Quem aí nunca jogou um jogo da franquia The Elder Scrolls? Um dos jogos de RPG mais populares atualmente acaba de receber sua versão online, mas será que ele seguirá o mesmo sucesso de seus antecessores?
O jogo foi lançado recentemente para PS4 e Xbox One após um certo tempo de produção e vem com a promessa de levar os fãs à um universo online e com muito para se fazer. O jogo é bem semelhante à Skyrim, o que não chega a ser ruim, mas também não é tão bom quanto parece.
A princípio, a ideia de trazer The Elder Scrolls para o mundo oline é muito interessante, mas na prática não é bem assim. Diversas vezes tive problemas de conexão e, ou era desconectado dos servidores, ou ocorria um erro na execução do jogo e eu me via obrigado a reiniciá-lo.
Mas voltando à história, o jogo se passa mil anos antes dos eventos de Skyrim e Tamriel é novamente ameaçada por forças das trevas. Uma explosão arcana ocorreu em Imperial City e despertou demônios e outras criaturas malignas, que mataram alguns dos mais poderosos magos e deixaram outros loucos.
Após estes eventos, três facções foram criadas e juraram proteger Imperial City das ameaças demoníacas, ainda que haja uma certa rivalidade entre elas por não aceitarem as ações umas das outras, causando conflitos com o tempo e seu personagem é apenas “mais um” entre estas facções.
As facções incluem a Ebonheart Pact com as raças Dunmer, Argonians e Nords. Os Aldmeri Dominion com os Altmer, os Khajiit e os Bosmer e a Daggerfall Covenant, composta pelos Redguards, Bretons e Orsimer.

Depois de escolhida uma facção, é hora de escolher sua classe, variando entre Sorcerer, Dragonknight, Nightblade e Templar. As classes são diferentes entre si, seja nas habilidades, nas armas a serem utilizadas e resistências elementais.
São várias as opções de personalização de seu personagem, desde tipos de cabelo até mesmo a cor da pele, dos olhos e por aí vai. Cada raça possui seu visual próprio e podemos perder um bom tempo estilizando nosso personagem. E, como de costume na série The Elder Scrolls, seu personagem começa como um prisioneiro e deve escapar de seja lá onde ele estiver.
Os comandos parecem um pouco confusos logo no início do jogo e assumo que fiquei um pouco perdido, mas lhe é apresentado um rápido tutorial ensinando os comandos básicos. Atacar e defender ainda funciona bem com os gatilhos do controle, lembrando os comandos dos jogos anteriores. O jogo também pode ser alternado entre visões em primeira ou terceira pessoa, agradando aqueles que têm uma preferência de estilo de jogo ou se desejam apenas ver seu personagem.

O jogo tem uma cacetada de missões secundárias para serem feitas e você pode escolhê-las com o simples apertar de um botão. Você pode optar por realizá-las, coletar itens, matar monstros ou ficar apenas observando o cenário. O sistema de convites também funciona bem e tive a oportunidade de jogar com outros amigos sem maiores problemas.
O game que nos foi apresentado parecia lindo e detalhado, mas basta instalá-lo para ver que não é bem assim. Os gráficos são bem modestos e não se parecem muito com um jogo da nova geração. Os personagens e os NPCs parecem ser todos os mesmos, e os cenários não passam a sensação de ser muito bem trabalhados e criativos.
O jogo não chega a ser feio, mas também não é lindo. Sabemos que é trabalhoso criar um jogo online com belos gráficos mas, mesmo sendo parecido com Skyrim, o jogo não possui aquela mesma beleza que nos foi apresentada por um jogo da geração passada, porém o conteúdo do jogo acaba por compensar esse problema.

Outro ponto negativo a ser ressaltado é a quase ausência de legendas no jogo. Em determinadas partes das missões, algum NPC que o acompanha pode lhe passar instruções sobre o que fazer e, pela ausência das legendas, fica um pouco difícil de entender o que ele lhe diz, ainda mais se você estiver no meio de uma boa briga ou em uma party com amigos. O único momento em que aparecem legendas é quando você tem a opção de conversar com os NPCs, neste caso, é apresentada as legendas no canto direito da tela e suas opções de diálogo.
O fator do jogo ter sido originalmente por assinatura acaba por comprometer a recepção do mesmo, já que a assinatura custava US$15 mensais para continuar aproveitando o game. Por sorte essa política foi deixada de lado, mas aqueles que optarem por pagar uma mensalidade, estes receberão bônus em dinheiro e itens especiais. Uma espécie de pay-to-win.
Mas e o preço? Vale a pena desembolsar R$260 nele? A resposta é não. Não apenas pelo preço absurdo cobrado, mas também pela impressão que a Bethesda resolveu lançar um Elder Scrolls Online como um “tapa buraco” e pela falta de originalidade na criação de elementos de MMORPGs. O jogo não chega a ser completamente ruim, mas o preço cobrado nçao justifica os outros fatores.
Review elaborado com uma cópia para PS4 fornecida pela desenvolvedora.


