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Kingdom Hearts 2.5 HD ReMIX – Review

A Square Enix é uma empresa que às vezes me faz bater com a cabeça na parede. O portfólio de jogos da companhia certamente dá margem a ideias ousadas, como o próprio Kingdom Hearts, que surgiu de uma conversa informal de um executivo da Disney e outro da Square Enix. É difícil imaginar que alguém proponha algo tão ousado nos dias de hoje, afinal, misturar o Pato Donald com Squall, Cloud e companhia parece uma mistura que não vai dar nada certo, exceto pelo fato que deu. Mesmo sem lançamentos novos há quatro anos, a Square Enix decidiu remasterizar Kingdom Hearts e agora nós vemos a versão atualizada do segundo capítulo da franquia. Será que esse capítulo é bom o suficiente para trazer novos fãs à franquia e aumentar o interesse dos fãs antigos da franquia por Kingdom Hearts 3, que está por vir? É o que vamos descobrir.

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Bom, para começar, como Kingdom Hearts 2.5 HD ReMIX é uma coletânea envolvendo dois jogos, Kingdom Hearts 2, Kingdom Hearts Birth by Sleep e uma animação, eu vou falar brevemente de cada um deles, ao invés de destrinchar os jogos como eu costumo fazer normalmente.

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Kingdom Hearts 2

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Em Kingdom Hearts 2, você controla novamente Sora e companhia, apesar de ter que encarar Roxas e uns tutoriais chatos pela primeira hora ou duas de jogo. O game se passa um ano após os eventos de Kingdom Hearts e de Chain of Memories. No jogo, você deve encontrar Riku e impedir os planos da Organization XIII de se tornarem realidade. Riku conta com novos aliados para impedir você e impedi-lo (quantos impedimentos), os Nobodies, que são as cascas dos corpos das pessoas que se transformaram em Heartless. Para isso, você novamente viaja a uma série de mundos baseados nos filmes da Disney.

O primeiro detalhe que eu gostaria de tocar sobre o jogo é que o sistema de jogo se mantém muito bom ainda, mesmo que tenha sido imaginado com o PlayStation 2 em mente. Você pode encarar o combate de duas formas: usando o cérebro ou apertando os botões do controle loucamente. As duas funcionam, mas, convenhamos, melhor jogar sabendo o que você está fazendo.

Assim como o sistema de combate do jogo, os gráficos de Kingdom Hearts 2 continuam bonitos e, principalmente, com um estilo próprio que os faz ficarem agradáveis. Obviamente não dá para esperar expressões faciais super detalhadas, mas se você for levar pro lado de “isso é uma produção que tenta criar um novo universo da fusão de Final Fantasy e dos filmes da Disney”, dá pra levar numa boa e achar tudo muito bonito.

A história do jogo também é muito bem escrita e aqui vemos como a Square Enix sabe o que está fazendo e como criar um universo completamente novo usando personagens antigos e novos. A dublagem do jogo também ajuda bastante a dar esse tom. Pena ele não ter legendas em português. A trilha sonora do jogo também foi remasterizada e melhoradas bastante. Os sons estão mais claros e as músicas melhores ainda de se ouvir. Além disso, o conteúdo extra da versão Final Mix (exclusivo do Japão até então) foi adicionado ao jogo.

A única cosia que eu realmente fiquei sentindo falta em Kingdom Hearts 2 foi opções de customizar os controles. Algo que é normal nos jogos de hoje acabou ficando de fora por aqui.

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Kingdom Hearts Birth by Sleep

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Em Kingdom Hearts Birth by Sleep, você encara eventos anteriores a Kingdom Hearts, mais especificamente 10 anos antes. O jogo conta com personagens novos, Terra, Aqua e Ventus, que devem evitar que a Princess of Heart seja capturada pelos Unversed. Para tal, você novamente viaja pelos mundos dos personagens da Disney e encara uma série de tópicos novos na série que não chegam a ser comuns em RPGs tradicionais, como lidar com o fracasso quando todo mundo está sendo bem sucedido e conflitos do tipo.

Por ser um jogo lançado originalmente para o PSP, Birth by Sleep sofreu mais mudanças que Kingdom Hearts 2. O jogo ganhou um novo sistema de combate baseado não em pontos de magia, e sim em cooldown (mais ou menos como se você estivesse jogando Dota 2 ou League of Legends). Além disso, o combate por turnos foi abandonado e agora virou algo mais como um Action RPG mesmo.

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Os gráficos do jogo também foram atualizados e estão bem agradáveis, apesar de não estarem no nível de qualidade de Kingdom Hearts 2. Um ponto importante que foi modificado no jogo é que agora você pode mover a câmera, algo impossível no PSP pois o portátil não tinha um segundo analógico. Pena que o sistema ficou meio mal feito e travar a mira em inimigos e enfrentar inimigos em espaços confinados acaba sendo mais difícil do que deveria por causa desses erros.

Kingdom Hearts Re:coded

O jogo que foi lançado originalmente para o Nintendo DS foi transformado numa animação com mais de três horas. Apesar de ser apenas um filme, muita coisa nele foi refeita, como novas dublagens, animações e até uma cena que conecta essa história a Kingdom Hearts 3D: Dream Drop Distance. Pena o jogo original não ter sido incluso também, mas uma boa adição para quem quer dar uma pausa na jogatina.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para PlayStation 3 enviada pela Square Enix

Resumo para os preguiçosos

Kingdom Hearts 2.5 HD ReMIX traz exatamente o que os fãs da franquia esperavam: visuais atualizados, novidades que eram exclusivas do mercado japonês e conteúdo o suficiente para aumentar as expectativas pelo lançamento de Kingdom Hearts 3. Indispensável para os fãs da série e bastante recomendado para quem quer matar a curiosidade sobre esse universo único.

Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Remasterização muito bem conduzida
  • Belos gráficos em Kingdom Hearts 2
  • Três horas de animação em Re:coded, além de cenas criadas exclusivamente para essa versão
  • Conteúdo pra caramba

Contras

  • O sistema de câmera de Birth by Sleep poderia ser melhor
  • Falta de opção de customizar controles em Kingdom Hearts 2
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.