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Como o powerscaling prejudicou Stain em My Hero Academia

Em My Hero Academia, assim como em muitos outros battle shonen, uma parte significativa dos fãs se dedica a discutir powerscaling—o processo de medir e comparar a força dos personagens. Essas discussões podem ser fascinantes, mas também acabam influenciando a forma como certos personagens são percebidos dentro da história.

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Um dos maiores prejudicados por isso foi Stain, um dos primeiros grandes vilões da série. Apesar de ter uma ideologia forte e desempenhar um papel crucial na crítica ao sistema de heróis, suas habilidades de combate nunca receberam o devido reconhecimento. Além disso, conforme o nível de poder dos personagens aumentou exponencialmente nos arcos finais, Stain acabou sendo deixado de lado, sem o destaque que poderia ter tido.

O impacto do powerscaling na percepção de Stain

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Stain era mais forte do que os fãs admitem

Embora Stain seja lembrado principalmente por seu ódio contra os falsos heróis e sua obsessão por All Might, seu nível de combate foi muitas vezes subestimado. Ele pode não ser o vilão mais poderoso da série, mas conseguiu feitos impressionantes, principalmente considerando que sua individualidade, Bloodcurdle, exige contato direto com o sangue de seus oponentes para ser ativada.

Ainda assim, ele conseguiu eliminar diversos heróis experientes, ao ponto de se tornar uma lenda urbana e ser temido até pela Liga dos Vilões. No início da série, ele conseguiu desafiar Tomura Shigaraki, um feito notável considerando o nível de poder que Shigaraki viria a atingir.

Sua luta contra Tenya Iida, Izuku Midoriya e Shoto Todoroki também é um bom exemplo de sua força. Muitos fãs na época acharam decepcionante que um vilão com tanta reputação tenha sido derrotado por três estudantes, mas ao analisar melhor, o fato de ele ter lutado contra três jovens extremamente talentosos ao mesmo tempo e ainda ter imposto uma enorme dificuldade mostra o quão formidável ele era.

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O declínio de Stain e a mudança no foco da série

A série começou com um foco mais tático e estratégico, onde o pensamento rápido e a habilidade podiam compensar a diferença de poder bruto. Isso favorecia personagens como Stain, que não tinha superforça ou habilidades destrutivas, mas compensava isso com experiência, técnica e inteligência.

Porém, conforme My Hero Academia avançava, o nível de poder dos personagens escalou absurdamente. Nos arcos finais, víamos lutas com destruições em escala massiva, envolvendo personagens como Shigaraki, Deku e All For One, que estavam praticamente no nível de deuses dentro do universo da série.

Isso fez com que Stain perdesse relevância, já que suas lutas eram mais pé no chão, baseadas em habilidade e estratégia. Como resultado, sua participação no final da história foi reduzida, e ele não teve o mesmo impacto que teve no começo.

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Stain era um personagem complexo, mas foi subaproveitado

Como o powerscaling prejudicou Stain em My Hero Academia

Além do powerscaling ter reduzido sua importância, Stain também tinha um dos conceitos mais interessantes e complexos da série. Sua visão distorcida da sociedade e sua obsessão com a ideia de que apenas All Might era um verdadeiro herói o tornavam um antagonista fascinante, que não era apenas “malvado”, mas sim alguém com uma filosofia própria.

Sua breve aparição na reta final do mangá, onde ele demonstra respeito por Deku, reforça essa complexidade. No entanto, o impacto de seu retorno foi mínimo, pois a trama já havia se transformado em uma guerra de escala épica, onde o estilo de luta e a abordagem tática de Stain não tinham mais espaço.

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Confira também:

My Hero Academia começou a ser publicado por Kohei Horikoshi em 2014 e é um dos mangás mais vendidos da atualidade.

A história segue Izuku Midoriya, um garoto determinado e gentil que nasceu sem uma Individualidade, mas sonha em se tornar um herói. A vida de Midoriya muda drasticamente quando ele encontra seu ídolo, o lendário herói All Might, que reconhece o potencial e a coragem do garoto.

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All Might passa a sua prórpia individualidade, o “One For All”, para Midoriya, permitindo-lhe realizar seu sonho de ingressar na U.A. High School, uma escola de elite para futuros heróis. Na U.A., Midoriya faz amigos e enfrenta rivais, enquanto aprende o que realmente significa ser um herói. Enquanto isso, uma crescente ameaça de vilões que desejam destruir a sociedade heróica começa a emergir, desafiando Midoriya e seus colegas a superar seus limites e proteger o mundo.

As histórias de Izuku Midoriya e seus amigos são lançadas semanalmente no Japão e o mangá está em suas etapas finais da história. Os personagens de My Hero Academia estão dentre os mais bem recebidos pelos fãs de anime e mangá ao redor do mundo.

Atualmente, My Hero Academia conta com seis temporadas concluídas, e é um dos animes modernos mais bem sucedidos da atualidade. Para completar, os filmes e Ovas de My Hero Academia estão quase numa dezena, todos muito bem recebidos.

Você pode acompanhar o anime na íntegra no Crunchyroll.

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Valteci Junior
Valteci Juniorhttp://criticalhits.com.br
Me chamo Valteci Junior, sou Editor-chefe do Critical Hits, formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno e JRPG de forma geral. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.