Olá, crianças! Vocês estão prontas? Prontas para altas zueras? Eu não ouvi direitooo…ÔÔÔÔ! Exatamente, hoje é dia de sugestão pro fim de semana! E aqui estou eu pra recomendar pra vocês um joguinho muito afudê, tri bala, bom pra cacete, gurizada!
Ok, passado o momento tosquice, o jogo de hoje é Evoland. Como o nome já sugere ele vai demonstrando a passagem entre as eras dos RPGs e jogos de aventura em geral. Mas da maneira mais nonsense possível. Quem joga coisas como Chtullu Saves the World, Breath of Death, Hotline Miami, Guacamelee, Retro City Rampage, Rage e afins já está acostumado com essas sátiras que os jogos fazem à outras séries. No caso, Evoland foi inspirado, segundo os próprios criados do jogo, em Zelda, Final Fantasy, Dragon Quest e Diablo.
E por que esse é um jogo bom para o fim de semana? Por que é curtinho. Terminei em 4 horas, apesar de não ter pego todas as estrelas escondidas (esse troço de todos os achievments é muito chato pra minha cabeça). Por um lado é bom, porque ele termina antes de enjoar. Apesar de ser um jogo de sátira, os quebra-cabeças são bem difíceis, e tive que morrer e voltar umas 6 vezes até conseguir vencer o último chefão. Porém ele acaba sendo, em alguns momentos, subaproveitado. Existe apenas uma fase de Diablo, relativamente difícil, mas consideravelmente curta, também. O jogo traz referência à vários jogos da série Zelda, inclusive os corações, mas não traz a ocarina em momento algum.
Entretanto, é muito divertido ir vendo a evolução dos videogames. O jogo começa em um gráfico estilo Game Boy, o primeiro, sem cor nem nada. Andando pra direita, pegamos um baú e ganhamos a habilidade…de andar para a esquerda! E assim o jogo vai indo: coletando baús e destravando as melhorias. Barra de vida, espada, bomba, lutas em turno, mapa, gráficos 16 bits, música, monstro e até baús armadilha, tudo é conquistado através de baús. Em determinado momento o jogo até traz uma história. Seu personagem é Clink (sim, uma mistura de Cloud, do Final Fantasy VII com Link, do The Legend of Zelda), conhece uma menina que tem seu vilarejo atacado e você tem que ajudá-la, enquanto um vilão fdp quer foder com a porra toda. É bem simplesinha, mas até isso é uma sátira aos jogos de RPG, pegando vários clichês.
Outra coisa legal de ver são as referências aos jogos. Em uma determinada fase o jogo fica IGUAL à Diablo. Os quebra cabeças, tendo de ficar trocando entre o gráfico 16 bits e o gráfico em 3D para conseguir fazer ações diferentes, como se fosse voltar no tempo, igual a Zelda. E até um joguinho de cartas que nem o que tinha no Final Fantasy VIII. Além dos 4 jogos citados nos créditos, algumas outras referências ficam mais ocultas, como dungeon de Noria, que pra mim pareceu uma óbvia referência às minas de Moria, dos anões de Senhor dos Anéis.
O jogo foi o ganhador da 24ª edição do Ludum Dare, uma competição para desenvolver um jogo em apenas 48h. No site oficial do jogo existe uma demonstração pra experimentar o jogo, mas eu não perderia tempo tendo um certo tipo de spoiler e compraria logo o jogo na Steam, que está R$16,99, mesmo preço do jogo que o Eric comentou semana passada. É quase uma obrigação pra quem jogou Final Fantasy e Zelda, mas passe longe se tu não tiver um humor lá muito bom e não curtir ~altas zuera~.
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