Na noite deste sábado (16), a Vaevictis eSports, a primeira equipe com uma line-up totalmente feminina a disputar um torneio oficial da Riot Games, fez a sua estreia na LCL, torneio de League of Legends composto pela Comunidade dos Estados Independentes (CIS).
No entanto, o que era para ser um marco na história do Esports, provou mais uma vez como esse cenário está recheado de toxidade e machismo.
Isso porque, na fase de pick e bans, o time adversário da RoX usou as suas cinco escolhas para banir campeões suportes: Nami, Janna, Lulu, Thresh e Braum. A atitude obviamente foi uma provocação fazendo referência ao argumento machista de que “mulheres só jogam de suporte”.
Como se não bastasse, um jogador da Rox ainda é visto batendo palmas de forma irônica.
Rapidamente, o prints da transmissão se espalharam pelo Twitter, onde diversos nomes do cenário competitivo brasileiros criticaram a atitude da equipe, incluindo o treinador da Pain Academy Gabriel ‘MiT’ Souza, o analista do CBLOL Gustavo ‘Melão’ Ruzza e o Jogador do Flamengo Felipe ‘brTT’ Gonçalves.
Mulheres envolvidas no cenário de Esports também demonstraram repudio pela atitude. Como a streamer Mônica ‘Riyuuka’ Arruda, a ex-jogadora da CNB Julia “Cute” Akemi e a fundadora da Black Dragons Nicolle ‘Cherrygumms’ Merhy.
https://twitter.com/cutezinea/status/1096807524488151040
A revolta de parte da comunidade foi tão grande que por diversas horas a #RiotPenaliza chegou a ficar entre as mais comentadas no Twitter. Até o momento a Riot Games não se pronunciou sobre o assunto.
Sobre a partida, a equipe da Vaevictis acabou perdendo, mas o machismo sofrido pela jogadores fez mais uma vez todo o cenário competitivo perder junto. Atualmente, o League of Legens está na sua 9ª temporada, permanecendo como um dos jogos mais populares do mundo, e infelizmente ainda somos obrigados a presenciar “brincadeiras” desse nível.