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5 curiosidades que você provavelmente não conhecia sobre Sillent Hill

A Konami pegou o mundo de surpresa com Silent Hill, afinal de contas, o mundo havia morrido de medo por causa de Resident Evil há pouco tempo, e ninguém imaginava que uma produtora conseguiria criar um título do gênero Survival Horror que rivalizasse a franquia da Capcom em tão pouco tempo.

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Ao longo dos anos, a franquia acabou perdendo importância, infelizmente, mas os primeiros jogos dela ainda são tidos hoje em dia como clássicos absolutos.

Hoje, falaremos um pouco sobre Silent Hill, e trazemos algumas curiosidades que você talvez não conheça sobre o primeiro jogo da série.

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5 – Perdedores

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Você sabia que Silent Hill foi desenvolvido pelo time de perdedores da Konami? O Team Silent, como ficou conhecido depois, foi composto apenas por desenvolvedores que trabalharam em títulos da companhia que haviam tido pouco sucesso no passado e que estavam quase no olho da rua.

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Como eles não tinham nada a perder, eles acabaram decidindo criar um jogo tridimensional com elementos palatáveis para o público americano. A Konami realmente não acreditava que o jogo iria fazer o sucesso que fez, e só se tocou que tinha uma joia nas mãos depois do jogo lançar e fazer o sucesso todo que fez. Que bom que a companhia deu essa última chance aos profissionais ao invés de botar todo mundo pra rua né?

4 – Como se faz um ocidental mesmo?

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O desenvolvimento de Silent Hill original é cheio de curiosidades e de dificuldades. Uma dessas grandes dificuldades, aliás, não era nem do ponto de vista técnico nem por causa do hardware limitado do PlayStation, e sim que pelo fato do jogo ser direcionado ao público americano e os personagens deviam ter traços caucasianos.

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E por que isso é uma dificuldade? Veja bem, para os asiáticos, nós somos todos iguais, exatamente como os chineses, japoneses e coreanos também são todos iguais para alguns ocidentais. Pior ainda, não tinha um caucasiano na equipe de desenvolvimento de Silent Hill, tornando ainda mais difícil o processo de elaboração dos modelos tridimensionais de Harry Mason, Cybil Bennet e companhia.

3 – Cadê o Hardware?

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Vocês já pararam para se perguntar por que Silent Hill tem uma névoa tão densa? Ok, ela faz das características básicas do jogo, mas ela, a princípio, foi usada para esconder as limitações do hardware do PlayStation One. Como o console não tinha potência gráfica o suficiente para colocar tanto cenário assim na tela, optou-se por encher o fundo do jogo com um efeito de névoa.

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O resultado disso é a névoa densa que envolve todos os jogos da franquia, e que é praticamente por si só um próprio personagem do jogo. Somente depois do primeiro game é que eles decidiram inventar uma explicação melhor do que “o hardware é uma bosta, e foi necessário”, colocando assim no lore do game aquela história do incêndio que atingiu uma carvoaria.

2 – Takayoshi Sato, o cara que quase não ganhou créditos

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Você já fez algum trabalho em grupo onde teve que trabalhar por todo mundo e ganhou a mesma nota, ou ainda pior do que todos? Agora imagine que o grupo decidisse tirar a sua nota do trabalho antes da apresentação e você fosse o único a não ganhar créditos pelo seu trabalho? Pois foi quase isso o que aconteceu com Takayoshi Sato, um dos desenvolvedores mais importantes do primeiro Silent Hill.

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Sato era o desenvolvedor mais jovem do Team Silent durante o desenvolvimento do jogo, e ele havia sido escalado no desenvolvimento do jogo apenas para fazer alguns trabalhos de tipografia, mas como ele era novo na companhia e queria provar pros outros que ele tinha talento, Sato decidiu fazer muito mais do que pediram a ele.

O resultado disso? O cara praticamente foi o único responsável pelos modelos 3d do jogo além das computações gráficas do game. Detalhe, tudo isso ele fez no tempo livre dele, onde ele poderia estar comendo, dormindo, tendo amigos e coisas do tipo.

Como ele precisava dos computadores da Konami para isso e eles só estavam livres depois do expediente, ele acabou dormindo no escritório durante DOIS ANOS E MEIO. Detalhe: como ele ficou tão bom em modelagem 3D na época, era ele quem ensinava os colegas de time a mexer nos programas para fazer o que ele ainda não havia feito. Basicamente, ele era o desenvolvedor mais importante dentro do Team Silent.

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E o pior de tudo, não iam dar créditos a ele por nada. Quando ele ficou sabendo disso, ele foi aos superiores dele na Konami e disse que se não colocassem o nome dele nos créditos, ele iria sair da companhia, e eles iam perder o melhor modelador 3D que eles tinham. O resultado? Deram os créditos pra ele como diretor de computação gráfica em Silent Hill 1 e em Silent Hill 2.

Depois disso, ele continuou sendo workaholic desse jeito e entrou pra uma companhia chamada Virtual Heroes Serious Game, e contribuiu com nada menos de 20 jogos em menos de 3 anos. O cara é uma verdadeira máquina.

1 – Salvar e carregar peitcholas

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Você conhece o termo placeholder? O significado do termo é basicamente algo que você deixa em um lugar enquanto não faz o que deveria estar ali. Muito bem, e o que isso tem a ver com Silent Hill? Curiosamente, o Team Silent escolheu duas imagens bem curiosas como placeholders para as telas de save/load e de opções do jogo.

Na de save-load, a imagem escolhida foi a de uma mulher pelada deitada numa mesa de autópsia. Já na de opções, é uma foto de um monte de mulheres peladas tapando a perereca. E isso que o Kojima nem sonhava em se envolver em Silent Hill naquela época. Imagina se tivesse.

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.