O destino de Dabi na temporada final de My Hero Academia promete ser um dos temas mais polêmicos entre os fãs do anime, principalmente após a forma como a história de Toya Todoroki foi encerrada no mangá. O desfecho do personagem, em vez de trazer redenção ou uma morte significativa, apresentou algo muito mais inquietante: uma existência mecânica, praticamente sem identidade.
No capítulo 426 do mangá, o impacto foi imediato. Toya sobrevive, mas é reduzido a um corpo mutilado, mantido vivo por dispositivos médicos que o impedem até mesmo de falar por mais de alguns minutos por dia. As imagens causaram repulsa, com comparações feitas a histórias de terror corporal como Tusk ou a distopias como I Have No Mouth, and I Must Scream. O resultado não trouxe alívio ou perdão, mas sim uma sensação de sofrimento contínuo.
Por que esse final não funcionou

O problema central do destino de Dabi no mangá está no simbolismo atribuído à sua sobrevivência. Enquanto Endeavor tenta se redimir como pai e herói, é Dabi quem precisa continuar sofrendo para que o pai tenha tempo de pedir desculpas. Isso não é apenas desconfortável narrativamente, mas também injusto com um personagem que foi claramente vítima de abuso parental desde a infância.
Dabi é deixado em um estado degradante, enquanto vilões como All For One recebem conclusões mais limpas ou impactantes. O contraste foi percebido por muitos leitores como problemático: o vilão final sai de cena, enquanto Toya é deixado vivo apenas para servir à culpa de seu pai.
A chance da temporada final de My Hero Academia
A versão em anime tem o poder de reestruturar narrativas e adaptar cenas de forma mais eficiente emocionalmente. O formato animado permite ritmo, pausa, música e atuação de voz — elementos que podem amenizar ou transformar a forma como o público encara certas decisões.
A temporada final de My Hero Academia poderia reduzir a exposição do estado de Dabi, focando apenas no momento-chave da reconciliação com a família. Mostrar o dispositivo médico, criar um diálogo emocional com Shoto, e então encerrar sua jornada com dignidade, permitiria que a série mantivesse o impacto sem prolongar o sofrimento.
O momento em que os irmãos compartilham memórias simples, como a comida favorita, foi um dos mais tocantes. Ali, o público viu Toya como pessoa e Shoto como alguém que queria compreendê-lo, não enfrentá-lo. Esse tipo de conexão basta para encerrar a história com respeito.
Confira também:
- My Hero Academia – Os 22 personagens principais e seus poderes
- My Hero Academia – Estas são as principais armas e ferramentas utilizadas por Eraser Head
- My Hero Academia – Confira 10 cosplays incríveis de Momo Yaoyorozu
My Hero Academia começou a ser publicado por Kohei Horikoshi em 2014 e é um dos mangás mais vendidos da atualidade.
A história segue Izuku Midoriya, um garoto determinado e gentil que nasceu sem uma Individualidade, mas sonha em se tornar um herói. A vida de Midoriya muda drasticamente quando ele encontra seu ídolo, o lendário herói All Might, que reconhece o potencial e a coragem do garoto.
All Might passa a sua prórpia individualidade, o “One For All”, para Midoriya, permitindo-lhe realizar seu sonho de ingressar na U.A. High School, uma escola de elite para futuros heróis. Na U.A., Midoriya faz amigos e enfrenta rivais, enquanto aprende o que realmente significa ser um herói. Enquanto isso, uma crescente ameaça de vilões que desejam destruir a sociedade heróica começa a emergir, desafiando Midoriya e seus colegas a superar seus limites e proteger o mundo.
As histórias de Izuku Midoriya e seus amigos são lançadas semanalmente no Japão e o mangá está em suas etapas finais da história. Os personagens de My Hero Academia estão dentre os mais bem recebidos pelos fãs de anime e mangá ao redor do mundo.
Atualmente, My Hero Academia conta com seis temporadas concluídas, e é um dos animes modernos mais bem sucedidos da atualidade. Para completar, os filmes e Ovas de My Hero Academia estão quase numa dezena, todos muito bem recebidos.
Você pode acompanhar o anime na íntegra no Crunchyroll.

