Fortnite já é um dos jogos mais populares do mundo, desde o final do ano passado a base de jogadores do game tem crescido vertiginosamente e hoje é quase impossível encontrar alguém que nunca jogou o sequer ouviu falar de Fortnite.
Entretanto, como a história já nos provou, basta um jogo começar a fazer sucesso, que a grande mídia tradicional fará o seu papel de espalhar conclusões precipitadas e difamações sobre o impacto dos videogames nas crianças.
O carrasco da vez foi o jornal americano The Daily Telegraph, que publicou uma matéria relacionada a Fortnite com a seguinte manchete: “Fortnite e outros videogames tem o risco de ‘prejudicar’ a vida das crianças”, alerta Secretário de Cultura (via Eurogamer).
A matéria diz que Fortnite é extremamente viciante e tem o risco de causar um impacto prejudicial na vida das crianças. A informação é baseada nos comentários do Secretário de Cultura, Matt Hancock, que fez estas afirmações como uma reação a preocupação dos país em relação ao jogo da Epic.
“Muito tempo grudado na tela pode ter um impacto prejudicial na vida dos nossos filhos. Seja em mídias sociais ou em videogames, as crianças devem apreciá-las com segurança e como parte de um estilo de vida que inclui exercícios e socialização no mundo real.”
Um típico comentário comum, que simplesmente não fala nada mais que o obvio. Mas isso não impediu que o Daily Mail, um dos mais importantes jornais britânicos, postasse uma matéria com o título “Jogos de tiro online viciantes como Fortnite têm “impacto prejudicial” na vida das crianças”.
As coisas ficam ainda pior com um artigo do The Sun, que consegue fazer o combo de manchete exagerada, jovem com controle na mão e criança brigando com a mãe (via Eurogamer).
Infelizmente esse tipo de ataque não é uma novidade, durante quase toda a história dos videogames, periodicamente algum jogo é escolhido como bode expiatório para se colocar a culpa de vícios ou comportamentos agressivos. Assim, como qualquer outra mídia é obvio que os games influenciam pessoas, mas esse tipo de matéria sensacionalista apenas atrasa um debate que é bem mais profundo e complexo.