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Battletoads – Review

Battletoads é uma franquia que é conhecida pela sua dificuldade e pelos seus personagens característicos, e agora ela está de volta em 2020 completamente reformulada. Será que este novo jogo com visual e gameplay modernizados conseguem colocar os sapos de batalha no novo século? É o que vamos descobrir nesse review.

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Em Battletoads, o mundo está em paz após a última vitória dos sapos contra a Dark Queen. O problema é que nenhum guerreiro é famoso em tempos de paz, e agora eles procuram por novas aventuras para voltarem a ser relevantes.

Com um estilo de arte completamente novo que emula os desenhos animados atuais, Battletoads se parece bastante, a princípio com um jogo que tem um novo público alvo: as crianças de hoje em dia. Apesar deste estilo de arte, não se engane, o jogo não vai pegar leve com você, ainda que ele não ofereça aquela dificuldade toda dos jogos dos anos 80 e 90.

Battletoads começa exatamente como você se lembrava da franquia: com um jogo onde você troca porradas com inimigos, avança estágios e então enfrenta algum chefão onde você tem que dar porrada nele antes que ele dê em você. Assim como em jogos clássicos da franquia, o game vai muito além disso.

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Além das fases de porrada, você também tem fases de moto, fases de plataforma e algumas fases que são uma espécie de puzzles interativos. Cada uma dessas fases, obviamente, tem seu gameplay específico, e nem todas funcionam tão bem assim.

Battletoads Review

As fases mais divertidas do jogo facilmente são, além das de pancadaria, as de moto. Nelas, você tem que desviar dos obstáculos que o jogo vai colocando diante de você em alta velocidade. Como de costume, elas começam um pouco mais fáceis e vão aumentando de dificuldade cada vez mais, e por mais que tenham alguns momentos bem pegadinha em algumas fases, elas realmente divertem.

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Infelizmente, não podemos dizer o mesmo dos outros estilos de fases do jogo. Battletoads passa muito tempo em fases que não têm tanto assim a ver com o seu estilo clássico, e dois tipos de fase em específico, uma de nave, e outra em que você tem que consertar a nave, são extremamente irritantes.

Começando pelas várias fases de nave, as que não são literalmente enlouquecedoras (por virarem um bullet hell sem graça) acabam sendo simplesmente sem graça. Há um chefe em específico nestas fases que é realmente bem chato, além de algumas fases em que ou você mata os inimigos em uma determinada ordem, ou a fase simplesmente não funciona.

Battletoads Review

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Inicialmente, eu achei que estas eram as piores fases de Battletoads, mas as piores, de longe, são num momento em específico onde você tem que completar uma série de desafios num curto espaço de tempo para consertar a sua nave. O grande problema desses desafios é que eles estão todos ao mesmo tempo na tela e você tem que olhar qual desafio o jogo quer que você faça naquele momento (o símbolo correspondente a eles muda a cada morte) para conclui-lo e partir para o próximo. Caso o tempo termine, você tem que começar tudo de novo, e como o tempo é bem curto, você provavelmente vai ficar uns bons minutos apanhando para os desafios que acabam durando bem mais tempo do que deveriam.

Este, inclusive, é um dos grandes problemas de algumas das fases de Battletoads: elas são muito mais longas do que deveriam ser, o que acabam transformando uma experiência ok em algo maçante e cansativo, principalmente quando você não está nos momentos em que o jogo realmente brilha.

Entre uma fase e outra, você contará com cutscenes em que os Battletoads interagem entre si e com seus aliados e inimigos. Todas elas são com aquele clima de desenho animado infantil, com algumas piadas bobas aqui e outras ali. Há momentos bem engraçados no jogo, principalmente da metade do pro fim dele, e momentos em que as coisas poderiam ser um pouco mais resumidas.

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Battletoads Review

Ao todo, o jogo conta com cerca de 5 horas de campanha, que pode ser jogada de um a três jogadores. Há três níveis de dificuldades, e colecionáveis nas fases para você fazer elas durarem mais, além de alguns desafios de tempo para você pegar o último colecionável de cada fase que oferece esse desafio. Na maioria das vezes, esse desafio não permite muitos erros, e você provavelmente vai ter que recomeçar a fase caso morra alguma vez.

No fim das contas, eu acho que teria me divertido mais em Battletoads se o jogo tivesse menos fases de nave e estas fases interativas (há outras além da fase em que você conserta a nave) fossem trocadas por mais fases de pancadaria ou de moto, o jogo teria sido uma experiência bem melhor. Outro ponto importante é que Battletoads provavelmente é mais divertido no modo multiplayer, mas como eu joguei sozinho, não tive como comprovar isso.

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Como este jogo está disponível no Gamepass para quem é assinante, ele acaba entrando naquela categoria de jogos que eu me arrependeria se tivesse comprado ele, mas vale pela curiosidade como ele faz parte do serviço. Certamente vai ter gente que vai gostar dele, mas ele está longe de ser um dos melhores do gênero, e dificilmente vai fazer os fãs dos jogos clássicos da franquia esquecerem deles.

Graficamente, Battletods é um belo jogo. Inicialmente eu não tinha gostado da transição de Pixel Art para visuais animados, mas eles acabaram ficando bem legais, já que lembram desenhos que a gente assistia nos sábados de manhã na televisão. A trilha sonora do jogo também é muito boa. Infelizmente, o jogo não vem dublado em português, e ele acaba tendo apenas legendas no nosso idioma (e algumas partes ainda precisam ser traduzidas, aliás), o que acaba tirando uma parte do público em potencial, já que ele parece ser direcionado também para crianças.

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Mas e aí, Battletoads vale a pena?

Battletoads tenta um monte de coisas ao mesmo tempo para não ficar na mesmice dos jogos de pancadaria, mas talvez a Dlala Studios devesse ter se focado no “Menos é Mais”. Algumas fases acabam durando demais e alguns dos estilos de jogo (principalmente os de nave e os desafios) acabam se tornando chatos e maçantes, prejudicando assim a experiência geral. Mesmo em seus melhores momentos, Battletoads ainda é um jogo na média. Como esse é um jogo lançado diretamente no Gamepass, vale a pena você dar uma chance a ele nem que seja para matar a curiosidade. Ainda assim, essa nova encarnação da franquia clássica dos anos 80 deixa a desejar se comparada com os jogos de antigamente.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One X fornecida pela Xbox Brasil.

Resumo para os preguiçosos

Battletoads tenta um monte de coisas ao mesmo tempo para não ficar na mesmice dos jogos de pancadaria, mas talvez a Dlala Studios devesse ter se focado no “Menos é Mais”. Algumas fases acabam durando demais e alguns dos estilos de jogo (principalmente os de nave e os desafios) acabam se tornando chatos e maçantes, prejudicando assim a experiência geral. Como esse é um jogo lançado diretamente no Gamepass, vale a pena você dar uma chance a ele nem que seja para matar a curiosidade. Ainda assim, essa nova encarnação da franquia clássica dos anos 80 deixa a desejar se comparada com os jogos de antigamente.

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Nota final

60
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Pancadaria divertida
  • Excelente trilha sonora
  • Belos gráficos
  • Cutscenes bem engraçadas

Contras

  • Fases de nave e de desafios bem chatinhas
  • Algumas fases duram muito mais do que deveriam
  • Apesar do clima infantil do jogo, ele não é dublado em português
  • Mesmo em seus melhores momentos, Battletoads ainda é um jogo na média
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.