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Chaos;Child – Review

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Lançado originalmente em 2015 no Japão e em Outubro de 2017 na Europa e América, Chaos;Child é a tão aguardada continuação de Chaos;Head, Visual Novel lançada em 2008 e a primeira da franquia Science Adventures. Infelizmente, Chaos;Child revela spoilers sobre a trama e o final de Chaos;Head logo nos primeiros minutos de gameplay, então não há como não comentar sobre elas. Estejam avisados.

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Chaos;Child se passa em 2015, seis anos após o incidente que ficou conhecido como o Terremoto de Shibuya. Vemos a história pela perspectiva de vários personagens, mas na maior parte do tempo controlamos Takuru Miyashiro, um jovem de 18 anos que estuda na Academia Hekiho e é o presidente do Clube do Jornal da escola.

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Takuru, juntamente com seus colegas de clube, está investigando uma série de assassinatos extremamente bizarros que estão acontecendo nas mesmas datas do último assassinato em série que aconteceu em Shibuya e ficou famoso no mundo todo: A Loucura da Nova Geração.

https://www.youtube.com/watch?v=3Wl6IKtJfhk

Chaos;Child faz um trabalho excelente ao introduzir estes assassinatos bizarros como uma peça chave da história logo no início do jogo, com assassinatos cada vez piores e mais intrigantes, deixando o jogador curioso e formulando teorias, assim como Takuru e seus amigos estão fazendo. Outro aspecto excelente que Chaos;Child possui nos seus primeiros capítulos é a atmosfera de suspense e mistério. O jogo consegue colocar o jogador no meio de situações extremamente tensas de forma brilhante, e na maioria dos casos, estas situações acabam de uma forma que o jogador nunca imaginaria.

Entretanto, por ser uma Visual Novel, o gameplay de Chaos;Child é basicamente o mesmo do início ao fim. Tudo que o jogador precisa fazer é apertar X para que a história avance e ocasionalmente fazer uma decisão (mais comentários sobre elas no próximo parágrafo), e a única variação de gameplay presente no jogo é quando vemos o mapa da cidade. O mapa de Shibuya fica dentro do clube do jornal, e é nele que os personagens montam as peças do quebra-cabeça e tentam resolver o mistério por trás dos assassinatos. O jogador têm que escolher corretamente as imagens ou informações a serem colocadas no mapa, para que o caso e a história sigam adiante.

Em certos momentos durante a história, devemos tomar decisões. Porém estas decisões são tomadas em momentos de pouca tensão, e nada muda de imediato, fazendo com que alguns jogadores (inclusive eu), tome decisões sem perceber que está fazendo isto. O motivo disto é porque as decisões de Chaos;Child são chamadas de Delusion Trigger. Durante certos momentos, Takuru pode imaginar como a situação em que ele está pode acabar, seja ela de forma positiva ou negativa (o jogador escolhe) e após visualizar o desfecho desta cena, o jogo volta ao normal, e nada do que foi visto ou escolhido fez uma diferença, ou é isto que eu pensava.

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As escolhas feitas pelo jogador mudarão os próximos finais do jogo, mas em nenhum momento isto é dito, nem mesmo uma pequena dica de que o jogador está decidindo algo é mencionada. Desta forma, após terminar a primeira rota de Chaos;Child, o jogador não sabe o que fazer para continuar o jogo e ver as novas cenas.

No total, é necessário terminar o jogo três vezes para desbloquear a rota verdadeira e ver o capítulo final/epílogo do jogo, e por mais cansativo que seja ter que rejogar tudo (mesmo com a ajuda do botão Skip, que acelera todos os diálogos e cenas), o final ainda vale cada minuto da espera. Para minimizar o tempo gasto e ir direto para as cenas que importam, é altamente recomendado que o jogador veja um detonado para não ficar perdido após terminar o jogo pela primeira vez.

A trilha sonora é ótima, com músicas que se encaixam bem com os momentos alegres ou tensos da trama, deixando o jogador mais empolgado ou tenso, exatamente como a cena mostrada. Durante minha experiência, só encontrei um bug, onde a voz de certos personagens ficasse quase inaudível, e seguisse assim por vários minutos. Este bug foi ficando cada vez mais frequente conforme o jogo avançava, chegando a haver momentos em que todos os personagens da cena estavam com o volume da voz desta forma.

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No mais, Chaos;Child consegue ser melhor que seu antecessor, com um mistério e suspense brilhantemente montados logo de início, mas que perde um pouco do gás a partir da metade da história. A medida que o jogador se envolve com a trama, ele descobre que nada é o que parece. Com ótimos personagens e uma bela trilha sonora, Chaos;Child é um ótimo jogo para todos os fãs de Visual Novel ou mistérios no geral.

Review elaborado com uma chave do jogo disponibilizada pela desenvolvedora do jogo.

Resumo para os preguiçosos

Chaos;Child continua a história de onde seu antecessor parou, usando novamente um assassinato em série para deixar o jogador intrigado e envolto em sua trama. Com uma boa trilha sonora e ótimos personagens, Chaos;Child é praticamente obrigatório para aqueles que gostam de Visual Novel, ou para os que gostam de mistérios onde nada é o que parece.

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Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Atmosfera de mistério e suspense incrivelmente bem construída
  • Ótimos diálogos e personagens, deixando o jogador empolgado a continuar com a história
  • Ótima trilha sonora

Contras

  • Muito longo, com pouquíssima variação de gameplay, podendo cansar alguns jogadores.
  • As escolhas feitas podem passar despercebidas até que seja tarde demais, obrigando o jogador a rejogar certas partes.
  • Algumas vezes o volume da voz de alguns personagens diminui de forma absurda e a medida que o jogador avança na história, este bug fica cada vez mais frequente.
  • Não há legendas em português
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