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The Messenger – Review

O mundo dos videogames provavelmente não seria o mesmo sem os jogos sidecroller, que englobam uma série de subgêneros diferentes, como Metroidvania, Beat ’em Up, dentre outros e que nos trouxeram clássicos como Castlevania, Metroid, Ninja Gaiden e assim por diante. Assim como outros indies lançados não apenas nesse ano mas em outros, The Messenger tem o objetivo de ser uma releitura e uma homenagem desses clássicos com um toque pessoal do autor. Será que o jogo consegue?

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Em The Messenger, você é um ninja um tanto entediado com a sua vida de treinamentos constantes e que quer logo partir para ação. Logo na sequência de mais um dia reclamando da monotonia, uma invasão demoníaca acontece, e você ganha a missão de levar um pergaminho vital para a sobrevivência do seu clã para outro local, transformando você assim no mensageiro, ou The Messenger, como o título do game sugere.

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Logo que o jogo começa, a impressão que dá é que estamos jogando um jogo de Master System, seja por causa dos gráficos do jogo, seja por causa do gameplay em si. A ideia de The Messenger já é conhecida de trás pra frente pelos fãs de games: avançar nos cenários, matar inimigos, vencer o chefe, coletar dinheiro para comprar upgrades e assim por diante.

Como você é um ninja, The Messenger traz algumas habilidades ninja interessantes para o mix do sidescrolling, como a primeira habilidade que você aprende logo no começo do jogo, onde você ataca algo no ar e ganha um segundo pulo para continuar subindo. Essa habilidade, se aprendida da forma correta, pode ajudar bastante durante o gameplay de The Messenger, e é um dos trunfos do jogo para que ele não passe completamente batido na cabeça do jogador.

Além dessa, você conta com outras habilidades como atirar estrelas ninja, bloquear projéteis inimigos com a sua espada (desbloqueie essa habilidade primeiro e a sua vida melhora sensivelmente no começo do jogo) e assim por diante, que você pode ir desbloqueando conforme coleta dinheiro no jogo.

Caso você morra, você é salvo por uma especie de diabinho, que vai acabar cobrando uma certa quantidade de dinheiro toda vez que você morrer. É possível diminuir esse pagamento conforme você compra upgrades, mas mesmo na quantidade mínima ele não chega a atrapalhar.

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Em termos de gameplay, The Messenger basicamente marca todos os itens necessários para ser um sidescroller interessante, mas parece que falta alguma coisa para ele realmente ser interessante. Sabe quando o jogo é genérico do começo ao fim? The Messenger parece esse tipo de jogo, e infelizmente de uma forma negativa.

Diferente de outras releituras desse gênero, a impressão que The Messenger me passou foi a de eu estar jogando um jogo de Master System das antigas daqueles que não eram tão bons assim na época, quanto mais hoje em dia. O jogo realmente não tem nada que chame realmente a atenção, com as fases sendo extremamente simples, os chefes também não oferecendo um desafio lá muito original e a história, contada em forma de paródia de jogos, acaba parecendo mais preguiça do autor dela do que realmente ficando engraçada.

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No geral, The Messenger provavelmente vai agradar quem é fã do gênero, mas infelizmente o jogo está longe de ser um daqueles jogos que vêm na nossa mente quando falamos de sidescrollers retrô.

Graficamente, The Messenger promete trazer uma mistura de estética 8 e 16 bit nos gráficos, e ele atinge esse objetivo, mas eu não sei se a ideia de fazer sprites de um jogo 8 bit com o esquema de cores de 16 bit acabou sendo uma boa, pois no fim das contas parece que o estilo de arte ficou mais parecendo algo como “não consegui fazer melhor do que isso mas pelo menos colori” ao invés dos “fiz retrô de propósito” de alguns jogos que usam sprites 8 bit com a coloração 8 bit.

A trilha sonora do jogo também se propõe a ser retrô com chiptunes que acabam sendo um tanto repetitivos. Eles entram na cabeça, é verdade, mas nem sempre pelos melhores motivos.

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Mas e aí, The Messenger vale a pena?

The Messenger é um jogo que infelizmente podia ser mais do que ele é. As fases parecem genéricas demais, a história parece uma paródia preguiçosa e o jogo provavelmente logo vai ser esquecido mesmo por fãs do gênero, diferente de outros indies retrôs que sempre vêm na nossa cabeça quando pensamos nesse tipo de jogo. Você provavelmente não vai desgostar do jogo ao jogá-lo, mas certamente não vai dizer que foi uma das melhores experiências que você teve.

Resumo para os preguiçosos

The Messenger é um jogo que infelizmente podia ser mais do que ele é. As fases parecem genéricas demais, a história parece uma paródia preguiçosa e o jogo provavelmente logo vai ser esquecido mesmo por fãs do gênero, diferente de outros indies retrôs que sempre vêm na nossa cabeça quando pensamos nesse tipo de jogo. Você provavelmente não vai desgostar do jogo ao jogá-lo, mas certamente não vai dizer que foi uma das melhores experiências que você teve.

Nota final

60
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Algumas “mecânicas ninja” interessantes

Contras

  • Fases genéricas e insossas
  • Estilo gráfico fraco
  • Enredo que parece mais preguiçoso do que original
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.