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Homefront: The Revolution – Review

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Homefront: The Revolution é um título cuja história tortuosa de desenvolvimento não é estranha para ninguém. Depois de sair da THQ e ir para no colo da Deep Silver, imaginávamos que o jogo poderia viver a todo potencial que tinha, afinal de contas, não é todo dia que vemos os americanos como os agredidos, e não como os agressores. Infelizmente, a história não é bem assim.

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Em Homefront: The Revolution, a história é reimaginada. Ao invés da revolução tecnológica capitaneada pelo Vale do Silício nos EUA, essa revolução acontece na América do Norte. Os Estados Unidos, assim como o resto do mundo, acabam dependentes dessa tecnologia, e tornam-se uma nação deficitária. Após receberem “ajuda internacional” da Coreia do Norte, descobre-se que todos os produtos militares comprados desse país tinham um dispositivo que matava eles, tornando a resistência americana a uma invasão coreana completamente inútil. O país é rapidamente dominado e ocupado e agora você deve fazer parte de uma resistência que vai lutar distrito por distrito contra a ocupação de uma nação mais poderosa que você.

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Após essa pequena introdução dentro do jogo, e um breve tutorial, você é jogado num game em mundo aberto com um mapa cheio de missões para você executar. A ideia é ir liberando a Philadelphia da ocupação coreana, seja por meio de missões da campanha principal, seja por meio de missões secundárias. Aqui, o jogo já te mostra algo bem importante: você não é o rambo, e deve tentar evitar o combate, não vai ser fácil de liberar sua cidade, e muitas vezes será melhor sair correndo do que enfrentar soldados inimigos que vão te matar em segundos.

Para enfrentar o inimigo, você vai precisar de muita criatividade, como a própria resistência te mostra com customizações diversas de armas, como transformar uma pistola numa metralhadora e assim por diante. É legal ver como a Deep Silver pensou na engenhosidade que uma guerrilha tem que ter para enfrentar um exército muito mais numeroso e melhore equipado do que ela. Você é frágil, e deve vencer os inimigos com o cérebro, e não com os músculos.

Homefront-The-Revolution-Gameplay

Essa percepção de vulnerabilidade aparece numa das primeiras missões do jogo, quando você tem que emboscar uma patrulha adversária. Na minha primeira tentativa, eu errei o arremesso de explosivos e tentei derrubar os inimigos no tiro. Obviamente, eu acabei sendo abatido rapidamente pelos inimigos por dois fatores: eles eram muito mais bem equipados do que eu e Homefront: The Revolution não tem boas mecânicas de tiro logo de cara. É difícil mirar nos inimigos, e eles parecem se movimentar muito mais rápido do que a sua mira, e atirar também numa velocidade superior. Num jogo de tiro, um bom sistema de tiroteio é essencial para que o jogador aproveite o jogo, e infelizmente Homefront: The Revolution acaba fracassando em oferecer isso.

Outro problema sério que eu encontrei no jogo também foi a performance dele. Para vocês terem uma ideia, o jogo trava por alguns segundos entre o carregamento de uma missão e outra. É bizarro, e fazia tempo que eu não via um jogo com tantos problemas de performance como Homefront: The Revolution. Não são apenas esses travamentos que prejudicam a performance do jogo, também há quedas de framerate em cenas muito movimentadas, e é bem ruim tentar atirar num inimigo que está atirando em você enquanto o jogo engasga completamente.

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Para completar a nossa lista de contras, a história de Homefront: The Revolution não é das melhores. O jogo tangencia o que poderia ser uma história muito boa, explorando pouco os temas políticos que ele cita, e não apresenta nenhum personagem carismático durante a sua totalidade, nem aliado, nem inimigo, e acaba virando apenas uma coleção de missões onde você enfrenta um exército malvado que está ocupando o seu país e deve ser removido de lá o quanto antes.

Graficamente, Homefront: The Revolution precisa de melhorias no departamento da performance. Fora isso, o jogo é bonito, e é legal ver que a Deep Silver não economizou recursos em criar estruturas, grandes mapas e explosões de respeito. Só é uma pena que os engasgos do próprio jogo acabem prejudicando essa experiência. A trilha sonora de Homefront: The Revolution é boa, e felizmente o jogo vem com legendas em português.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para PS4 fornecida pela Deep Silver

Resumo para os preguiçosos

Homefront: The Revolution é uma reunião de boas ideias que são exploradas aquém do seu potencial. O jogo tinha tudo para ser muito bom, mas infelizmente os vários problemas que o jogo tem acabam ofuscando as qualidades do game. É até irônico dizer isso, mas um jogo que ficou em desenvolvimento por mais de 5 anos poderia se beneficiar por mais alguns meses de desenvolvimento para a correção dos problemas de performance.

Nota final

45
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Várias modificações nas armas fazem você ter opções variadas para enfrentar os inimigos

Contras

  • Sérios problemas de performance e bugs
  • Uma história que poderia ser muito melhor desenvolvida
  • Falta de personagens carismáticos
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.