Os fãs de Jujutsu Kaisen têm demonstrado insatisfação com o final do mangá de Gege Akutami, com alguns desejando um tratamento similar ao recebido por My Hero Academia no volume 42. Esse volume incluiu novos conteúdos que ajudaram a melhorar o encerramento da história de Kohei Horikoshi, abordando críticas e desenvolvendo melhor certos pontos da trama. No entanto, há razões claras para acreditar que isso não acontecerá com Jujutsu Kaisen.
A falta de interesse de Gege Akutami
Um dos motivos principais para não esperarmos um tratamento similar é o aparente desinteresse de Gege Akutami em revisitar Jujutsu Kaisen. O autor já havia expressado, anos atrás, sua intenção de concluir o mangá em 2024 e cumpriu esse objetivo. Além disso, Akutami manifestou interesse em explorar novos projetos, como um mangá no estilo idol, o que sugere que ele está mais interessado em seguir em frente do que em revisitar o final de sua série.
Já em My Hero Academia, o final apresentou problemas claros, como a falta de desenvolvimento do salto temporal de oito anos e a desconexão do protagonista Deku com seus amigos e potenciais relacionamentos, como Uraraka. Essas críticas específicas foram abordadas no volume 42, mostrando a disposição de Horikoshi em corrigir os problemas narrativos.
Problemas complexos no final de Jujutsu Kaisen
Os desafios com o final de Jujutsu Kaisen vão além de questões pontuais que poderiam ser resolvidas com algumas páginas extras. A principal crítica dos fãs é que muitos personagens importantes não foram suficientemente desenvolvidos, e várias tramas foram deixadas em aberto ou não tiveram o peso que mereciam.
Exemplos notáveis incluem Nobara Kugisaki, cuja ausência foi sentida na maior parte da série, e Megumi Fushiguro, que teve um arco interrompido de maneira abrupta. Além disso, personagens como Yuki Tsukumo foram introduzidos como figuras relevantes, mas receberam um destino anticlimático durante o arco Culling Games.
Outro ponto levantado é o foco no passado de Ryomen Sukuna e sua relação com Uraume no capítulo final, que gerou mais perguntas do que respostas. Para muitos fãs, um arco detalhado explorando a era Heian seria necessário para preencher as lacunas na narrativa.
Diferenças fundamentais entre as séries
Há também diferenças de abordagem entre os autores. Enquanto Horikoshi optou por expandir o final de My Hero Academia para abordar críticas específicas, Akutami parece menos inclinado a retomar sua obra. Essa decisão reflete o estilo de cada autor: enquanto Horikoshi é conhecido por equilibrar ação e desenvolvimento de personagens, Akutami frequentemente prioriza temas sombrios e reviravoltas, muitas vezes deixando pontos narrativos abertos como parte de sua abordagem estilística.
Por fim, o alto índice de mortes em Jujutsu Kaisen também limitou a capacidade da série de explorar certos personagens. Isso resultou em um elenco reduzido, o que, combinado com tramas inacabadas, dificultaria qualquer tentativa de melhorar o final sem grandes revisões.
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Jujutsu Kaisen (traduzido para Batalha de Feiticeiros no Brasil) é um mangá japonês escrito e ilustrado por Gege Akutami, e publicado na revista Weekly Shōnen Jump desde 5 de março de 2018.
Jujutsu Kaisen conta a história de Yuji Itadori, um jovem gênio do atletismo que acaba juntando-se a um clube de ocultismo e então descobrindo ser o receptáculo perfeito para Ryomen Sukuna, a maldição mais poderosa de todos os tempos.
Jujutsu Kaisen tem um anime desenvolvido pelo Studio Mappa (o mesmo de Attack on Titan) com duas temporadas disponíveis no Crunchyroll.