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Decarnation – Análise – Vale a Pena – Review

Decarnation, da Atellier QDB, é o tipo de jogo que entretêm de um jeito diferente, com uma história profunda, pesada e que pode gerar excelentes reflexões sobre diversos assuntos. Considerando que me sentir desconfortável várias vezes enquanto experimentava o game, posso dizer que jogar Decarnation é quase tão divertido quanto tomar um soco no estômago. Ainda assim, vale a pena.

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Decarnation é um jogo de terror único, ambientado em Paris nos anos 1990, que desafia as convenções tradicionais do gênero. A narrativa segue Gloria, uma dançarina de cabaré, enquanto ela enfrenta uma série de conflitos internos e externos e explora temas complexos como a objetificação e a mercantilização do corpo feminino, a síndrome de Estocolmo e a busca pela força interior para sobreviver a situações difíceis.

A estética retrô do jogo lembra a estética de alguns jogos de Gameboy e Super Nintendo da década de 90. Algo que já se tornou bastante comum no gênero que Decarnation explora. Mesmo com uma estética relativamente simples, o game criar uma atmosfera desconcertante. A arte e a música bastante competentes, com cenários intricados e uma trilha sonora assustadora. No entanto, o jogo tem sido criticado por sua falta de coesão na jogabilidade, com muitos elementos parecendo mais minijogos do que parte integrante da experiência.

Reprodução: Decarnation

Os minijogos variam de desafios de ritmo a quebra-cabeças, muitas vezes parecendo deslocados da história principal, quase como se no final das contas, Decarnation fosse um apanhado de jogos diferentes misturados em uma coisa só. Apesar dessas críticas, o jogo realmente possui uma atmosfera envolvente e consegue transmitir sentimentos complexos através de gráficos simples.

Até é possível afirmar Decarnation é mais do que um jogo, é uma obra que tenta refletir as naturezas mais sombrias da sociedade. A experiência de jogar Decarnation é muito marcante, explorando os sentimentos e pensamentos traumáticos de Gloria, sua relação amorosa com Joy, o relacionamento conturbado com a mãe, além de sua baixa autoestima. Além disso, o jogo parece abusar do uso de situações complexas para formar os laços entre o jogador e Glória, demonstrando um excelente uso de recursos de narrativa.

Reprodução: Decarnation
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A figura emblemática de Bob, um personagem que parece ter saído diretamente de um episódio de Arquivo X, adiciona uma camada extra de estranheza ao jogo. Decarnation não se esquiva de temas pesados e não é recomendado para todos. Não chega a ser algo pesado no sentido explícito literal, mas Decarnation é recheado de momentos que te fazem quase sentir mal ou no mínimo, desconfortável.

Reprodução: Decarnation

A experiência de jogar Decarnation é mais parecida com a de uma peça de teatro em pixel art do que com a de um jogo tradicional. Muitos de seus cenários parecem ser confinados a pequenos espaços, preenchendo o jogo com cenários bem projetados. O jogo começa com Gloria, tendo dificuldades em se manter em Paris na década de 90, com sua profissão de dançarina de Cabaré.

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Para cobrir as despesas, Gloria aceita ser modelo para a produção de uma estátua com nú artístico. No dia da estreia da exposição do artista em questão, Gloria e Joy, sua namorada, vão até o museu e Glória acaba presenciando um homem apalpando sua estátua de maneira constrangedora e objetificadora. Após esse incidente, Gloria sente um imenso desconforto a ponto de não ser sequer capaz de contar o que aconteceu à sua namorada.

Reprodução: Decarnation

Obviamente as coisas só pioram com o desenrolar do jogo. A já citada excelente atmosfera do jogo é intensificada pela trilha sonora composta por Akira Yamaoka, conhecido por suas melodias arrepiantes na trilha de Silent Hill. A música, juntamente com o design de som incrível, torna Decarnation um jogo difícil de definir já que apesar de desconfortável, o game é capaz de manter seu interesse até ser terminado.

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O foco principal de Decarnation é contar uma história profunda e marcante. A narrativa é o seu principal destaque e é possível perceber que em nenhum momento o game tenta vender uma imagem de ser mais do que realmente é. Mesmo assim, todos os outros aspectos visuais e atmosféricos também merecem destaque, ao passo que a jogabilidade de fato poderia ter sido melhor trabalhada no que diz respeito aos minijogos.

Reprodução: Decarnation

Em suma, Decarnation é uma experiência de jogo única que desafia as expectativas e oferece uma visão fascinante e perturbadora da mente humana. Embora possa não ser para todos, aqueles que apreciam uma abordagem mais artística e introspectiva dos jogos de terror encontrarão muito para apreciar aqui.

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Resumo para os preguiçosos

Decarnation é um jogo de terror único, ambientado em Paris nos anos 1990, que desafia as convenções tradicionais do gênero. A narrativa segue Gloria, uma dançarina de cabaré, enquanto ela enfrenta uma série de conflitos internos e externos e explora temas complexos como a objetificação e a mercantilização do corpo feminino, a síndrome de Estocolmo e a busca pela força interior para sobreviver a situações difíceis. O jogo é mais uma obra de arte que explora as naturezas mais sombrias da sociedade, com uma atmosfera desconcertante e uma trilha sonora assustadora. No entanto, a jogabilidade é criticada por sua falta de coesão, com muitos elementos parecendo mais minijogos do que parte integrante da experiência.

Apesar de suas falhas, Decarnation é elogiado por sua narrativa envolvente e atmosfera intensa. A experiência de jogar é descrita como mais parecida com uma peça de teatro em pixel art do que com um jogo tradicional. A história é atraente e os jogadores se encontram torcendo por Gloria, apesar de alguns elementos da jogabilidade parecerem forçados. O jogo toca em temas pesados e não é recomendado para todos. Em suma, Decarnation é uma experiência de jogo única que oferece uma visão fascinante e perturbadora da mente humana.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Narrativa rica e complexa
  • Atmosfera envolvente e desconcertante

Contras

  • Falta de coesão na jogabilidade, com muitos elementos parecendo mais minijogos do que parte integrante da experiência.
  • Alguns elementos do jogo podem parecer forçados ou deslocados da história principal.
  • O jogo toca em temas pesados e pode não ser recomendado para todos.
  • Algumas partes do jogo podem fazer os jogadores se sentirem desconfortáveis ou perturbados
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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.