Hitman 3 tem como grande objetivo ser o capítulo final desta nova etapa da franquia. Após revolucionar o mundo do assassinato com Hitman e depois expandi-lo com Hitman 2, o Agente 47 está de volta, e agora o mundo inteiro está contra ele. Será que este novo jogo consegue manter o que já era bom anteriormente e expandir em cima disso? É o que vamos descobrir no nosso review de hoje.
Em Hitman 3, o Agente 47 continua sua caça aos membros que ainda restam da Providência, mas tudo está para mudar em breve. Não vamos dar muitos spoilers do que irá acontecer, mas se você já jogou algum dos jogos anteriores da franquia (e você deveria pois eles são muito bons!) você sabe que teremos um enredo cheio de reviravoltas pela frente.
Uma das coisas que mais chama a atenção neste capítulo final é que as missões aqui apresentadas finalmente saem da mesmice de seguir uma linha de enredo do jogo e então conduzir o assassinato do seu alvo. Em Hitman 3, você irá encontrar missões mais variadas, opções que nem sempre parecem as mais óbvias e também algumas missões onde você simplesmente tem que sair matando uma série de alvos pela frente sem atrair a atenção do público, mostrando como um profissional trabalha de verdade.
Ao todo, o jogo conta com seis missões. Cada missão pode ser completada de múltiplas maneiras, e se você quiser, dá pra gastar mais de 5 horas em cada uma delas tranquilamente, fazendo o jogo render bastante. Como de costume, você pode seguir as histórias dentro das missões para facilitar a sua vida, e assim fingir-se por exemplo, de um investigador que está tentando solucionar um possível assassinato dentro de uma influente família.
Estas histórias dentro das missões são as mais variadas, e costumam ser o caminho certo ou para eliminar um de seus alvos ou para servir de ponte para acessar uma área do jogo onde não seria possível inicialmente.
Obviamente como nos outros jogos da franquia, é possível ignorar estas missões e sair atirando no melhor estilo Rambo, mas o jogo torna-se praticamente impossível dessa maneira, ou seja, a discrição é mais do que recomendada, é necessária.
Dentro das fases, você precisa usar disfarces para infiltrar-se nos locais sem ser detectado. Apesar dos disfarces funcionarem com a maioria dos inimigos, há alguns deles que irão reconhecer você, então não é só pegar a roupa de uma empregada, por exemplo, e sair por aí tendo livre acesso a todos os cantos de uma casa. Dessa forma, você precisa explorar as localidades com cuidado e paciência, e trocar de disfarce constantemente, já que cada um dá acesso a uma área diferente da outra.
Nem sempre, entretanto, será possível ser sutil. Há momentos em que você terá que arrombar uma porta, ou usar maneiras criativas para atrair seus inimigos para longe para acessar outras localidades.
Nem sempre a inteligência artificial do jogo funciona de a contento. Às vezes é possível aproveitar-se dela para atrair um inimigo por vez, nocauteá-los e então acessar o local inacessível anteriormente. Isso tira um pouco de imersão do jogo, mas, na maioria das vezes ele funciona muito bem.
Após terminar uma fase, você ganha uma série de pontuações e também de bônus, e então tem a opção de jogá-la novamente, usando uma outra abordagem, ou partir para a próxima fase. Jogar uma fase novamente abre caminhos que até então não eram possíveis, além de disfarces diferentes ou também armas que você pode contrabandear para os locais do game. Tudo isso contribuiu para que o fator replay de Hitman 3 seja bem alto, como em outros jogos da série.
Além do jogo principal, Hitman 3 conta com o modo de desafios, para fazer a jogatina render mais, e também o de criação de contratos. O modo multiplayer do segundo jogo da franquia foi abandonado aqui, o que é uma pena.
Para completar, também é possível jogar as missões dos dois jogos anteriores a partir de Hitman 3, contanto que você os compre, é claro.
Graficamente, o jogo não sofreu grandes melhorias desde que sua primeira versão foi lançada. Não que seja necessário, já que os gráficos de Hitman 3 funcionam muito bem para o que o jogo se propõe. O que vemos de novidade aqui são alguns detalhes novos na iluminação e coisas do tipo, mas nenhuma mudança revolucionária foi feita.
A trilha sonora de Hitman 3 também é boa, mas nada de espetacular. O trabalho feito na dublagem em inglês é primoroso, mas o jogo peca em não ter nem legendas nem dublagem em português, o que acaba dificultando bastante as coisas para quem não domina o idioma.
Mas e aí, Hitman 3 vale a pena?
Hitman 3 é o ápice do que a IO Interactive planejava para esse reboot da franquia. Oferecendo missões muito interessantes e cheias de fator replay, combinadas a uma história com várias reviravoltas e todo o charme do mundo da espionagem que a franquia possui, o jogo é certamente o melhor da trilogia. Só é uma pena que a companhia não tenha localizado o jogo para o Brasil, já que entender bem o que está acontecendo à sua volta é essencial para fazer um bom proveito do jogo.
Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox Series X fornecida pela Publisher.
Resumo para os preguiçosos
Hitman 3 é o ápice do que a IO Interactive planejava para esse reboot da franquia. Oferecendo missões muito interessantes e cheias de fator replay, combinadas a uma história com várias reviravoltas e todo o charme do mundo da espionagem que a franquia possui, o jogo é certamente o melhor da trilogia. Só é uma pena que a companhia não tenha localizado o jogo para o Brasil, já que entender bem o que está acontecendo à sua volta é essencial para fazer um bom proveito do jogo.
Prós
- Missões com alto fator replay
- Uma grande quantidade de abordagens e caminhos
- História intrigante e bem elaborada
Contras
- Falta de dublagem e legendas em português impede que muitos jogadores aproveitem o jogo como deveriam