Quase um ano após chegar exclusivamente ao PlayStation 5, Final Fantasy VII Rebirth finalmente faz sua estreia no PC com uma série de melhorias técnicas. O título é a segunda parte da grande trilogia de remakes que está sendo preparada pela Square Enix, que a aproveitou para criar um mundo aberto repleto de missões e algumas reviravoltas de história.
Mas será que valeu a pena a espera para revisitar o mundo de Cloud e seus amigos em hardwares mais fortes? E, para quem jogou no console da Sony, é uma boa ideia apostar mais uma vez no jogo? São essas as perguntas que tentamos responder neste review!
Final Fantasy VII Rebirth ganha versão definitiva no PC
Caso você esteja procurando um review tradicional de Final Fantasy VII Rebirth, recomendamos que confira nossa análise oficial, publicada em janeiro de 2024. Aqui, vamos nos focar nos quesitos mais técnicos do título e como ele se beneficia da possibilidade de usar hardwares mais fortes até mesmo do que o do PS5 Pro.
Ao menos em um primeiro momento, não parece que muita coisa mudou, até que começamos a perceber que os “borrões” que existiam no console não estão mais presentes. Em nossos testes, isso aconteceu mesmo quando a qualidade de visuais mais baixa foi usada, prova de que o problema original tinha a ver com o upscaler usado pela Square Enix.
Nos computadores, Final Fantasy VII Rebirth traz três opções de solução do tipo, sendo que a que traz melhores resultados é a o DLSS da NVIDIA. Curiosamente, o título não traz qualidades pré-determinadas de upscalers, permitindo ajustar manualmente a resolução mínima e máxima da resolução de origens de imagens.
Configurado para a qualidade máxima, o RPG da Square Enix pode ser considerado a representação máxima do que é possível fazer com a antiga Unreal Engine 4. O título traz ambientes bem bonitos e detalhados, especialmente quando a qualidade de ambientes é configurada ao máximo.
No entanto, caso você não tenha uma placa com mais de 10 GB de memória RAM, pode ser necessário diminuir um pouco a qualidade de elementos em segundo plano. Usando uma RTX 3080 como base, era possível rodar o jogo na qualidade máxima, mas a configuração Ultra desse tipo de detalhes causava stutters notáveis na transição de cenas. Quando a qualidade foi baixada para alta, isso não aconteceu mais.
Infelizmente, apesar de ter três presets interessantes e muitas opções de qualidade, Final Fantasy VII Rebirth falha em explicar direito o quanto cada uma delas consome de recursos. Assim, quem tem máquinas de entrada ou intermediárias pode acabar tendo que gastar um bom tempo fazendo testes antes de encontrar o ponto ideal para rodar o jogo.
Outro ponto que também é possível notar é que, mesmo na qualidade máxima, o título não escapa dos famosos pop-ups, especialmente na exploração do mundo aberto. Logo na primeira grande área já é possível notar detalhes de rochas que surgem aos poucos e flores que demoram para ganhar detalhes. Nada que quebre a experiência, mas isso seria algo que poderia ter sido corrigido pelos PCs.
Conforme esperado, o jogo é mais pesado do que Final Fantasy VII Intergrade, mas ainda assim pode ser considerado um trabalho bom de adaptação da Square Enix — e muito melhor do que o de Final Fantasy XVI, por exemplo. No entanto, ainda há espaços para alguns ajustes, que podem chegar em patches futuros.
Vale notar que nossas impressões com o jogo foram registradas em um momento no qual nem a AMD, nem a NVIDIA, lançaram drivers otimizados para ele. Assim, sua experiência de lançamento pode acabar sendo um pouco melhor que a nossa, que já foi bastante satisfatória e garantiu uma experiência de gameplay a 60 quadros bastante estáveis.
Mas e aí, Final Fantasy VII Rebirth para PC Vale a pena?
Caso você tenha aproveitado Final Fantasy VII Remake no PC e esteja ansioso pela sequência, encarar Final Fantasy VII Rebirth vai ser algo bastante natural. Embora não seja perfeito, o port feito pela Square Enix traz bastante qualidade, e depende muito mais de uma boa GPU do que de uma CPU de ponta para atingir altos níveis de qualidade.
Na prática, o upgrade visual não é tão maior do que o visto no PlayStation 5 Pro, mas a capacidade de chegar a até 120 FPS e o novo sistema de iluminação fazem da versão PC a definitiva. Embora sutil e só notável em uma comparação direta, a diferença deixa muitas cenas mais envolventes e dá sinais de quais são as ambições futuras da empresa.
Os únicos que não devem pensar em adquirir o jogo são aqueles que não têm pelo menos 60 horas sobrando para aproveitá-lo ou não desfrutaram do anterior. Apear do que a Square Enix diz, ele não é exatamente um bom ponto de entrada para a história da série, mesmo que seu gameplay e aventura sejam alguns dos melhores vistos em anos recentes.
Review elaborado com uma cópia do jogo para PC fornecida pela Square Enix.
Resumo para os preguiçosos
Final Fantasy VII Rebirth no PC é a versão definitiva do game, trazendo gráficos refinados, um novo sistema de iluminação e todo o poder do DLSS. O título só peca por alguns stutters pontuais e por não eliminar os pop-ups que já marcavam a versão de consoles. Caso você seja um fã do Remake, esses são pormenores que não devem ficar no caminho de uma compra.
Prós
- DLSS acaba com os borrões vistos no PS5
- Novo sistema de iluminação
- Roda a até 120 FPS em sistemas compatíveis
- Um port bem feito e com várias opções de configuração
Contras
- Alguns stutters em transições de cenas
- Não mostra o impacto esperado de cada opção disponível
- O excesso de minigames pesa um pouco na parte final da história