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Gears 5 – Review

Gears of War é uma das franquias mais importantes do mundo Xbox, afinal este foi o jogo que mostrou o que o console anterior da Microsoft, o Xbox 360, conseguia fazer. Com uma nova trilogia na nova geração, a franquia tem o desafio de se reinventar e mostrar que, na alma, ainda é fiel a um dos maiores motivos para se ter um Xbox One. Será que eles conseguem em Gears 5?

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Em Gears 5, você continua a trilogia iniciada em Gears of War 4. Para quem não lembra o que ocorreu no jogo anterior, felizmente há um “previously on Gears 4” logo no começo, que mostra que o Enxame dos Locusts não foi eliminado, apenas entrou em hibernação e que a guerra contra a Rainha e seus monstros está apenas recomeçando.

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Com o objetivo de desvendar o passado da personagem Kait Diaz, o jogo felizmente vai muito além de apenas focar-se nesta história, dando desenvolvimento tanto a novos personagens, como Fahz e trazendo alguns personagens esquecidos de outros capítulos da história, como Paduk (de Gears of War: Judgment), e isto sempre é positivo.

https://youtu.be/rywk7MjPTnI

Uma das grandes mudanças que você vai notar, é que, logo após o tutorial do jogo, você já está enfrentando Locusts de novo, e, graças a deus, nada de enfrentar os chatos DeeBees que ocuparam quase metade da campanha de Gears of War 4. O jogo já começa com o pé no acelerador trazendo o que há de melhor na franquia: tiroteio, explosões e os comentários sarcásticos e engraçados dos personagens.

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A forma como o jogo também faz a transição de protagonista entre JD Fenix para Kait Diaz é bem feita, não é simplesmente algo como “ó, toma, nunca tivemos uma protagonista mulher então agora vai ser assim”, o jogo começa no primeiro capítulo como anteriormente, com você controlando JD Fenix (que felizmente é um personagem muito melhor do que o bebê chorão sem carisma do primeiro jogo) e algo acontece que te leva a começar a usar Kait.

Outra grande e importante mudança na campanha de Gears 5 é que o jogo conta com um modo de sandbox semelhante ao que encontramos em God of War de 2018, ou seja, um mundo semi-aberto onde você navega até certos locais e faz mini quests que têm a ver com a história. Estas quests envolvem coisas como reestabelecer o suprimento de água de um acampamento, encontrar helicópteros que foram derrubados pelos Locusts e assim por diante, e ajudam a engordar um pouco a campanha.

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Estas partes opcionais acabam inflando bastante principalmente os Atos 2 e 3, onde você tem uma espécie de veículo para percorrer um mapa e fazer estas tarefas, ou seguir com a história caso você esteja com pressa. Já o Ato 4, que é o ato final do jogo, conta com algumas das melhores sequências de tiroteio que a franquia tem e uma parte que realmente me pegou de surpresa (e que eu obviamente não vou entregar aqui) e que provavelmente vai deixar os fãs realmente ansiosos para saber o que vai acontecer no próximo título da franquia.

Além do desenvolvimento e do ritmo muito bem trabalhados da campanha, que, mais uma vez, está entre as melhores campanhas já feitas para Gears of War, a adição de novos inimigos e também novas armas (e o resgate de algumas armas de Gears of War Judgment). Como você deve lembrar, do meio pro fim de Gears of War 4, JD e companhia fazem as pazes com a COG e os robôs (graças a deus) param de ser os seus adversários. Aqui, você conta com ajuda dos DeeBees para enfrentar os Locusts, e pode inclusive escolher o tipo de robô que vai te ajudar mais no combate aos adversários.

Além disso, o jogo também introduz uma série de inimigos novos que dão calafrios e também um inimigo em especial que faz homenagem a uma das cenas mais clássicas de Gears of War original (quem chegar nessa parte certamente vai saber do que eu estou falando). No geral, tudo foi muito bem pensado e parece que, após um período de aprender como fazer um jogo da franquia e evoluir a fórmula, a The Coalition conseguiu exatamente isso, trazer inovações e um sopro de vida dentro da franquia.

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O único ponto fraco da campanha, ao meu ver, é que o ato final do jogo é bem rápido, o que é um grande contraste principalmente com o Ato 2, que é o mais longo, e às vezes até arrastado dele, e dá a impressão de que tudo o que ainda falta ser resolvido no jogo não caberá em apenas um capítulo final desta trilogia.

Além da campanha, Gears 5 ainda conta com os tradicionais modos Versus e Horda, além do modo de Escape. Como os servidores de Gears 5 ainda estão bem vazios, já que o jogo só lança hoje (dia 5) para quem comprou a Ultimate Edition, não deu para testá-los de maneira integral, mas o que eu posso dizer sobre eles é o seguinte:

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O modo Horda foi melhorado e está bem melhor de ser jogado do que em Gears of War 4. O jogo agora conta com Bots para suprir os jogadores que não completarem o time ou caírem durante a partida, não deixando você completamente na mão dessa forma. Além disso, os inimigos são bem espalhados e contam com uma inteligência artificial melhorada em relação aos outros jogos da franquia. O modo Versus infelizmente foi o que menos deu para aproveitar neste período de análise, já que os servidores ainda estavam bem vazios. Falaremos mais sobre ele numa futura atualização deste review. Idem para o modo Escape, mas o que deu para observar é que ambos divertem e cumprem a função de fazer Gears 5 ficar relevante pelos próximos meses.

Graficamente, Gears 5 é um jogo simplesmente exuberante. Eu não havia jogado ainda nenhum jogo da franquia no Xbox One X, mas a diferença entre esta versão e às do Xbox One tradicional são impressionantes. Os modelos são realmente muito bonitos, a ação é fluída, cheia de efeitos visuais na tela, sangue rolando, explosões e tudo mais, e tudo acontece sem nenhum tipo de engasgo na performance, ou seja, a The Coalition está realmente de parabéns pelo serviço.

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Vale ressaltar aqui que eu também aproveitei o fato do jogo ser Play Anywhere e testei ele no meu notebook, e o jogo rodou perfeitamente a 60 quadros por segundo nas configurações recomendadas em Full HD sem nenhum tipo de engasgo. Para completar, eu fiz alguns testes rápidos no Xbox One normal, e o jogo roda bem nele também, mas demora uma eternidade para abrir.

Para completar, a trilha sonora de Gears 5 está entre uma das melhores da franquia, e a dublagem também é realmente muito boa. O único porém é algo que a gente costuma comentar aqui sempre: a impossibilidade de poder escolher idioma de falas e legendas de maneira separada, ou seja, ou você joga com tudo em português (e aproveita a boa dublagem feita pelo pessoal daqui) ou com tudo em inglês. Quem não tem tanto domínio do idioma acaba sendo prejudicado dessa forma.

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Mas e então, Gears 5 vale a pena? Com toda certeza. O jogo é facilmente um dos melhores da franquia, talvez o melhor desde Gears of War 2, e vai agradar demais os veteranos, além de ser uma excelente porta de entrada para quem está pensando em jogar um dos melhores exclusivos que o Xbox One tem.

Review elaborado com uma cópia do jogo fornecida pela Xbox do Brasil no Xbox One X e num notebook Core i7-9750h, 16 GB RAM e GeForce 1660 Ti.

Resumo para os preguiçosos

Gears 5 é facilmente um dos melhores da franquia, talvez o melhor desde Gears of War 2, e vai agradar demais os veteranos, além de ser uma excelente porta de entrada para quem está pensando em jogar um dos melhores exclusivos que o Xbox One tem.

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Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Uma das melhores campanhas que a franquia Gears 5 já teve
  • Boa evolução dos novos protagonistas da série
  • Traz adições relevantes à fórmula Gears sem desrespeitar os jogos anteriores
  • Boas novidades no modo Horda
  • JD finalmente deixou de ser um bebê chorão

Contras

  • Há alguns momentos em que a campanha se arrasta bastante, principalmente no Ato 2
  • Impossibilidade de definir idioma de menus e legendas independente do idioma de dublagem
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.