Em mais uma das polêmicas envolvendo J.K. Rowling, a autora da Harry Potter foi alvo de duras críticas nesta quinta-feira (19) após defender no Twitter Maya Forstater, uma pesquisadora que foi demitida após afirmar “homens não podem se transformar em mulheres”.
Embora Forstater tenha apelado na justiça para obter o seu emprego de volta, o juiz James Tayler, concluiu que Forstater não tinha o direito de negar os direitos legais para pessoas trans, afirmando que os seus tweets eram “incompatíveis com a dignidade humana e os direitos fundamentais de outras pessoas”.
No Twitter, Rowling publicou a seguinte declaração: “Vista-se como quiser. Chame a si como quiser. Durma com qualquer adulto que o aceite. Viva sua melhor vida em paz e segurança. Mas força as mulheres a deixarem os seus empregos por afirmarem que o sexo é real?”
Nos comentários da publicação o que não faltaram foram críticas ao posicionamento de Rowling, como da autora Amanda Jetté Knox, que afirma ter uma filha trans que é uma grande fã da franquia Harry Potter.
“Minha filha, que é trans, é uma grande fã sua. Parte meu coração ao ver você postar algo indicando que a discriminação contra ela é um comportamento normal para um funcionário. As organizações médicas mais respeitadas do mundo reconhecem pessoas trans. Por favor, se atualize.”
Em outro comentário, a comediante Avery Edison até disseque a autora agora acabou de se juntar aos Comensais da Morte.
https://twitter.com/aedison/status/1207657882906480640
“Normalmente, eu não confio nos seus livros para analogias políticas, porque eles são feitos para crianças, obviamente, mas acho que é apropriado abrir uma exceção neste caso: você acabou de se juntar aos Comensais da Morte.”
Vale esclarecer ainda que no Reino Unido a Lei de Igualdade de 2010 garante que qualquer homem ou melhor que tenha feito o processo de transição e possua o Certificado de Reconhecimento de Gênero (GRC), deve ser reconhecido(a) pelo gênero escolhido.