Entre as diversas pontas soltas do final de Game of Thrones, uma das que mais incomodou os fãs foi em relação à herança Targaryen de Jon Snow, já que ao saber quem eram os seus verdadeiros pais, muitos achavam que Jon iria confrontar Daenerys e lutar pelo Trono de Ferro.
No entanto, o que acabou acontecendo foi muito diferente disso e para alguns um baita final anticlimático. Mas se analisarmos os acontecimentos dessa temporada final com um pouco mais de cuidado é possível perceber que o destino de Jon na verdade faz muito sentido.
Quando ele escolhe não reivindicar o Trono, retornando para a Patrulha da Noite e guiando os Selvagens de volta para o seu lar, Jon está subvertendo a própria natureza conquistadora Targaryen, que desde Aegon I é a principal família que governou Westeros.
Desde quando a sua verdadeira linhagem foi revelada, Jon aparece constantemente em conflito com a sua própria identidade, já que por tanto tempo ele viveu apenas como um bastardo e agora sabia que era o verdadeiro herdeiro do Trono. Inicialmente, ele até acreditou que a melhor decisão era realmente continuar com Daenerys, pois dessa forma os problemas de sucessão seriam resolvidos e eles poderiam governar juntos.
Mas diferente do que ele imagina, Daenerys era uma verdadeira Targaryen, que conquistaria Westeros com Fogo e Sangue se fosse necessário.
Já Jon era o exato oposto disso, sendo um verdadeiro Stark que protegeria o Norte acima de tudo.
Após conversar com Tyrion e perceber como as atitudes de Daenerys poderiam colocar em risco das suas irmãs e Norte como um todo, Jon finalmente reconhece para si a sua verdadeira identidade e o ato de matar a sua amada é um paralelo enorme com a própria morte de Ned na primeira temporada, com ambos tendo escolhido fazer um sacrifício maior para salvar a sua família.
Assim, a herança Targaryen de Jon e esse trágico momento foram na verdade uma grande provação para que ele finalmente se tornasse um Stark, e mesmo não voltando para Winterfell ele ainda está protegendo o Norte além da Muralha.