A série Splinter Cell está entre as melhores séries consideradas “esquecidas”, se compararmos com as principais franquias por aí. Você mesmo pode fazer o teste: Peça pra alguns amigos citarem 10 séries dos games, e a certeza é que Splinter Cell, se for citada, será citada por 1 ou 2 desses amigos, no máximo. Eu mesmo admito que tive pouquíssimo contato com a série até Blacklist, mas, embasando-se nesse último episódio, me arrependo de não ter dado a atenção merecida anteriormente.
Como de costume, o jogo te coloca na pele de Sam Fisher, e já começa impressionando visualmente, com os melhores gráficos possíveis nessa geração. Não são visíveis quaisquer falhas de renderização, exceto em uma situação ou outra, que deve ter sido corrigida no patch mais recente. A história do jogo é intensa, com Sam lidando com um grupo terrorista conhecido como os “Engenheiros” e tendo que evitar uma série de ataques e buscar informações ao redor do mundo que expliquem os motivos desses ataques, mas não é o foco principal, então por isso (e para evitar spoilers), essa review será focada na gameplay.
E a gameplay está incrível. O jogo conta com controles simples, que te dão toda a liberdade pra se mover com a velocidade necessária em toda a movimentação furtiva, e te fazem se preocupar com o que importa, que é a sua estratégia, e não com apertar ou não o botão certo para o que você realmente quer fazer. E é nisso que o jogo passa a fluir: Comandos intuitivos e movimentação precisa dos personagens, além dos mais variados gadgets de espionagem, que tornam tudo mais legal sempre.
O jogo continua muito bom no modo co-op em tela dividida, sem perder nada na qualidade comparado ao modo single player, e ainda tendo todo o elemento de estratégia entre os 2 jogadores, já que esse não é o tipo de jogo pra você se achar o Marcus Fenix ou o John Rambo e ir correndo desregradamente na direção dos oponentes. E isso é basicamente por 3 motivos: 1- Não é a essência do jogo, mas principalmente 2- Munição limitada e 3- com 2 ou 3 tiros, você está morto.
O item 3 da lista acima torna as coisas muito mais interessantes aliás. Você deve pensar muito bem antes de comprar equipamento para as missões, e já entrar imaginando qual a sua estratégia. Com equipamentos mais furtivos, você se movimentará mais silenciosamente e poderá interagir melhor com as partes escuras do cenário, marca da série que foi muito bem mantida nesse episódio, porém, se for visto, pode ter a certeza que com 2 ou 3 tiros seu personagem estará no chão e toda a cena será recomeçada. Por outro lado, você pode se equipar de forma mais “combativa”, digamos assim, mas não conseguirá se esconder e se movimentar com a mesma facilidade.
Apesar dos controles fáceis, o jogo em si está longe de ser. Mesmo na dificuldade Normal, a IA dos guardas e oponentes em geral é muito boa, tirando um momento ou outro de completa burrice, e erros seus não sairão de graça, podendo talvez custar toda a missão e te fazendo voltar ao último checkpoint. As missões aliás são longas, então não é aquele jogo pra você pegar pra jogar se tiver pouco tempo pra isso, até porque o jogo vai te sugar e provavelmente te fazer perder completamente a noção do tempo.
Destaque também para a dublagem , com todos os personagens recebendo um bom trabalho, inclusive em português, e respeitando os possíveis sotaques de cada região apresentada no jogo. Temos inclusive alguns momentos com os guardas falando a língua local, o que introduziu um “quê” a mais de realismo ao jogo. Pena que isso também pode ser estragado, com um personagem falando em espanhol com o colega e, ao perceber sua presença na sala, um outro dublador assumir com frases em português.
No geral, Blacklist é um excelente jogo, que vai te proporcionar um desafio interessante e uma ótima diversão. O jogo está disponível para Xbox 360, Playstation 3, PC e Wii U.
Prós
- História intensa
- Ótimos gráficos
- Controles fáceis
- Ótima dublagem
Contras
- Muito difícil algumas vezes
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