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Magnetic Cage Closed – Review

Magnetic Cage Closed é um jogo de puzzle-plataforma em primeira pessoa lançado em maio de 2015. Desenvolvido pelo estúdio sueco Guru Games está disponível para Xbox One, PS4 e PC, que possui a edição padrão e a Collector’s Edition com Art Book, trilha sonora e dois mapas especiais.

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O jogo tem clara inspiração em Portal, um dos grandes jogos e, talvez o maior jogo do estilo. Assim como em Portal, Magnetic também apresenta uma personagem feminina, a Bird, que tem que passar por salas de testes e resolver os problemas de cada um dos quebra-cabeças para avançar no game. A grande sacada nesse jogo é que você conta com a ajuda de uma genial arma magnética.

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Para deixar esse review mais objetivo, resolvi dividi-lo em alguns tópicos de analise, o primeiro é a do gamplay e gráficos, depois sons e roteiro.

Começando com o gameplay, o jogo é muito fluido e entrega tudo que promete. A mecânica da arma magnética e a física envolvida, logo de cara podem ser percebidos pelo jogador e, com certeza um dos pontos fortes para tornar a experiência do game muito agradável. Além de atrair e repelir os cubos de metal durante os testes, a arma também tem o poder de atrair e repelir seu personagem dependendo da intensidade que você escolher.

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Essa característica da arma possibilita que a personagem possa flutuar no ar e até mesmo realizar pulos super longos e altos. Os quebra-cabeças de cada sala são bem construídos e oferecem um desafio moderado, nada que umas três ou quatro tentativas não sejam o suficiente para alcançar o objetivo e avançar para o proximo quebra-cabeça. Ao longo do jogo são inseridos objetos que fazem a dificuldade de cada sala aumentar aos poucos, mas infelizmente não são tão variados para mudar completamente a jogabilidade, como por exemplo, os fluídos especiais de Portal 2.

Além do tradicional cubo metálico, as salas contém perigos como torres que disparam cargas de energia elétrica, gás venenoso no chão e paredes com lança chamas. Tudo isso para tornar o jogo mais dinâmico e ir aumentando a dificuldade e diversão de cada nível. Uma coisa interessante desse game é que em algumas salas existem mais de uma forma de resolver o problema, o que sempre é bem vindo e quase um padrão da industria nos dias de hoje.

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Trabalhando em conjunto da boa mecânica e física refinada, a estética e qualidade gráfica do jogo acertam o ponto e ajudam a promover um bom efeito de imersão. Um tom mais sombrio foi adotado para Magnetic já que o jogo se passa em uma espécie de complexo prisional onde criminosos condenados são usados para experiências científicas. Graficamente, o jogo não fica devendo nada quando comparado aos jogos atuais, as texturas são caprichadas e – aparentemente – leves, o que faz com que o jogo rode “liso”. As recomendações do jogo são, de certa forma, razoáveis nos padrões atuais. Com um processador i5 e 1gb de vídeo você conseguirá rodar sem problemas em seu PC.

É possível ver o apreço dos desenvolvedores pela aparência e ambientação do jogo. Tudo se encaixa muito bem, as texturas bem detalhas e cenários ricos dão vida ao jogo. Isso é tudo muito importante, pois não existe contato visual com nenhum npc durante todo game. A peça central do game é a arma magnética usada pelo jogador. Essa ferramenta te acompanha da primeira cena do jogo a ultima, e é por isso que ela recebe uma atenção especial.

No começo é usado a Prototype 27, e depois a nova e mais poderosa Prototype 28, que te dá a habilidade de flutuar e realizar os super pulos com o campo magnético gerado. A Prtototype 28 tem um design muito legal, com suas bobinas girando e fios amostra. Essa arma tem um pouco de super tecnologia com steampunk e é responsável por um boost de diversão no jogo. Podemos ver a vontade dos desenvolvedores de mostrar as armas do jogo, porque, em alguns momentos você é obrigado a coloca-la em um pedestal, onde pode observar de uma nova perspectiva a maravilhosa Prototype 28.

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Um grande ponto envolvendo a jogabilidade de Magnetic Cage Closed é que o jogo possui um total de 9 finais diferentes, e variam de acordo com as escolhas que você faz durante alguns pontos específicos da história. O fato de ter nove finais diferentes pode ser para compensar a história curtinha do jogo, que pode ser completada em aproximadamente 2~3h de jogo. Apesar de ser um bom jogo, tenho minhas dúvidas em relação ao fator “replay”, e já que para ver todos os finais você precisa necessariamente jogar o jogo inteiro novamente, esse esforço pode ser repetitivo demais e acabar te desanimando. Se pudéssemos salvar o jogo antes de cada evento de escolha seria ideal, mas infelizmente o jogo tem save automático.

A vibe mais sombria do game tem como companhia uma trilha sonora discreta, mas que acerta o tom dando uma carga de tensão e suspense ideal para o gameplay. Quase todas as faixas durante jogo soam muito mais como ambientação do que músicas propriamente ditas. Eu diria e a trilha casa muito bem com qualquer jogo de terror e ficção cientifica no mercado.

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Abaixo você pode escutar uma das faixas para sentir um pouco do que toca durante o jogo. Não poderia deixar de mencionar o tema que toca durante a última cena do jogo, e que encerra muito bem a breve história. Tem de tudo nessa faixa, riff de guitarra, piano emocionado e coral. Vale muito apena ouvir.

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A história ou roteiro do jogo não é nada muito complexo. Como já foi mencionado rapidamente nesse texto, você é obrigado a realizar os testes já que é um prisioneiro. Não é explicado por que a personagem está presa e tão pouco que crime cometeu. O que de fato empurra o roteiro são dois outros personagens que interagem com a Bird, a primeira é a psiquiatra Karen que as vezes parece ajudar e tranquilizar o ambiente, mas na verdade não se sabe se ela quer mais te ajudar ou atrapalhar. O outro personagem é o Warden que é na verdade um cargo/ocupação que pode ser traduzido como um diretor que conduz os testes dentro do complexo.

Warden é o responsável pela graça no jogo, uma espécie de GlaDos. Esse personagem é cheio de sarcasmo, humor-negro e tem prazer em expressar todo seu desprezo por Bird. Warden também menciona seu estagiário atrapalhado em alguns momentos e que sempre tem uma carga de humor pastelão. Para aproveitar ao máximo os momentos de interação dos personagens, o jogo possui legendas em Português para todas as falas do jogo, dessa forma você vai entender todas as linhas do sarcástico Warden.

No final das contas Magnetic Cage Closed é um jogo bastante interessante, com uma boa jogabilidade e um bom nível de desafio. Por ser curto pode ser jogado casualmente e completado em uma sessão só. Por ser tão curto pode agradar aos que procuram um jogo rápido e desagradar aos que buscam um jogo longo. Eu diria que se você é um grande fã da franquia Portal, Magnetic é um jogo que deve ser jogado, pois consegue trazer a essência do que fez Portal é. Você vai encontrar bons quebra-cabeças, mecânica inovadora e humor.

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Caso não tenha jogado Portal, mas gosta de jogos de puzzle e plataforma de modo geral, esse jogo deve ser jogado e pode ter certeza que será surpreendido por esse estilo. Eu, como grande fã de Portal e puzzles/plataforma recomendo esse jogo com certeza, mas sei que talvez não seja uma ótima escolha para todo mundo por ai. Para ajudar ainda mais na sua decisão veja o trailer do game ai embaixo.

 

Resumo para os preguiçosos

Magnetic Cage Closed é um jogo muito bem feito, com um gameplay fluido e divertido. O uso da arma magnética é uma abordagem original e que traz um ar de frescor para estilão Portal. Para os fãs do estilo esse jogo é escolha certa. Apesar de ser um jogo curto, existem 9 finais diferentes que podem variar de acordo com as escolhas que você faz durante o jogo.

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Nota final

65
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Física usada no jogo é muito bem feita
  • Legendas em Português
  • Boa dose de humor

Contras

  • A história podia ser um pouco mais longa
  • Para ver os outros finais você tem que jogar o jogo inteiro novamente
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Rodrigo Roman
Rodrigo Romanhttps://bandcamp.com/rodrigoroman
Rodrigo R. Roman é nosso colaborador e escreve principalmente sobre trilhas sonoras e jogos de PC, além de ser nosso Rique favorito. Participante eventual do Critical Cast e dono do canal Siga Bem, Amigo Gamer, Rique ainda trabalha na Chamex e é disparado o melhor passador de guarda do site.