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Killer is Dead – Review

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Quando foi lançado em 2013 para Xbox 360 e PS3, Killer is Dead causou recepções mistas tanto na crítica quanto nos jogadores. Muitos gostaram de seu visual original e de sua trilha sonora marcante, mas nem todo mundo curtiu a jogabilidade repetitiva e o sexismo exagerado. Reações que, arrisco a dizer, podem ser consideradas como “normais” para um game de Goichi Suda – ou Suda51, como é conhecido. Afinal, pode-se esperar qualquer coisa de um game designer com um número no nome, que criou jogos como No More Heroes, Shadow of the Damned e Lollipop Chainsaw.

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Quem também não pôde jogar Killer is Dead na época do lançamento, agora poderá conhecer o assassino profissional Mondo Zappa e seus clientes (e alvos) bem bizarros. Killer is Dead: Nightmare Edition, chegou aos PCs pelo Steam, trazendo novidades como mais um nível de dificuldade, um modo “teatro” para rever as cutscenes, e o DLC Smooth Operation Pack, que contém um novo mapa, um novo chefão, e roupas customizadas para algumas personagens.

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The job: killer is dead

Mondo Zappa é o assassino novato em um “escritório internacional de execuções” que leva o nome do seu chefe meio humano e meio cyborg: o Bryan’s Executioners Office. Apesar de teoricamente trabalhar para um governo qualquer, a “empresa” não recusa nenhum tipo de trabalho, que vai desde assassinar um homem que roubou os ouvidos de uma pianista, até “devolver a lua” para uma moça muito parecida com a Audrey Hepburn.

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A lua, aliás, é parte importante do enredo de Killer is Dead, o que pode ser percebido logo nas primeiras missões. Porém, até mais ou menos a metade do jogo, foi praticamente só isso que consegui entender da história; confusa e muito fragmentada, ela só começa a fazer algum sentido quando passamos a conhecer mais sobre o passado de Mondo.

O problema é que, até chegar a este ponto, eu já estava um pouco cansado de lutar contra inimigos em cenários bonitos, mas quase sempre compostos de corredores. A variedade de Wires (como são chamados os inimigos no jogo) é grande, mas é uma pena que poucas vezes eu precisei alterar a estratégia de combate. Acabei jogando a campanha no modo Normal, mas se você já tiver alguma familiaridade com jogos de ação, pode arriscar a dificuldade Hard desde o começo.

O principal ataque de Mondo é feito com sua katana, utilizando apenas um botão: basta ficar apertando o X (no meu caso, já que joguei com o controle do Xbox 360, mas há suporte para mouse e teclado) para desferir os combos. Mondo também pode usar seu braço robótico para quebrar a defesa dos inimigos ou para transformá-lo em um canhão muito útil para acertar inimigos à distância. Por fim, a esquiva completa o leque de habilidades assassinas de Mondo, permitindo tanto escapar dos golpes dos Wires quanto ativar ações especiais para desferir combos ainda mais ferozes.

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Conforme dá tiro, porrada, e bomba nos inimigos, Mondo “absorve sangue” de seus adversários, carregando uma barra de “adrenalina” que é utilizada para desferir um golpe especial – geralmente cortando o monstro ao meio. Outros tipos de itens também dropam dos Wires: as Health Gems aumentam a quantidade de vida de Mondo; os Wires Synapes dão um boost em sua força; e os Crystals podem ser trocados por upgrades nas habilidades de Mondo, como novas esquivas, golpes e combos.

Ao final de cada missão, Mondo recebe seu contra-cheque de acordo com seu desempenho. Quanto mais mortes e combos maiores, mais dinheiro. Essa grana é utilizada para comprar presentes para suas “clientes”, que são utilizados em um mini-game um tanto controverso, que explico mais adiante. Mondo também recebe uma nota alfabética, e você pode jogar novamente a missão para tentar melhorar seu desempenho.

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Além das missões principais, Killer is Dead também tem missões menores e paralelas, que não afetam a história, mas utilizam os mesmos elementos de determinada área do jogo. Por exemplo: quando você estiver caçando seu alvo no Japão, haverá pequenos trabalhos para Mondo naquela mesma área, com os mesmos inimigos e cenários da campanha principal, mas com um objetivo menor e diferente, como matar uma determinada quantidade de Wires. Tudo para você poder ganhar mais pontos para o ranking do game (e para dar mais dinheiro para Mondo gastar com a mulherada).

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A história progride por meio das missões que Bryan recebe de seus clientes. Mondo viaja o mundo para encontrar e matar criaturas cada vez mais estranhas e bizarras. Ele conta com a ajuda de duas beldades: Vivienne, uma loira estilo femme fatale (e muito parecida com a Fernanda Lima), e Mika, uma jovem colegial com o poder de ressuscitar Mondo quando as coisas apertam.

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Como visto em outros jogos de Suda51, as mulheres também são parte importante de Killer is Dead. Além das duas companheiras de trabalho, Mondo tem “acesso” a um rol de beldades que compõem o modo menos divertido do jogo: o Gigolo Mode. No mini-game, Mondo sai em um encontro com as mulheres que conhece, e o jogador deve concentrar a visão de Mondo em determinadas partes do corpo da moça, além de dar presentes cada vez mais caros a elas, para ganhar pontos e “conquistá-las” no final.

O mini-game é extremamente constrangedor, e nem mesmo a mecânica dele ajuda. Infelizmente, o modo é obrigatório em determinadas partes do jogo, pois é “conquistando” as clientes que Mondo libera novas armas para seu braço robótico.

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Com uma jogabilidade simplista demais, poucos desafios, e um sexismo exagerado, o destaque de Killer is Dead: Nightmare Edition fica para o belíssimo visual em tons escuros e neon, que combinam perfeitamente com o clima meio “dark” do jogo. A trilha sonora também é marcante e muito bem executada, indo desde um “smooth jazz” na tela de loading, até música eletrônica agitada nos momentos de ação.

Também vale mencionar as inúmeras referências à cultura pop (como Audrey Hepburn, E.T. e Alice no País das Maravilhas), que ficaram muito bem incorporadas à (ainda meio confusa) história; e o humor e sarcasmo característicos dos jogos de Suda51, notados nos diálogos em que os personagens satirizam o próprio game e outros jogos de ação.

É bacana ver jogos do Suda51 sendo portados para PC. Ele é um dos game designers mais importantes da indústria, e sua coragem e vontade de fazer coisas diferentes em seus trabalhos merecem destaque – mesmo com muita gente não gostando de algumas de suas “manias”. Porém, Killer is Dead não é um de seus trabalhos mais inspirados, e talvez não seja uma das melhores “portas de entrada” para quem não conhece seus jogos. No entanto, se você jogou Killer is Dead no console, as adições da Nightmare Edition (inclusive a integração com os recursos do Steam) podem ser interessantes para voltar a assumir o controle da katana letal de Mondo Zappa.

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Resumo para os preguiçosos

Killer is Dead: Nightmare Edition é a versão para PC do game de ação de Suda51 lançado exclusivamente para consoles em 2013. Ela adiciona mais um nível de dificuldade, uma nova área, e um novo chefão, mantendo o mesmo visual original, a trilha sonora marcante e o humor e o sarcasmo característicos do game. No entanto, a jogabilidade simplista demais e o sexismo exagerado podem não agradar alguns novos jogadores, enquanto que as adições e a integração do game com os recursos do Steam podem ser interessantes para quem já conhece o assassino Mondo Zappa e seus clientes, parceiros e alvos completamente bizarros.

Nota final

65
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Visual bonito e original
  • Trilha sonora bacana e diversificada
  • Dublagem em inglês e japonês bem executada
  • Referências à cultura pop bem integradas à história

Contras

  • “Mini-game de conquista” constrangedor, que poderia não ser obrigatório para conseguir novas armas
  • Jogabilidade bem feita, mas muito repetitiva
  • Apesar das referências à cultura pop, a história é confusa e muito fragmentada
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Diego Melo
Diego Melohttp://criticalhits.com.br
Diego Melo é graduado em jornalismo pela Unesp de Bauru. Gosta de joguinhos eletrônicos desde que se entende por gente. Prefere o PC, mas não deixa de jogar em seu New 3DS, PS3, e Xbox One de vez em quando.