Super Mario Maker 2 – Review

A Nintendo é mestre em aproveitar as suas próprias franquias de formas inventivas, e Mario que o diga. Depois de tenista, jogador de basquete, médico e afins, por que não levar Mario novamente para o mundo em que ele nasceu, mas dando a oportunidade aos fãs de criar as fases?

Pois assim surgiu Super Mario Maker para o Wii U, que pegou o que um monte de gente já fazia com romhacks de Super Mario World e trouxe pra dentro do guarda-chuva da empresa.

Com Super Mario Maker 2, a Nintendo tem como objetivo alcançar um público ainda maior, devido ao sucesso do Nintendo Switch, e também melhorar o que já era ótimo. Será que eles conseguem?

Em Super Mario Maker 2, você tem basicamente o mesmo objetivo do seu antecessor, ou seja, jogar fases criadas por outros jogadores e deixar a sua criatividade fluir criando novas fases.

Para isso, a companhia deu uma bela mexida no editor de fases que o jogo tinha no Wii U, afinal de contas, com a remoção da tela auxiliar do console anterior, o novo editor tinha que funcionar tanto no modo televisão do Nintendo Switch quanto no modo portátil do console. O resultado ficou melhor do que o esperado, e mesmo que os veteranos sintam falta da Styulus na tela, ainda é possível dar asas à criatividade e virar Shigeru Miyamoto por um dia, ou pelo menos tentar, né.

Em Super Mario Maker 2, você pode criar fases com o estilo gráfico de Super Mario Bros, Super Mario Bros 3, Super Mario World, New Super Mario Bros e Super Mario 3D World (aquele lançado para 3DS e Wii U), dando assim a possibilidade de você criar uma porrada de fases diferentes para desafiar suas habilidades e a dos outros jogadores ao redor do planeta.

Para jogar as fases de outras pessoas, entretanto, vale a ressalva de que você tem que ter o Nintendo Switch Online assinado, algo que não era necessário na época do Wii U pois o console não tinha um serviço de assinatura premium para jogar online.

Como é de se imaginar, como todo mundo pode jogar as fases de todo mundo, o que temos aqui é basicamente um Super Mario infinito, já que ninguém vai conseguir esgotar todas as fases criadas pelos jogadores, o que acaba tornando o potencial de conteúdo deste jogo ilimitado e perfeito para quem gosta de jogar este tipo de jogo.

Caso não seja o suficiente, Super Mario Maker 2 ainda conta com mais de 100 fases criadas pela Nintendo. Estas fases são bem diferentes das que estamos acostumados em jogos como Super Mario World e New Super Mario Bros U, por exemplo, e são muito mais experimentais e com o objetivo de fazer você treinar certas mecânicas dos jogos, ao invés de uma progressão linear como estamos acostumados em jogos da franquia.

Nesta campanha do jogo, a ideia é você reunir uma grande quantidade de moedas para financiar a reconstrução do castelo da Princesa Peach, que acabou sendo destruído sem querer querendo e agora precisa ser reparado.

Conforme você passa das fases, você ganha uma quantidade X de moedas dependendo da dificuldade da fase, além das moedas que você coleta dentro dela. Dependendo do que você está construindo no momento, você precisa terminar 4, 5 ou até 6 fases para que a estrutura em questão seja concluída. Repita isto um número X de vezes e o castelo é refeito.

Caso as fases estejam difíceis demais para você, ainda é possível também pedir uma mãozinha pro Luigi (que na verdade te oferece essa mãozinha se você morre mais de duas vezes na fase), dando a possibilidade de você abrir a fase no editor e colocar itens ou estruturas nela que facilitem a sua vida para chegar ao final.

No fim das contas, exatamente por causa desta estrutura de campanha, e também pela possibilidade de jogar uma fase por vez apenas criada por alguém, Super Mario Maker 2 torna-se o jogo perfeito para se jogar 5 ou 10 minutos, por exemplo, ou para se ficar horas e horas matando “só mais uma fase”, seja da campanha ou do modo online do jogo.

Graficamente, Super Mario Maker 2 é exatamente o que você imagina que o jogo seja, ou seja, ele carrega a graça do Pixel Art dos jogos clássicos e o belo mundo tridimensional dos mais modernos. Vale ressaltar que em algumas fases tridimensionais há um pouco de slowdown quando a tela fica movimentada demais, algo que a Nintendo poderia rever com um patch.

A trilha sonora do jogo também traz músicas clássicas da franquia Super Mario Bros, e acaba agradando e até mesmo grudando na cabeça em alguns momentos. Vale ressaltar aqui que o jogo não conta com legendas em português, infelizmente.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Nintendo Switch comprada pelo avaliador.