Você é um ativista de internet daqueles que adora dar like e compartilhar coisas, ou votar em petições, e achar que cumpriu a sua missão? Bom, então Reggie Fils-Aime tem uma mensagem para você: sua campanha vale pouco para eles, ou melhor, até vale, mas não tanto quanto vocês acham que vale.
Em entrevista ao site Siliconera, o presidente da Nintendo of America disse que essas petições relacionadas a jogos para sistemas da Nintendo não afetam o que eles fazem. Como exemplo, Reggie falou sobre a localização de Xenoblade e a “Operation Rainfall’, uma petição com site e tudo mais que queria a localização do título para o Nintendo Wii.
Nesse caso, Reggie disse que eles estavam se reunindo dentro da Nintendo para definir se valia a pena ou não fazer esse tipo de esforço. Como vocês devem saber, fazer isso envolve uma série de coisas, como contratar um estúdio para fazer a tradução dos diálogos, inserir esses diálogos nos jogos e gravar aquelas coisas antiquadas e antiecológicas chamadas DVDs, que podem muito bem acabar pegando poeira dentro de um armazém, já que o Nintendo Wii é mais fácil de ser pirateado do que uma fita cassete. Esse é um dos motivos, por exemplo, pelo qual a Square Enix não trouxe Final Fantasy Type-0 para o ocidente ainda. Caso ele fosse lançado no PSP, seria pirateado até a morte e venderia bem pouco.
“Nós estávamos tendo esse debate no mesmo momento em que a Operation Rainfall estava acontecendo e nós estávamos cientes do interesse pelo jogo, mas nós tínhamos que fazer uma proposta financeira sólida. Eu sou pago para garantir que a companhia está crescendo, então nós sabíamos do que estava acontecendo, mas no fim, você tem que fazer o que é melhor para a companhia. Algo que nós sabemos certamente é que 100 mil assinaturas não querem dizer 100 mil vendas”.
O que vocês acham disso? Reggie está certo, pra falar a verdade. Quem aí assinou aquela petição pra um port de Dark Souls para PC e realmente comprou o jogo no lançamento ao invés de aproveitar uma das futuras promoções de 20 centavos do Steam? Essas certamente não foram as que pagaram os esforços de port da From Software para o PC.
Tá certo que num mundo onde a distribuição digital já funciona de maneira muito melhor, alguns desses custos são menores, e certamente traduzir apenas menus e botar legendas nos diálogos é até algo que alguns fãs de RPGs preferem, mas daí fica da vontade da companhia de realmente fazer uma tradução ou localização completa do jogo. No fim das contas, a pergunta a responder sempre é “será que vende?”
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