Borderlands é o jogo definitivo para reunir os amigos, dar uns tiros descompromissados enquanto conversam e aproveitar muito, mas muito loot. O jogo chegou na indústria não querendo nada e pegou todo mundo de surpresa com um sistema de combate muito bom, humor excelente e um sistema de loot que vai fazer você revirar um planeta completo. Com Borderlands 2, tudo o que precisava ser melhorado melhorou, e a história deu um salto de qualidade. Mas o que aconteceu entre os dois games? É isso o que Pre-Sequel vem contar. O que esperar de um jogo feito ainda para os consoles da geração passada? Mais do mesmo, mas é exatamente isso que todo mundo queria.
Em Borderlands: The Pre-Sequel, você vai ficar sabendo como Jack tornou-se o vilão do segundo game, como ClapTrap desaprendeu a subir escadas e muitas coisas que não são explicadas entre o primeiro e o segundo game. O game se passa majoritariamente na lua de Pandora, onde Jack monta sua base no segundo game, e conta com um grupo de Vault Hunters que não havia sido usado até o momento, apesar de já terem aparecido nas outras edições do game como NPCs, composto por ClapTrap, Athena, Nisha e Wilhelm.
Cada um desses personagens vem com uma árvore de habilidades diferentes e as classes introduzidas no game são inéditas até então, e muito divertidas de usar. A minha preferida, obviamente, foi a do ClapTrap, que encarna a personalidade maníaca dele numa máquina de matar que vai provocar boas gargalhadas em você. Na habilidade especial dele, é sorteado um conjunto de vantagens e desvantagens que tornam a luta totalmente caótica. Por exemplo, você tira muito mais dano, mas sua precisão vai lá em baixo. E todas essas modificações se aplicam tanto a você quanto aos seus companheiros de equipe, o que faz a batalha ficar mais maluca ainda. O mais legal é que o game tem classes que realmente interagem entre si e que fazem o jogo realmente se tornar muito melhor quando jogado em grupo.
Obviamente, Borderlands: The Pre-Sequel também pode ser jogado sozinho, o game é bem divertido e totalmente vencível assim, mas as coisas ficam muito, mas muito melhores em grupo, ainda mais nas primeiras horas do jogo, quando as missões parecem se arrastar um pouco. Outra novidade do game é que, como você está numa lua, o ambiente funciona com baixa gravidade, ou seja, você dá saltos maiores, os inimigos dão saltos maiores e não há oxigênio em diversas partes. Eu não sei como a baixa gravidade não havia sido apresentada até agora, o jogo realmente fica muito divertido e esse ambiente parece ter sido feito pensado em Borderlands. O game realmente fica mais caótico do que já é com a possibilidade de dar super saltos e planar no ar por alguns instantes.
Além disso, a falta de oxigênio, tanto para você quanto para alguns inimigos, acaba influenciando também, já que você tem que cuidar com isso para não morrer asfixiado. Além disso, o oxigênio pode ser usado para ressuscitar os amigos mais rapidamente e também queimado numa espécie de super ataque onde você pula e se arremessa no chão para atirar os inimigos longe e tirar dano deles. Algo bem útil quando há vários adversários colados em você e muito, mas muito útil quando você enfrenta os Badass.
O sistema de combate do jogo também ganhou novas armas, como as armas laser, lança granadas e também um novo elemento: o congelamento. Como o Slag recém havia sido descoberto no começo do jogo, ele foi removido do game, e o congelamento acaba entrando no lugar dele e se tornando uma arma muito útil, pois você pode paralisar inimigos e tirar muito dano dele quando eles estão congelados.
Outra novidade também é o fato dos personagens principais do jogo conversarem mais durante a história com os outros protagonistas e NPCs, isso ajuda os jogadores a terem um entendimento melhor do que está acontecendo e também te dá a oportunidade de ouvir mais ainda voz do ClapTrap, algo que sempre é válido, né? Por falar nisso, há mais robôs como ele durante o jogo, cada um mais maníaco e engraçado que o outro.
No geral, a história do jogo costuma levar cerca de 16 horas para ser completada. Ela não chega a ser tão sensacional quanto a história de Borderlands 2, mas fãs da série realmente não vão se sentir decepcionados com ela também. Os personagens principais dos dois jogos da franquia estão aqui em toda a esquisitice deles e, mesmo com todos os milhões de DLC inseridos anteriormente, mais história sempre é melhor.
Graficamente, Borderlands: The Pre-Sequel não apresenta novidades em relação aos lançamentos anteriores. Os gráficos são legais, há bastante explosões na tela e poucos slowdowns, mas a versão de PC está meio mal otimizada. Eu tive alguns slowdowns com o game mesmo usando um PC realmente poderoso para roda-lo. Isso não deveria acontecer com um game desenvolvido com o PS3 e o Xbox 360 em mente.
A trilha sonora de Borderlands: The Pre-Sequel continua no mesmo nível das trilhas dos outros games. Ele é muito bem dublado e sempre é bom poder ouvir a voz do ClapTrap a todo momento, realmente muito bom. O único pesar é a falta de dublagem ou até de legendas em português. Quem não domina o idioma inglês pode acabar se perdendo um pouco aqui.
Resumo para os preguiçosos
Borderlands: The Pre-Sequel é mais do mesmo no universo de Borderlands, e isso é sensacional. O senso de humor dos games anteriores está de volta, a ação também e é interessante saber o que acontece entre os dois games principais da franquia. Só não espere muita inovação, pois quase não há, exceto pelo elemento de gelo e pelas partes com gravidade reduzida, que são muito divertidas por sinal.
Prós
- Novas classes que interagem muito bem entre si
- Poder controlar o ClapTrap
- Mais Borderlands
Contras
- Certas partes da história se arrastam um pouco para terminar
- Problemas de otimização na versão de PC
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