Com 20 anos de história, mais uma vez a Bandai Namco prestigia fãs da franquia Tales of com mais título de peso para o Playstation e grande representatividade entre os RPG’s com sua recente obra, Tales of Zestiria.
Logo de cara, um grande ponto positivo para o jogo é o fato dele ser totalmente legendado em Português, tornando a história mais fácil de ser compreendida, além disso, o jogo conta com áudio original em Japonês e dublagens em Inglês. O jogo tem características de anime/mangá e todas suas animações em CG são feitas dessa forma. Graficamente falando, o jogo conta com gráficos simples e bonitos ao mesmo tempo, não sendo muito rico em detalhes nos cenários, até porque o jogo é um port do Playstation 3 para o Playstation 4.
Apesar dos gráficos não serem impressionantes, uma coisa que torna o jogo interessante são os diálogos in-game, sendo cerca de 90% deles com áudio ao invés de apenas um punhado de letras na tela. Pode ser um detalhe simples, mas mostra que a produtora resolveu se atentar nos mínimos detalhes e trazer um nível maior de imersão ao jogo.
https://www.youtube.com/watch?v=bKsi2noFN7c
Tales of Zestiria conta com aventura, um pouco de comédia e principalmente fantasia, contando a história de um mundo onde predominava a paz entre seus reinos, mas que acaba sendo comprometida após a manifestação de uma nuvem negra concentrada de energia negativa, tão obscura e que carregava consigo o caos e a calamidade por onde passasse. Há uma lenda que diz que caso o caos tentasse tomar conta do mundo, seria de responsabilidade do Pastor interromper toda essa manifestação negativa e restaurar o equilíbrio entre os espíritos e os seres vivos, e é aí que entra nosso personagem.
Você controla Sorey, um jovem humano criado pelos espíritos chamados de Serafins e tem como hobby explorar ruínas e desvendar seus mistérios. Sorey nunca teve contato com outros humanos e, por ter crescido junto com os Serafins, ele os vê como seres vivos normais. Sorey salva uma garota humana dentro de uma das ruínas que explorava junto com seu melhor amigo, Mikleo, e a leva para sua vila. Lá ele descobre que é o único humano capaz de interagir com os Serafins e, conforme o desenrolar da história, Sorey descobre que tem como destino se torar o Pastor, aquele que tem como papel guiar espíritos e seres vivos a reencontrar a luz em seus corações.
Os cenários são variados, passando por planícies, cidades, desertos e pântanos, derrotando os chamados Infernais, que são criaturas criadas a partir do mau que foi lançado no mundo. Os Infernais podem tomar qualquer forma, seja animal, humano ou até mesmo Serafin, e seu papel é derrotá-los. Um ponto que pode incomodar alguns é o fato das músicas se tornarem repetitivas, o que me forçou a diminuir o volume pois já estava me sentindo incomodado por ouvir sempre o mesmo trecho da música num loop infinito.
Outro ponto negativo é a impossibilidade de tirar fotos, gravar vídeos ou até mesmo transmitir partidas enquanto joga Tales of Zestiria. Pode parecer algo fútil, mas caso você veja algum cenário e queira tirar uma foto, gravar um clipe de suas batalhas ou mostrar o jogo para alguém em uma livestream, isso não será possível.
Como dito antes, os cenários apesar de não terem grande riqueza de detalhes, ainda assim escondem alguns segredos como baús ou ervas que aumentam algum atributo de seu personagem, então a exploração também está presente. Os cenários também contam com os chamados Monólitos, que são escrituras antigas feitas por sábios e que te dão orientações sobre o jogo, seja sobre o modo de combate, mapa ou controles gerais do jogo.
Você pode interagir com vários NPCs nas cidades, mas sua maior parte é “inútil”, sobrando apenas alguns comerciantes e donos de hotéis. Dormir num hotel, por sua vez, restaura todo seu HP e também há um “serviço de café-da-manhã”, onde os “pratos” mais caros dão melhores atributos para seu personagem.
Quanto ao sistemas de equipamentos, muitos deles podem ter o mesmo nome, mas possuir atributos diferentes como maior poder de ataque, defesa ou outros. Um detalhe interessante é a capacidade do jogador infundir armas de mesmo nome ao invés de vendê-las, aumentando seus atributos e combinando efeitos.
Já na parte de combate, seus ataques comuns são chamados de Ars, e ataques especiais são chamados de Ars Seráficas, com ambas exigindo o consumo de uma barra chamada de CE, que funciona como sua stamina. Além de sua vida e barra de stamina, também há uma barra especial que é recarregada sempre que você realiza uma esquiva, defesa e combos com sucesso, permitindo executar ataques especiais que causam dano em vários inimigos. Os controles podem parecer um pouco confusos logo no início, mas não chegam a ser complicados.
No geral, seu objetivo é passar de cidade em cidade e completando missões e derrotando inimigos para “purificar” o mundo. Durante o desenrolar da história, mais personagens irão se unir a você, onde cada um pode manipular um elemento específico e se tornando seu seguidor. A história de cada personagem é bem clara e objetiva, o que facilita no entendimento da história.
Se você gosta de RPGs em estilo anime, Tales of Zestiria é um prato cheio, principalmente para aqueles que são fãs da série. Apesar do início do jogo ser um pouco monótono, a história se desenrola de forma objetiva e dificilmente você se perde nos acontecimentos do jogo, a menos que pule alguma custscene.
Review elaborado com uma versão de PS4 do jogo fornecida pela Bandai Namco Brasil.
Resumo para os preguiçosos
Prós
- História bem desenvolvida
- Customização de armas e personagens
- Legendas em Português
- Sistema de fusão de armas e personagens
Contras
- Mapas pouco detalhados
- Sem possibilidade de captura de imagem/vídeo
- Músicas repetitivas
- Começo entediante
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