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Final Fantasy VII Rebirth – Análise – Vale a Pena – Review

Final Fantasy VII Rebirth é o segundo jogo de uma trilogia que promete recriar o título mais importante da história da Square Enix, e que está intrinsicamente ligado com a história da Sony e do PlayStation também, afinal de contas, o console era um antes desse jogo e acabou sendo outro totalmente diferente depois dele.

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Após os eventos de Midgar e de vencerem o destino, Cloud e seus amigos agora partem numa jornada atrás de Sephiroth, para evitar que ele destrua o planeta, mas será que esse jogo consegue capturar a essência das partes que ele tenta reconstruir do jogo original?

Em Final Fantasy VII Rebirth, nós começamos o jogo já com mais perguntas do que respostas, numa parte não mostrada na demo que a Square Enix liberou recentemente para quem estava ansioso para conhecer os primeiros momentos desse novo título.

Final Fantasy 7 Rebirth - Análise - Vale a Pena - Review

Depois disso, já partimos direto para o flashback de Nibelheim, onde conhecemos o passado de Cloud com Sephiroth, e os primeiros dias de Soldier do personagem. Esta área inicial do jogo é bem parecida com o que encontramos em Final Fantasy 7 Remake no que diz respeito à jogabilidade e ao conteúdo, o que já é de se imaginar, afinal de contas, estamos falando de uma sequência direta de um remake, aqui o jogo realmente não muda muita coisa.

Final Fantasy VII Rebirth começa a se apresentar como sequência quando terminamos essa etapa inicial e o jogo nos libera para explorarmos a cidade de Kalm, logo após esse flashback inicial. Aqui, o jogo revela como o mundo aberto dele vai funcionar, com cada grande área com uma ou duas cidades satélite e uma vastidão de conteúdo para o jogador explorar.

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Cada cidade conta com suas missões secundárias, lojas e outras atividades, como o Queen’s Blood, o jogo de cartas que Final Fantasy VII Rebirth apresenta e que em breve falaremos mais a respeito.

Final Fantasy 7 Rebirth - Análise - Vale a Pena - Review

Começando pelas missões secundárias, cada missão apresenta uma história em específico, relacionada a um dos seus companheiros de time, que geralmente vai acabar interagindo com o personagem que vai te mandar fazer a missão. Cumprir uma missão secundária significa aumentar o seu relacionamento com o personagem do seu grupo que se envolve dela, além de render muita experiência para você (para os seus personagens darem level up) e também experiência de grupo, uma mecânica que serve não só para os seus personagens desbloquearem novos ataques em conjunto (no melhor estilo Chrono Trigger) e solo mas também para você ganhar alguns bônus no combate, como aumento de vida e atributos.

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As missões secundárias de Final Fantasy VII Rebirth no geral são muito bem construídas e estão dentre as melhores missões secundárias que a Square Enix já fez num jogo. Muitas delas têm várias etapas, não sendo apenas levar um item de um lugar pro outro e bater um papo, além disso, elas também se justificam dentro do mundo do jogo de maneira significativa, não sendo apenas mais um conteúdo que está ali porque sim.

O conteúdo das partes de mundo aberto não param por aí, Chandley também está de volta em Final Fantasy VII Rebirth, sendo parte fundamental desta etapa do jogo, ajudando Cloud e companhia a explorarem mais sobre cada uma das regiões do mundo. Logo no começo do jogo, ele vai te mandar reconectar uma torre abandonada pela república (o governo anterior que foi vencido pela Shinra) e que acaba mostrando outros objetivos disponíveis no mundo do jogo.

Final Fantasy 7 Rebirth - Análise - Vale a Pena - Review

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Cada área aberta possui uma série de torres para você reconectar à rede do Chadley, e que mostram onde outras atividades paralelas estão. Estas atividades são locais como caça de monstros especiais, fontes de lifestream que revelam mais sobre as regiões e liberam chefes especiais, caçadas ao tesouro e santuários da invocação que é uma espécie de divindade da região.

Outra atividade que faz parte de uma grande quest dentro do jogo é a das Protorelíquias, que é uma quest de diversas etapas ao longo do mundo. Em cada região você vai fazer umas 4 ou 5 etapas dessa quest, geralmente envolvendo algum minigame diferente (e aqui o Fort Condor de Final Fantasy 7 Remake Intergrade marca sua volta), e uma figura conhecida da franquia Final Fantasy aparece ao final de cada etapa sugerindo seu aparecimento de verdade conforme você avança nessa quest.

No fim das contas, as áreas abertas e suas atividades contribuem para engrossar o caldo de Final Fantasy VII Rebirth de maneira substancial, se você parar para fazer todas as atividades de cada uma dessas áreas, você pode ter certeza que vai ficar umas 3 a 5 horas em cada mapa indo atrás de todos os objetivos até prosseguir para as próximas partes da história.

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Final Fantasy 7 Rebirth - Análise - Vale a Pena - Review

Vale ressaltar, entretanto, que nem todas as atividades de mundo aberto ficam disponíveis de cada, já que em alguns pontos do jogo, ele quer que você siga pelo menos um pouco da história antes de liberar tudo o que a região tem disponível, e geralmente ele te avisa o último momento em que você pode fazer as atividades dela antes de você partir para um ponto de não retorno na história.

Além das atividades, o jogo ainda conta com um minigame de cartas muito divertido, chamado de Queen’s Blood. Nele, você precisa fazer uma soma de pontos maior do que a do seu adversário nas linhas do tabuleiro. Cada linha vencedora conta pro escore final e vence quem termina com mais pontos. Ao final da partida, caso você derrote o adversário, você ganha uma carta, mas caso perca, não perde nada, e pode repetir a partida até conquistar a carta do seu adversário.

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Ao todo, o jogo conta com 30 partidas de Queen’s Blood, ou seja, não é possível desafiar qualquer pessoa pela rua, mas o jogo é extremamente divertido e se você gostou de jogos como o Triple Triad do Final Fantasy 8, ou Gwent de The Witcher 3, prepare-se para ficar completamente obcedado por esse jogo.

Final Fantasy 7 Rebirth - Análise - Vale a Pena - Review

Mas obviamente, o mundo aberto do jogo não é nada se ele não conta com uma boa história, e felizmente Final Fantasy VII Rebirth é uma sequência que honra o legado de um dos jogos mais importantes da história do videogame. Neste jogo, vemos a história se desenrolar desde o momento em que Cloud e companhia saem de Midgar até o final do que seria o primeiro CD do jogo no PlayStation.

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Há diversas pequenas alterações na história para que você passe por alguns locais em específico do jogo, como Gongaga, mas no geral, o que nós encontramos aqui é uma história muito mais parecida com a do jogo original, ainda que num ritmo bem mais lento do que nele, do que o que vimos em Final Fantasy 7 Remake, que fazia vários desvios no progresso para adicionar conteúdo e desenvolver personagens secundários.

Os principais momentos de Final Fantasy 7 original cobertos por esse jogo foram recriados e até melhorados em muitos momentos. Coisas como a visita à Gold Saucer, a chegada a Junon, as areias tropicais de Costa Del Sol, Cosmom Canyon e a passada por Gongaga e assim por diante são momentos muito legais no jogo original, e aqui eles conseguem ser ainda melhores.

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Aqui ainda vale ressaltar também que o jogo faz algo que o Final Fantasy 7 original fazia muito bem: que é a variação de gameplay. Você não fica só andando de um lado pro outro e enfrentando inimigos. A todo momento o jogo apresenta um minigame novo para dar uma variada no gameplay, e quando eu digo a todo momento é porque é bem frequente mesmo. Nem todo minigame é divertido e acerta no alvo, mas é impressionante a quantidade de mini jogos que Final Fantasy VII Rebirth tem.

Além disso, o jogo também introduz novos personagens dentro da trama e resgata alguns personagens do remake, que também saíram de Midgar, como o Chadley, e que agora você encontra espalhados ao redor do mundo, mas nem todos chegam a fazer uma grande participação na história, alguns estão lá apenas para mostrar que ainda existem mesmo.

Uma coisa bem interessante que eu gostei nesse jogo é que ele constamente está alterando os grupos que você pode controlar dentro do jogo, não fazendo assim você ficar apenas com dois ou três personagens favoritos e, quando acabar precisando usar algum outro obrigatoriamente, ele estar sem habilidade nenhuma, mas é importante ressaltar que é uma boa ideia você ir fazendo as quests opcionais do jogo (pelo menos parcialmente) para desenvolver melhor os níveis dos personagens.

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O sistema de batalha de Final Fantasy VII Rebirth permanece bastante parecido com o do jogo original. A única grande mudança que eu notei foi o fato de que Cloud agora possui ataques de longa distância, basta você usar o botão de esquiva primeiro e depois atacar, que ele dispara cortes com a espada dele, ou seja, ele não é mais inútil contra inimigos voadores.

Nesse novo jogo, podemos controlar tanto Red XIII, quanto Cait Sith, que são adicionados ao jogo, além de Yuffie, que já era uma personagem jogável em Final Fantasy 7 Remake Intermission. Cada personagem é controlado de uma forma diferente, e como no jogo original, você pode e deve ir alternando os personagens em batalhas para explorar as fraquezas dos inimigos, principalmente quando estamos falando de um chefe que precisa ser atingido com tudo o que você tem.

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Por falar em chefes, eles são frequentes em Final Fantasy VII Rebirth, e uma coisa que eu gostei no jogo é o fato de que ele não conta com nenhum grande chefe que vá fazer você passar muita raiva, coisa que acontecia no remake anterior em mais momentos do que eu gostei.

Ao todo, eu levei cerca de 58 horas para terminar o jogo, concluindo 100% das duas primeiras regiões e mais ou menos uns 30% das três regiões restantes, além da história principal, obviamente. Dessa forma, é possível afirmar que numa primeira run, caso você queira fazer 100% do jogo, é necessário jogar por mais ou menos umas 70 a 75 horas, para então desbloquear o Novo Jogo+ e também a seleção de dificuldade nos capítulos.

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Graficamente, infelizmente Final Fantasy VII Rebirth mostra o seu único defeito, na opinião deste avaliador. O modo performance do jogo realmente deixa a desejar já que os gráficos não são tão bonitos assim, principalmente no começo do jogo.

É interessante notar que de Costa del Sol pra frente, o jogo parece ficar um pouco mais bonito, mas no começo dele, principalmente, as texturas de baixa resolução realmente deixam bastante a desejar. O jogo não chega a ter grandes problemas de performance no modo performance, mas eu não consegui jogar no modo resolução pois ele constantemente ficava abaixo dos 30 quadros por segundo, e aí isso realmente incomodava, principalmente no mundo aberto.

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Nas cutscenes, entretanto, o jogo continua com toda a qualidade que a Square Enix costuma entregar, e realmente brilha nesses momentos, mas infelizmente esse é um jogo que merecia gráficos melhores. A desenvolvedora prometeu uma atualização para o dia 21, juntamente com a segunda parte da demonstração do jogo, e eu vou dar uma conferida nisso para atualizar essa parte do review com as minhas impressões, mas duvido que melhore tanto assim em questão de 20 dias.

A trilha sonroa de Final Fantasy VII Rebirth é simplesmente incrível, seguindo a tradição da série. As composições rearanjadas de Nobuo Uematsu realmente se encaixam muito bem com o jogo, e também há músicas que vieram de outros jogos dessa franquia aqui pra dentro, além de novas trilhas de fundo originais além do grande destaque do jogo, a música No Promises To Keep, cantada por Aerith, que realmente elevou a trilha sonora do game.

Mas e aí, Final Fantasy VII Rebirth vale a pena?

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Final Fantasy VII Rebirth merece todos os elogios do mundo por conseguir criar uma sequência mais ambiciosa que o seu capítulo anterior e adicionar muita coisa na base criada pelo Remake.

O jogo conta com uma história incrível e momentos que os fãs, tanto novos quanto antigos, vão adorar, o único pecado real do jogo é não ter uma apresentação gráfica à altura de toda a grandiosidade que ele apresenta.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PS5 fornecida pela Square Enix.

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Resumo para os preguiçosos

Final Fantasy 7 Rebirth é uma sequência à altura de Final Fantasy 7 Remake e adapta muito bem o segundo arco do jogo, conseguindo integrar o mundo aberto dele de forma magistral à base que foi criada no primeiro game dessa trilogia.

Você vai se apaixonar pelos momentos vividos por Cloud, Tifa, Barret, Aerith e companhia, e com certeza vai ter uma jornada incrível aqui. A quantidade de momentos que esse jogo oferece é realmente impressionante, e o melhor de tudo é que ele está sempre oferecendo algum minigame diferente para o jogo não cair na mesmice, poucos RPGs conseguiram oferecer tanta variação como ele.

No fim das contas, o único ponto fraco do jogo realmente são os gráficos, que, sejamos francos, ficaram feios, e que a Square Enix ainda tem muito trabalho pela frente para corrigir, pois um jogo dessa magnitude merece uma apresentação visual correspondente.

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Nota final

95
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Excelente adaptação da história
  • Mundo aberto rico e cheio de atividades
  • Combates e cenas incríveis
  • Personagens carismáticos
  • Queen’s Blood é um jogo tão bom que poderia ser lançado standalone
  • Trilha sonora maravilhosa, com destaque pra música original apresentada pelo jogo

Contras

  • Gráficos abaixo da média, com texturas feias e um modo de 30 fps com constantes quedas
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.