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The King of Fighters XIV – Review

O mundo dos jogos de luta teve seu auge nos anos 90, e uma leve decadência na primeira década dos anos 2000. Após uma ressurgência catapultada por Street Fighter IV, Mortal Kombat e vários títulos menores como Blazblue, a única grande ausência sentida no gênero era a de King of Fighters, que nunca mais foi o mesmo desde que a SNK falou e depois foi comprada pela Playmore. Será que The King of Fighterts XIV consegue fazer a série retornar à forma antiga?

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The King of Fighters XIV segue uma história bem tradicional (e clichê) de jogos de luta. Um homem chamado Antonov organiza mais uma vez o torneio para reunir os melhores combatentes do mundo, e assim a pancadaria recomeça. O modo história do jogo na verdade não passa de um modo arcade com um nome diferente. O que você vai encontrar aqui são as batalhas tradicionais encontradas em qualquer The King of Fighters ou jogo de luta da SNK das antigas.

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Nas batalhas, você escolhe um trio e enfrenta trios de inimigos. Ao todo, o jogo traz 50 lutadores, sendo 16 times de três lutadores, um subchefe e um chefe final. A maioria dos lutadores clássicos da série se encontra novamente em The King of Fighters XIV, com apenas algumas ausências, como Rugal e Rock Howard (apesar da ausência desse último ter sido alegada pelo fato de Geesee Howard estar vivo no game, mas enfim, que lutador morre definitivamente num jogo de luta, não é memso?).

Como num jogo de luta se avalia a luta, obviamente é nisso que devemos nos focar, mas ainda vale ressaltar uma coisa: se você estava esperando um modo história de campanha, no melhor estilo Mortal Kombat, The King of Fighters está longe de oferecer isso. O jogo tem umas 3 ou 4 cutscenes no modo história e só. O game quer que você compre-o pela pancadaria, e não para contar uma história.

Agora sim, sobre o combate. Eu admito que nunca fui muito fã de jogos de luta da SNK. Sempre fui muito mais de jogar jogos de luta da Capcom mesmo na época em que The King of Fighters era, de fato, o rei dos jogos de luta. Ainda assim, eu também jogava bastante os jogos da SNK naquela época, e a impressão que fica é que a jogabilidade lembra bastante mesmo a encontrada nos títulos clássicos da franquia. Felizmente, e essa era a minha principal reclamação na época, o combate agora é um pouco mais rápido, e acertar combos está mais fácil do que era nos anos 90.

Cada personagem tem seus ataques característicos de volta no jogo, como combos, agarrões, especiais e assim por diante. Diferente do que a Capcom fez ao facilitar os especiais, a SNK decidiu mantê-los com os mesmos comandos de antigamente. Por um lado, veteranos da série vão se sentir em casa. Por outros, quem nunca jogou um King of Fighters da vida vai se quebrar todo na hora de usar um especial (afinal, os comandos não são apenas meia luta pra frente e dois botões de soco, são meia lua pra trás, meia lua pra frente, meia lua pra trás e soco e assim por diante).

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No fim das contas, o combate é tudo o que fãs de King of Fighters esperavam, mas sinceramente? Eu esperava alguma novidade. É como se a SNK tivesse se contentado em trazer uma versão poligonal (e não tão bonita assim, mas eu já falo sobre isso) do mesmo jogo de luta que ela faz há mais de duas décadas. Mortal Kombat e Street Fighter se reinventaram nesse meio tempo e sempre adicionaram novidades, sem perder o que era característico das franquias. A SNK bem que podeira ter feito o mesmo aqui.

Além do modo história, o jogo ainda oferece vários outros modos de jogo, como Versus, Treinamento, Partidas Online, Missões, Tutorial (apesar dele não ser tão aprofundado assim) e extras, como dados acumulados por você até agora, galerias e opções.

Outro detalhe que eu não gostei tanto assim foram os gráficos do jogo. The King of Fighters XIV não chega a ser um jogo feio, mas ele parece um jogo do começo da geração passada, e não um jogo feito em 2016. Tanto os modelos dos personagens quanto os cenários são simples demais, e alguns têm até uma movimentação meio estranha (a posição de combate normal do Terry Bogard é bem estranha, por exemplo). Nos cenários, aliás, foi onde eu notei mais falta do capricho gráfico que a SNK colocava antigamente. Ao invés de cenários ricos e cheios de espectadores, o que encontramos agora são locais vazios e arenas espalhadas por aí. Falta vida. A trilha sonora do jogo também poderia ser um pouco melhor, mas ela não chega a desagradar, só não está aos pés das trilhas espetaculares que The King of Fighters já teve. Felizmente, o game vem com legendas e menus em português.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para PS4 fornecida pela publisher.

Resumo para os preguiçosos

The King of Fighters XIV é um bom título da franquia King of Fighters. O jogo consegue capturar a alma de uma franquia que já foi a rainha dos jogos de luta, trazendo vários personagens clássicos, alguns novos e modos que vão fazer você se divertir por um bom tempo se for fã de jogos de luta. Só é uma pena que o jogo não traga nenhuma grande inovação ao gênero e que tenha gráficos simples demais, mas se você gosta de jogos de luta, você tem muito mais chance de aproveitar o jogo do que o contrário.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Diversos personagens clássicos de volta
  • Gameplay preciso e divertido

Contras

  • Gráficos abaixo do esperado
  • Sem grandes inovações
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.