As técnicas amaldiçoadas de Jujutsu Kaisen são conhecidas por sua complexidade, envolvendo estratégias elaboradas, mecânicas intricadas e habilidades únicas. Desde o Limitless e Six Eyes de Gojo até o Ten Shadows de Megumi, essas técnicas desafiam tanto os personagens quanto os leitores a compreenderem sua profundidade. No entanto, em meio a essa complexidade, as técnicas de corte de Sukuna, Dismantle e Cleave, se destacam não pela sofisticação, mas pela brutal simplicidade. Elegantes e eficientes, essas técnicas mostram que o poder bruto muitas vezes supera a complexidade.
A elegância brutal de Dismantle e Cleave
À primeira vista, Dismantle e Cleave podem parecer técnicas pouco impressionantes, especialmente quando comparadas às habilidades intrincadas de outros personagens. Dismantle realiza um corte básico, enquanto Cleave ajusta o ataque com base na resistência do alvo e na energia amaldiçoada presente. Essa simplicidade, no entanto, é o que as torna aterrorizantes. Diferente de técnicas como o Limitless de Gojo ou o raio concentrado de Kashimo, os ataques de Sukuna não dependem de preparações elaboradas ou condições específicas. Ele simplesmente corta — e deixa seus inimigos em pedaços.
Além disso, essas técnicas são incrivelmente versáteis, podendo atacar tanto corpos humanos quanto espíritos amaldiçoados e objetos inanimados com precisão letal. Isso faz de Dismantle e Cleave extensões da vontade de Sukuna, em vez de ferramentas limitadas por restrições. Apesar da simplicidade conceitual, o domínio de Sukuna sobre elas permite que ele ultrapasse até mesmo as defesas mais robustas, mostrando que poder e habilidade são mais importantes do que complexidade.
A simplicidade de Sukuna versus a complexidade dos outros
A genialidade das técnicas de Sukuna se torna ainda mais evidente ao compará-las com as de outros feiticeiros. Por exemplo, o Limitless de Gojo permite manipular o conceito de infinito, mas exige cálculos precisos, camadas de estratégias e o domínio do Six Eyes. O Ten Shadows de Megumi, por sua vez, depende de um conhecimento detalhado de cada shikigami e da coordenação de suas habilidades em conjunto.
Já Sukuna dispensa toda essa complexidade. Não há necessidade de posicionamento estratégico, timing perfeito ou amplificação de domínio. Dismantle e Cleave estão sempre prontos para o uso e são consistentemente mortais. Essa abordagem reflete a intenção narrativa de Gege Akutami: mostrar que a força esmagadora e a maestria podem superar até mesmo as habilidades mais sofisticadas.
A filosofia de Gege Akutami e a “Arte da Subtração”
Gege Akutami aplica sua filosofia da “Arte da Subtração” ao criar as técnicas de Sukuna. Em vez de adicionar camadas de complexidade, as habilidades de Sukuna reduzem o combate aos elementos essenciais: ofensiva, precisão e destruição. Essa abordagem reflete sua personalidade arrogante e dominadora. Sukuna, com suas técnicas simples, despreza a necessidade de estratégias elaboradas, provando que talento puro e poder bruto são mais do que suficientes.
No final da série, é sugerido que a técnica amaldiçoada de Sukuna está ligada a uma metáfora culinária: Dismantle e Cleave seriam como preparar ingredientes, enquanto sua técnica oculta, Divine Flame, seria o “forno” que finaliza o processo.
As técnicas de Sukuna também evoluem com ele, mostrando sua capacidade de adaptar o poder básico ao ponto de transcender as limitações de outros personagens. Um exemplo disso é o “corte que fende o mundo”, criado para derrotar Gojo ao ignorar completamente as barreiras do Limitless. Com isso, Akutami reforça que até mesmo as ideias mais simples podem se tornar imbatíveis quando utilizadas com precisão e poder.
Dismantle e Cleave: uma crítica à complexidade
As técnicas de Sukuna não são apenas suas marcas registradas, mas também um comentário sobre a tendência de complicar demais as coisas em uma série repleta de habilidades intricadas. Enquanto outros feiticeiros trabalham para construir técnicas elaboradas, Sukuna reduz o combate ao essencial, literalmente cortando todas as camadas desnecessárias.
Essa simplicidade não apenas reafirma sua posição como Rei das Maldições, mas também exemplifica que a verdadeira força não precisa de espetáculos. No mundo de Jujutsu Kaisen, onde os feiticeiros muitas vezes complicam suas estratégias, Sukuna prova que o poder absoluto está na clareza e na precisão — uma lição que ressoa tanto na narrativa quanto na vida.
Jujutsu Kaisen (traduzido para Batalha de Feiticeiros no Brasil) é um mangá japonês escrito e ilustrado por Gege Akutami, e publicado na revista Weekly Shōnen Jump desde 5 de março de 2018.
Jujutsu Kaisen conta a história de Yuji Itadori, um jovem gênio do atletismo que acaba juntando-se a um clube de ocultismo e então descobrindo ser o receptáculo perfeito para Ryomen Sukuna, a maldição mais poderosa de todos os tempos.
Jujutsu Kaisen tem um anime desenvolvido pelo Studio Mappa (o mesmo de Attack on Titan) com duas temporadas disponíveis no Crunchyroll.