Ellie Williams, protagonista central de The Last of Us, inicia o episódio 3 da segunda temporada da série em recuperação no hospital de Jackson, cenário que levanta dúvidas sobre o motivo de sua internação prolongada. O contexto é claro: Joel foi brutalmente assassinado por Abby no episódio anterior, o que desencadeia uma nova etapa na jornada de vingança da personagem. Mas o que realmente justifica os três meses de reclusão hospitalar?
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A resposta envolve não apenas os danos físicos que Ellie sofreu, mas também os profundos traumas psicológicos decorrentes da perda de Joel.
Ferimentos graves exigiram recuperação prolongada
O primeiro fator que explica a longa permanência de Ellie no hospital são as lesões físicas que ela sofreu durante o confronto com os membros do grupo liderado por Abby. No momento mais crítico do ataque, Ellie é brutalmente agredida por Manny, que a golpeia com violência no abdômen. Mesmo sem maiores detalhes médicos na série, fica subentendido que ela pode ter sofrido fraturas nas costelas ou lesões internas significativas.
Esses tipos de ferimentos costumam demandar meses de tratamento e reabilitação, o que justifica o período de três meses até que ela esteja fisicamente apta para sair do hospital. A decisão de incluir essa recuperação prolongada também serve como uma mudança narrativa importante em relação ao jogo original, onde os eventos seguintes ocorrem de forma quase imediata após a morte de Joel.
O trauma emocional pesou tanto quanto os ferimentos
Mais do que os danos visíveis, o episódio também evidencia as cicatrizes emocionais que Ellie carrega. Logo em sua primeira cena consciente no hospital, a jovem entra em desespero ao reviver mentalmente o momento da morte de Joel, gritando e chorando em uma crise de pânico. A intensidade de sua reação revela um quadro de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), algo que a produção da série não hesita em destacar.
Como parte do protocolo médico de Jackson, Ellie precisa passar por uma avaliação psicológica com Gail, a terapeuta da comunidade. Embora relute em participar da terapia e tente mascarar seus sentimentos, a presença dessa exigência reforça o quanto sua saúde mental estava abalada. Gail, com sua experiência, percebe que Ellie está escondendo a verdade sobre seu estado emocional, algo que mais tarde é confirmado em uma conversa com Tommy.
Tempo e consequência: a importância da mudança na linha do tempo
A decisão dos roteiristas de prolongar a recuperação de Ellie é estratégica. Diferente do jogo The Last of Us Part II, onde a sede por vingança se manifesta quase instantaneamente, a série opta por mostrar uma evolução mais lenta e dolorosa do luto e da raiva de Ellie. A passagem de tempo permite que a narrativa explore melhor os impactos do assassinato de Joel, tanto para ela quanto para a cidade de Jackson, que também foi abalada por um ataque dos infectados.
Esse intervalo de três meses também oferece verossimilhança à trama. Do ponto de vista logístico, era razoável esperar que Abby e seu grupo retornassem a Seattle com segurança antes que Ellie e Dina pudessem rastreá-los. Já do ponto de vista emocional, a demora torna o desejo de vingança algo mais profundo e enraizado, não apenas uma reação impulsiva, mas uma motivação construída ao longo de semanas de dor silenciosa.
Sobre a série
Com direção de Craig Mazin e Neil Druckmann, The Last of Us adaptada o aclamado jogo desenvolvido pela Naughty Dog. Se passando 20 anos depois que uma pandemia devastou a sociedade como conhecemos, a história acompanha a jornada do sobrevivente Joel e da jovem Ellie, interpretados respectivamente por Pedro Pascal e Bella Ramsey.
The Last of Us está disponível na HBO Max.
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