Para quem não acompanhou a história, Hideo Kojima revelou recentemente que pediu para o designer de Metal Gear Solid 5: The Phantom Pain para tornar os personagens do jogo “mais eróticos”. Tal comentário gerou polêmica e muitas pessoas gostariam que ele explicasse o comentário ontem, durante evento de sua Kojima Productions, o que ele, digamos assim, tentou fazer:
“Talvez a palavra ‘erótica’ não era exatamente o que eu estava querendo dizer”. Segundo Kojima, a palavra mais adequada seria “sexy”. Como? Acho que perdi alguma coisa, pois o machismo encontrado no que ele pretendia fazer não foi em nada alterado. Ele adicionou ainda: “O que eu estou tentando criar são personagens únicos”. Extremamente únicos se você repete conceitos machistas dentro do jogo. Não vi nada de “novo” ou “único” nessa abordagem de Kojima. Mas ele não parou por aí: “Vocês irão reparar que há poucos diálogos, e por isso nós queremos mostrar as características de cada personagem.” Então as mulheres são só peitos e bundas né? Kojima só reforçou seu pensamento machista e quanto objetificadas são as mulheres em seu jogo, e que realmente era isso que ele queria fazer. E se ele tem dado tanta atenção para isso no jogo, posso considerar que é tão importante quanto a história.
A história tem repercutido pelo mundo inteiro, principalmente em formas de questionamento às declarações de Kojima. E a partir dessa “tentativa” de explicação, o designer de Halo 4, David Ellis, comentou em seu twitter que achou “o design desse personagem repugnante. Nossa indústria deveria ser melhor do que isso”. Concordo plenamente com Ellis, que também afirmou que “a indústria está cheia de bebezões”. Como eu já tinha dito, não precisam apelar para esse ponto de objetificar mulheres como meros símbolos sexuais masculinos para vender um jogo. Bom, minha opinião sobre como deve ser o roteiro do jogo vocês já sabem. Kojima e Metal Gear Solid são muito melhores que isso, quer dizer, poderia ser melhor que isso.
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