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Sekiro: Shadows die Twice – Review

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A From Software é uma das desenvolvedoras favoritas de quem gostas de bons jogos de videogame desde sempre, mas a companhia foi colocada no mapa de praticamente todo mundo com Dark Souls, que vai completar 8 anos agora em 2019. Após finalizar a franquia em Dark Souls 3, todo mundo queria saber o que Hidetaka Miyazaki e companhia iriam aprontar, e Sekiro: Shadows Die Twice foi a resposta. Será que o jogo cumpre as expectativas de quem esperava por mais um jogo grandioso? É o que vamos responder hoje.

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Em Sekiro: Shadows Die Twice, você controla o “lobo de um braço”, um guerreiro que vive sob o código do bushido e que deve resgatar o próprio mestre após este ser sequestrado e estar com a execução marcada para breve. Deixado para a morte com um braço a menos, o Lobo acaba sendo resgatado por um velho misterioso, que coloca uma prótese que lhe confere novas habilidades onde ele havia perdido o braço. Agora, você deve partir em nova jornada para resgatar o seu jovem mestre.

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Vamos começar falando algo que você percebe logo no começo do game: se você tentar tratar Sekiro como Dark Souls ou até mesmo como Bloodborne, você vai se dar mal. O combate de Sekiro até lembra os jogos do gênero Soulsborne, mas tem um enfoque completamente diferente. Aqui, o objetivo não é exatamente tirar toda a energia do adversário para matá-lo, e sim quebrar a postura dele para dar um ataque mortal.

Você até pode tirar a energia do seu inimigo sem necessariamente finalizá-lo, mas essa não é bem a forma inteligente de acabar com um combate. Para fazer isso, você precisa ser preciso nos bloqueios de espada e nos contra-ataques, e isso acaba tornando o combate de Sekiro algo bem mais complexo do que os outros jogos já criados pela From Software. Não tente ter pressa e atropelar todos os seus adversários, senão quem vai ser atropelado vai ser você.

Além disso, Sekiro, mais do que nunca, é um jogo de combates individuais. Assim como na vida real, você vai estar em desvantagem se for enfrentar três ou quatro adversários, e se você não for bom o suficiente, logo você vai notar que estar em desvantagem numérica dentro do jogo é pedir para morrer.

Como você faz para contornar essa desvantagem então? Bom, aqui Sekiro pega emprestado a inspiração que ele puxou de Tenchu. Você deve ser furtivo, escolher seus alvos a dedo e executá-los sem eles nem perceberem que estão morrendo. Para isso, você pode dar ataques furtivos de cima, ataques dentro de moitas e coisas do tipo. Na maioria das vezes, isso só funciona uma vez, e quando os inimigos percebem que você se revelou, eles vão te perseguir até eles morrerem ou você morrer, então o stealth do jogo é bem mais difícil do que o de outras franquias onde você despista um inimigo e ele volta a fazer o que estava fazendo antes como se nada tivesse acontecido.

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Em suma, o combate é completamente diferente, e pode ser bem desafiador e até intimidador no começo. Não dá pra perder a cabeça com os inimigos de Sekiro, senão você vai acabar morrendo até mesmo para os mais simples, ou perdendo muito mais energia do que você deveria, mas assim que o combate “clica”, você se vê cortando pelo meio dos adversários e enfrentando chefes em duelos épicos de espada.

Apesar de você começar o jogo sem a prótese, com menos de 30 minutos de jogo você já está com ela, e logo você percebe que ela é o grande diferencial de gameplay de Sekiro. Este novo braço do Lobo serve para diversas tarefas, como acessar locais que seriam impossíveis de se acessar anteriormente (e agilizar bastante o seu avanço em territórios, já que você pode conectar laçadas de um lugar no outro e assim cobrar grandes distâncias em pouco tempo). Além disso, ela também serve para você enfrentar adversários, com armas bastante úteis, que vão desde shurikens a lança-chamas.

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Assim como em outros jogos da From Software, um dos pontos mais fortes de Sekiro: Shadows Die Twice, além da dificuldade inteligente e do combate, são os cenários em que o jogo se desenvolve. Além de muito bonitos, eles são muito bem pensados para fazer o combate do jogo fluir e os atalhos fazerem você ter a impressão de que andou por quilômetros, mas que na verdade você estava apenas atravessando algumas salas bem difíceis.

Outra mecânica nova de Sekiro: Shadows Die Twice que merece ser comentada é a que dá o título ao jogo. Em Sekiro, você tem a oportunidade de reviver para enfrentar os inimigos mais uma vez caso você seja abatido, ao invés de voltar para a Estátua onde você descansa e recupera a sua energia. Ao fazer isso, entretanto, você permite que uma doença se alastre pelo mundo de Sekiro, e diminui a sua chance de não perder nada quando é definitivamente derrotado pelo inimigo. Você pode reviver mais de uma vez antes de morrer definitivamente, contanto que você mate alguns adversários para “recarregar” a sua barra de renascimento.

Por falar em morrer e perder coisas, Sekiro tem uma abordagem diferente na questão do level up. Para subir os seus atributos físicos, você precisa coletar itens que são deixados pelos chefes e subchefes ao morrerem dentro do jogo. Coletando um número suficiente desses itens, os seus atributos sobem. Além disso, você ganha skill points ao matar inimigos normais. Esses skill points podem ser usados para desbloquear novas técnicas, que vão de habilidades ativas, como formas novas de bloquear e de atacar, até habilidades passivas, como recuperar vida quando você executa um inimigo (desbloqueie essa habilidade o quanto antes, o jogo fica consideravelmente menos difícil com ela) e outras.

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Aliás, aqui vale uma ressalva: diferente de outros jogos da produtora, eu me vi forçado a fazer um pequno Grind no começo do jogo para desbloquear a habilidade de recuperar energia ao matar um inimigo, por causa da escassez de itens de cura. Na demonstração que eu joguei do game na BGS 2018, essa habilidade já vinha desbloqueada, e talvez ela devesse vir desde o começo do jogo, já que ele é um jogo completamente diferente depois que você tem acesso a ela.

Graficamente, Sekiro é um belo jogo. A ambientação criada pela From Software no Japão do Senkogu é realmente bonita, e os inimigos que você enfrenta durante o jogo realmente fazem você se sentir na época do Japão dos Daimiôs. Além de inimigos humanos, é claro que a From Software incluiu ainda alguns monstros e aberrações, e eles se encaixam perfeitamente com a temática do game. Eu não vou adiantar o que você vai encontrar pela frente, mas você certamente não vai se arrepender.

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A trilha sonora de Sekiro: Shadows Die Twice segue o padrão da From Software, ou seja, músicas épicas e uma dublagem muito boa. Por falar em dublagem, vale reafirmar que ela está realmente muito boa se você mantiver a dublagem em japonês ativada.

Mas e aí, Sekiro: Shadows Die Twice vale a pena?

Sekiro: Shadows Die Twice é a prova, mais uma vez, de que a From Software consegue pegar as expectativas gigantes dos fãs e entregar tudo o que eles esperavam e ainda mais. O jogo vai te desafiar aos limites, mas é extremamente recompensador e vai te trazer de volta aos dias em que você gritava “TOMA FILHO DUMA *****” quando conseguia passar de algum chefe que decidiu que você iria morrer 25 vezes, incluindo umas três quando faltava um golpe para matá-lo. Fortíssimo candidato a jogo do ano.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One X fornecida pela Activision do Brasil.

Resumo para os preguiçosos

Sekiro: Shadows Die Twice é a prova, mais uma vez, de que a From Software consegue pegar as expectativas gigantes dos fãs e entregar tudo o que eles esperavam e ainda mais. O jogo vai te desafiar aos limites, mas é extremamente recompensador e vai te trazer de volta aos dias em que você gritava “TOMA FILHO DUMA *****” quando conseguia passar de algum chefe que decidiu que você iria morrer 25 vezes, incluindo umas três quando faltava um golpe para matá-lo. Fortíssimo candidato a jogo do ano.

Nota final

95
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Combate desafiador ao limite
  • Belíssima apresentação do Japão Feudal
  • Uma abordagem completamente nova do gênero Soulsborne
  • Dublagem soberba em japonês

Contras

  • Pode ser bastante intimidador para quem nunca jogou um jogo do gênero anteriormente
  • A habilidade de recuperar energia ao executar um inimigo podia vir desbloqueada de cara
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.