Abby ocupa um papel central nos momentos finais da 2ª temporada de The Last of Us. Após um episódio repleto de tensão, violência e reviravoltas emocionantes, o destino da personagem levanta dúvidas, especialmente entre aqueles que não conhecem o jogo em que a série se baseia. Para entender onde exatamente Abby está no desfecho da temporada, é preciso observar os eventos sob a ótica da narrativa do jogo The Last of Us Part II, que estrutura a história a partir de duas perspectivas distintas: a de Ellie e a de Abby.
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O confronto entre Ellie e Abby
No episódio final da segunda temporada, a caçada de Ellie por Abby atinge seu ponto de ebulição. A sequência culmina em um confronto direto entre as duas, em que Abby, num momento de defesa desesperada, atira em Jesse e em seguida em Ellie. A cena, marcada por sua brutalidade, corta abruptamente para um momento posterior, evitando mostrar de imediato as consequências da troca de tiros.
Essa interrupção deixa muitos espectadores se perguntando o que aconteceu com Ellie. A resposta, no entanto, é mais simples para quem já conhece os eventos do jogo. Ellie sobrevive, e o que se segue é um retorno ao ponto de partida, agora a partir da perspectiva de Abby.
O retorno a Seattle: Dia Um
Logo após o confronto, a série mostra Abby despertando no Estádio, base da WLF. Seu colega Manny a informa que Isaac está à sua espera, e a cena avança para o exterior da instalação, onde surge o letreiro “Seattle: Dia Um”. Este retorno no tempo marca o início da sequência de eventos sob o ponto de vista de Abby.
No jogo, essa parte da história é fundamental. Ela mostra o que Abby estava fazendo nos mesmos dias em que Ellie e Dina partiam para caçá-la. A narrativa avança por três dias até o momento do confronto retratado no episódio final da série, permitindo que os jogadores (e, agora, os espectadores) entendam os acontecimentos sob uma nova perspectiva.
A estrutura narrativa e o gancho para a próxima temporada
O uso da estrutura de múltiplas perspectivas é uma das características mais marcantes de The Last of Us Part II, e a série televisiva começa a explorar isso de forma mais aprofundada ao final da 2ª temporada. O episódio não apenas termina com um momento dramático, mas também planta as sementes para o que será explorado na terceira temporada.
A expectativa é que a nova temporada retome a narrativa três dias antes dos eventos finais, repetindo a abordagem do jogo ao mostrar a jornada de Abby durante o mesmo período que já vimos pela ótica de Ellie. O confronto entre as duas, que foi interrompido pela montagem no final da segunda temporada, deverá ser retomado e expandido, dessa vez revelando as motivações, os medos e os conflitos internos da personagem que até então era vista como antagonista.
Abby no centro da narrativa
Ao concluir a temporada com Abby despertando em sua base, a série prepara o terreno para reposicioná-la no centro da narrativa. A mudança de foco representa não apenas uma escolha criativa fiel ao material original, mas também uma oportunidade de aprofundar uma personagem complexa, cujas ações e dilemas morais desafiam os limites entre herói e vilão.
A terceira temporada deverá explorar não só os caminhos que levam Abby até aquele confronto final, como também o impacto emocional da guerra pessoal que ela trava com Ellie. Se a 2ª temporada expôs a dor da vingança pela ótica de Ellie, a próxima tem tudo para revelar os traumas e as perdas que moldam Abby, oferecendo ao público uma visão mais ampla dos efeitos devastadores desse ciclo de violência.
Sobre a série
Com direção de Craig Mazin e Neil Druckmann, The Last of Us adaptada o aclamado jogo desenvolvido pela Naughty Dog. Se passando 20 anos depois que uma pandemia devastou a sociedade como conhecemos, a história acompanha a jornada do sobrevivente Joel e da jovem Ellie, interpretados respectivamente por Pedro Pascal e Bella Ramsey.
The Last of Us está disponível na HBO Max.
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