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Knights of Pen & Paper – Review

Calabouços, esqueletos, magos do mal, cavaleiros, princesas e castelos. Todos são figurinhas carimbadas de RPGs, ainda mais dos clássicos de mesa, onde tudo pode mudar com uma rolada de dado. A sensação de jogar um RPG de mesa é praticamente única e dificilmente emulada num jogo de videogame. Knights of Pen & Paper toma esse desafio para si e não faz nada feito diante dele.

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Knights of Pen & Paper é um RPG Indie criado (para a minha surpresa) pela brasileira Behold Studios onde você faz tanto o papel do mestre quanto dos jogadores. Você começa o jogo criando seus personagens e escolhendo as missões que quer fazer. Há uma porrada de missões disponíveis, além de uma história principal, mas a ideia central do jogo é a liberdade de poder deixar a missão de lado, ir para uma floresta e fazer desafios, ou ver comentários dos seus “amigos” que estão encarnando o mago, o cavaleiro ou o druida enquanto o personagem deles está para morrer no campo de batalha.

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O jogo se passa basicamente na frente da mesa com seus personagens (que podem ir de um grupo de 2 a 5) e o mestre. Ele narra para os jogadores o que está acontecendo e ilustrações dos fatos vão aparecendo no fundo, um pouco aos moldes dos antigos RPGs de texto de antigamente, mas modernizado. As missões são compostas de história e combate, não há exploração no sentido de pegar o seu grupo e sair andando pelo cenário à procura de tesouros e inimigos, mas o jogo te dá a liberdade de viajar pelo mapa e entrar em lugares novos (por um precinho camarada, claro).

Para compor seu grupo,você pode dispor de até cinco personagens que podem assumir uma das 12 classes (que vão de mago a bárbaro) cada (sendo 6 classes escondidas e desbloqueadas durante a partida). Cada classe tem suas habilidades e progressão de nível próprios. Além da classe, você deve escolher que personagem deve assumir a classe. Cada personagem tem um atributo especial, como bônus de iniciativa, recuperação de uma quantidade de MP por turno etc. Vale citar aqui que os personagens em sua maioria são bem engraçados, já que você pode criar um grupo composto pelo entregador de pizza, seu irmão mais novo, sua avó e um ET, só para dar um exemplo.

O combate do jogo é no estilo Phantasy Star da vida. Cada personagem ataca uma vez por turno numa ordem pré-estabelecida e indicada por um número acima da cabeça de cada personagem, facilitando a vida de quem joga o jogo no ônibus, como eu. O jogo foi construído dessa forma para ser bastante ágil. Tem um minuto sobrando? Enfrente aqui uns goblins e pause para voltar a jogar depois que chegar em casa.

Os gráficos do jogo são todo no estilo retrô 8-bit que está em moda atualmente. Vale a pena destacar que eu achei meio ruim de ler os textos no meu iPod Touch de terceira geração. Não sei se foi uma compressão de imagens meio mal feita pelo desenvolvedor ou o estilo adotado por ele, mas o texto ficou meio embaralhado e me custou algum tempo até me adaptar com as letrinhas esmagadas na tela.

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O som do jogo também segue a moda retrô 8-bit e tem algumas músicas bem legais. Um ponto positivo para a música é que ela realmente não enjoa. Eu já tenho uma porrada de horas computada ouvindo a mesma música do mapa e não enchi o saco dela até agora.

O jogo, apesar de ser pago, também tem alguns elementos de Free to Play. Caso você queria facilitar um pouco a sua vida, há a possibilidade de comprar dinheiro do jogo (que pode muito bem ser obtido matando monstros) e gastá-lo em equipamentos ou mobília/bônus para o cenário.

A mobília dá bônus para os seus personagens e o equipamento funciona da mesma forma que nos RPGs normais, mas com uma diferença: ao mandar o ferreiro melhorar sua espada, você deve voltar lá dentro de um número x de horas para buscá-la. Você pode acelerar o processo pagando mais, mas o dinheiro é um pouco escasso, ao menos no começo do jogo.

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Os bônus funcionam no estilo free to play, eles ficam ativos por um número X de minutos (que podem ser estendidos caso você compre outros itens de bônus que ficam ativos no cenário) e que vão desde uma porcentagem maior de dar dano crítico a mais dinheiro ganho por monstros mortos. Não é algo que force você a gastar mais dinheiro com o jogo, mas uma sacada boa do desenvolvedor para levantar uns trocados a mais em cima dos apressados.

A história é bem tradicional de RPG clássicos: um mago do mal está tentando destruir o mundo e você deve impedi-lo. Apesar de despertar aquele “ohhh, que original, lá vamos nós de novo”, a abordagem do jogo é bem interessante. Como os personagens do jogo sabem que estão encenando, há comentários por fora da história entre eles durante o jogo, e conversas entre os jogadores e o mestre, que vão desde provocações a  “me vê um dinheiro aí, tio?”.

Dito tudo isso sobre o jogo, fica a pergunta: vale a pena jogar? Bom, eu não desgrudo do jogo há uns bons dias desde que comecei. O jogo muito divertido e bem gostoso de jogar, seja em casa na frente do PC (por isso que o Crtiical Hits não vai chegar nunca aos 30 posts por dia, aliás), no ônibus, no banheiro etc.

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A ideia de controlar o próprio RPG enquanto se joga é algo que todo mundo que gosta do gênero já quis fazer algum dia e, como eu comentei com um amigo antes de baixar o jogo, ele tinha potencial tanto para ser muito legal quanto para ser uma bela bosta. Que bom que é a primeira opção.

Quer mais um incentivo? Ele está custando só US$ 1,99 e tem para Android (4.0 ou superior, o que para mim é uma desvantagem e me fez baixar pro iPod) e iOS (disponível do iPhone 3GS em diante, funcionando também em Tablets). Ah, e eu já falei que ele é brasileiro, mas vamos dizer de novo, O JOGO É BRASILEIRO, PORRA, DÊ SEU SUPORTE A UM COMPATRIOTA.

Dados:

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Nome do jogo: Knights of Pen & Paper
Desenvolvedor/Publisher: Behold Studios
Plataformas: iOS (universal), Android
Preço: US$ 1,99 iPhone/Android
Onde Comprar: iTunes (iPhone),  Google Play (Android)

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

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Contras

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.