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Gears of War 4 – Review

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A franquia Gears of War foi a franquia que inaugurou de verdade a nova geração de consoles na época que o Xbox 360 era a nova geração de consoles. Com o passar dos anos, outros jogos investiram na ideia de um jogo de tiro em terceira pessoa com cobertura, mas Marcus e companhia sempre mantiveram a vantagem e mostraram como os jogos desse tipo devem ser feitos, em conjunto com a Unreal Engine. Com a chega da do Xbox One e da Unreal Engine 4, será que Gears of War 4 consegue manter esse padrão mesmo tendo migrado para uma nova desenvolvedora?

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Gears of War 4 inicia-se 25 anos após os eventos de Gears of War 3, e, durante o jogo, você assume o papel do filho de Marcus Fenix, JD Fenix. O jovem, junto com seu amigo Del e a jovem Kait começam o game atacando uma base da COG, esquadrão do qual JD e Del desertaram, para roubar um Fabricator, item necessário para restaurar a eletricidade da vila de Kait, que não está dentro do escopo do COG. Nesse começo, já nos fazemos várias perguntas, como por exemplo, “Por que JD e Del desertaram?”, “Como eles e Kait se conheceram?”, “O que aconteceu com Sera após a guerra?” e assim por diante, e prepare-se, pois a maioria dessas perguntas, e as que surgem durante o jogo, acabam ficando sem resposta mesmo após o fim da campanha.

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https://www.youtube.com/watch?v=ji2aU4EdQww

Voltando ao início, o jogo começa com um ataque a uma base, e vocês acabam descobrindo que o mundo é comandado pela COG e que robôs cuidam de locais que estão sendo reconstruídos e repovoados, e eles são os seus inimigos pelos primeiros dois capítulos. Durante esse começo, as coisas são um pouco devagar, principalmente no primeiro deles, e a ação realmente só aumenta mesmo após você encontrar Marcus Fenix, que não tem lá a melhor relação do mundo com JD (outra pergunta da qual ficamos sem a resposta, por que eles não se dão bem?). JD e companhia vão atrás de Marcus porque a vila onde eles estavam é atacada por um enxame de monstros que ninguém sabe explicar o que é e, como todos foram abduzidos por esses monstros, incluindo a mãe de Kait, você deve ir atrás deles.

Gears of War 4 é basicamente uma missão de salvamento de uma provável nova trilogia que vai nos apresentar uma nova guerra, mas a ideia do jogo é dar uma pequena (e bota pequena) introduzida nessa grande guerra que está por vir, infelizmente, a história deste episódio acaba sendo a pior das histórias dos capítulos de Gears of War numerados (não, ela não é pior do que a de Judgement, Judgement é bem mais ou menos mesmo). Comparando Gears 4 com os jogos antigos da franquia, podemos notar que a The Coalition, ao assumir a franquia da Epic Games, acertou em algumas coisas e ainda não pegou o jeito em outras.

A começar pelo positivo, o design de missões e a própria campanha tem o feeling de uma campanha de Gears of War. Realmente, eu me senti jogando o quarto capítulo da franquia, o ritmo da campanha é bem executado, principalmente dos capítulos 3 a 5, que são quando o jogo começa de verdade. Só é uma pena que ele realmente demora um pouco para começar, e as partes em que você joga contra os DBs são bem mais ou menos. Apesar de não dar spoilers sobre a campanha, precisamos conversar um pouquinho sobre os novos inimigos do Enxame. Eles são basicamente Locusts com novos poderes e uma nova aparência e, como inimigos, eles apresentam uma boa variação, e fazem sentido na sua existência. Você vai ver inimigos novos e inimigos antigos aqui, e eles são apresentados e colocados nos desafios de boa maneira.

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A variação no gameplay da campanha também é bem colocada, já que há missões onde você anda de moto, há missões onde você usa um robô para acabar com inimigos e também há missões onde o jogo te coloca dentro de um mini modo horda, com você tendo que construir fortificações e colocar torretas automáticas e coisas do tipo para evitar que os inimigos acabem com você. Essas partes são legais, e convidam o jogador a depois testar o próprio modo horda do jogo, que é mais um dos destaques de Gears of War 4.

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Um detalhe, apenas, que eu realmente não gostei foi o chefe final do jogo, cujo desafio não tem muito a ver com o da campanha, e acaba sendo bem chato pela dificuldade do jogo de detectar que você quer executar o ataque mortal no momento em que ele pede e, como a janela de ação para executar esse comando é bem pequena, você vai acabar perdendo uma boa meia hora enfrentando um inimigo que poderia ser moto em 8~10 minutos caso o jogo funcionasse como deveria nesse momento. De modo geral, a campanha de Gears of War é  bemdivertida e raramente apresenta aqueles “momentos de frustração” quando o jogo parece que quer te sacanear e você fica morrendo indefinidamente.

Infelizmente, não podemos falar o mesmo da história de Gears of War 4. Como eu comentei anteriormente, ela é a mais fraca da franquia numerada, seja porque JD não é um personagem interessante, já que a única característica dele é “estar de cara com papai”. Del e Kait, entretanto, são bons personagens, principalmente Del, que faz excelentes comentários durante o jogo. Como Marcus participa de mais ou menos 3/5 da campanha, parece que todo mundo no seu esquadrão é mais interessante do que o personagem principal do game.

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E, como eu havia comentado anteriormente, o jogo se presta a te deixar com um milhão de perguntas não respondidas que certamente são para que essas histórias sejam desenvolvidas nos próximos jogos da franquia, mas sinceramente? Se o jogo tivesse encurtado o começo dele, principalmente os capítulos 1 e 2, e tivesse gasto mais tempo talvez em flashbacks ou em momentos que explicassem essas perguntas, eu teria ficado com uma sensação melhor sobre a história de Gears of War 4. Infelizmente, não é esse o caso, e a história acaba sendo um ponto bem decepcionante dessa nova saga que está começando no Xbox One.

Um exemplo que podemos dar de como a história deixa a desejar é um momento logo no começo do jogo, quando a vila é abduzida. Você encontra nesse momento um inimigo que é uma espécie de General Raam da nova geração, mas tanto o aparecimento dele, quanto depois o confronto com ele mesmo, acabam deixando algo a desejar, é como se ele fosse uma versão de camelô de um inimigo que marcou uma geração da franquia, tanto que acabou depois ganhando um DLC contando a própria história dele. Nesse novo inimigo, você não sabe o nome dele, muito menos a motivação dele, e o resultado disso acaba sendo só que ele é mais um inimigo feio que você enche a cara de balas. Curiosamente, se você nunca tiver jogado nenhum game da franquia, e quiser entrar de cabeça na história de Marcus e companhia, é possível, já que o jogo traz como bônus os quatro capítulos da franquia lançados no Xbox 360: Gears of War, Gears of War 2, Gears of War 3 e Gears of War: Judgement.

Agora, falemos um pouco sobre os modos de multiplayer do jogo. Como eu havia comentado anteriormente, o modo horda é o grande destaque dos modos de multijogador. Aqui, você e mais jogadores desconhecidos ou amigos enfrentam ondas e ondas de inimigo e tentam chegar até a última vivos. Sinceramente? Eu sempre gostei do modo horda em Gears of War, e isso sempre acabou alongando bastante a vida do jogo. Eu havia comentado que a falta de um modo horda em Gears of War Ultimate Edition era um ponto negativo do jogo. Aqui, ela é um ponto forte do game, e é muito divertido jogá-lo. Além disso, o jogo ainda conta com os clássicos de jogador versus jogador, que também fazem sem papel de alongar a vida do game e, apesar de ter jogado eles, eu ainda prefiro ficar com o modo horda. Nada contra quem goste, mas para mim, Gears of War funciona muito melhor no modo PVE do que PVP.

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Graficamente, Gears of War 4 é um espetáculo. Se Gears of War original mostrou o que a Unreal Engine podia fazer para levar os jogos ao próximo nível no Xbox 360, Gears of War 4 consegue fazer o mesmo no Xbox One. Os gráficos do jogo são muito bonitos, e toda a ação ocorre de modo fluído, mesmo quando há um monte de coisas acontecendo na tela, como explosões, trovoadas, raios e assim por diante. Não foi uma nem duas vezes que eu parei para olhar os gráficos do jogo enquanto o couro comia para apreciá-los. A trilha sonora de Gears of War 4 é boa, apesar de ser mais usada mesmo para ser um pano de fundo para tudo o que está ocorrendo, e não um destaque. O jogo conta com uma excelente dublagem em inglês e uma dublagem na média em português, além das legendas tradicionais. Infelizmente, não é possível jogar com o áudio em inglês e as legendas em português, o que seria ótimo.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One comprada pelo Critical Hits.

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Resumo para os preguiçosos

Gears of War 4 é um sucessor digno da franquia e conta com ação muito bem trabalhada, esplendor gráfico e muitas horas de diversão, seja na campanha (solo ou coop) seja nos variados modos multiplayer do jogo (com destaque para o modo horda). Infelizmente, o jogo não conta com uma história que esteja à altura dos capítulos numerados da franquia Gears, e deixa muitas perguntas para serem respondidas nos próximos jogos, mas eu tenho certeza absoluta que fãs da franquia vão gostar do que encontrarão nesse jogo.

Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Belíssimos gráficos
  • Modo horda muito bem feito (e presente desta vez!)
  • Boa ação durante a campanha
  • Excelente dublagem
  • Os quatro jogos da franquia para o Xbox 360 como bônus

Contras

  • A campanha começa meio lenta e demora um pouco para acelerar
  • Um chefe final bem chato
  • Muitas perguntas e poucas respostas sobre esse novo capítulo na história de Gears
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.