisas parecem estar indo do jeito certo e com potencial para tornar-se uma das melhores experiências para se jogar com os amigos.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Sistema de cartas torna cada rodada diferente da outra;
  • Personagens carismáticos e com funções diferentes;
  • Várias armas com inúmeros modificadores;
  • Novos zumbis mutantes, além dos tradicionais que todo mundo já conhece.

Contras

  • Curva de aprendizado um pouco confusa, principalmente no que diz respeito às cartas.
  • Falta de conteúdo interessante no lançamento.
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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.