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Kaitlyn Dever e criador de The Last of Us explicam as mudanças da Abby no episódio 2 da série

Abby, interpretada por Kaitlyn Dever, teve sua história reformulada na segunda temporada de The Last of Us, especialmente no episódio 2, que foi ao ar no último domingo(20). O episódio trouxe à tona um dos momentos mais impactantes da franquia: a morte brutal de Joel, interpretado por Pedro Pascal, agora pelas mãos de uma Abby cheia de dor e desejo de vingança. A cena, embora fiel em essência ao jogo The Last of Us Part II, passou por importantes adaptações que foram explicadas pela atriz e pelo criador da série, Craig Mazin, em entrevista à Entertainment Weekly.

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A introdução do sonho e o luto de Abby

Kaitlyn Dever e criador de The Last of Us explicam as mudanças da Abby no episódio 2 da série

Uma das maiores novidades apresentadas pela HBO é a inclusão de uma sequência de sonho que abre o segundo episódio. Nela, uma Abby adulta observa sua versão mais jovem diante da sala onde seu pai foi assassinado. Para Kaitlyn Dever, essa cena é essencial para preparar emocionalmente o espectador. Segundo a atriz, o sonho “resume tudo o que ela está sentindo” e revela o quanto Abby deseja voltar no tempo, evitando o sofrimento que está prestes a enfrentar.

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Essa cena não existe no jogo original, mas cumpre um papel narrativo crucial na série, oferecendo ao público uma conexão mais profunda com o trauma da personagem.

Monólogo original destaca o ponto de vista de Abby

Outra adição importante é o monólogo que Abby pronuncia antes de matar Joel. Escrito por Craig Mazin, esse texto não está presente no jogo, onde a cena acontece de forma mais abrupta. Na série, Abby verbaliza sua dor, sua raiva e sua convicção de que Joel merece morrer. Mazin afirma que o objetivo era mostrar como, na mente de Abby, não havia espaço para dúvidas. “Ele fez algo errado. Fim da história. Culpado. Sentenciado à morte”, resume o roteirista.

A fala também estabelece um forte paralelo com a jornada de Joel. Assim como ele matou para proteger alguém que amava, Abby faz o mesmo. Para Mazin, esse ciclo de violência tem raízes profundas no amor, e a diferença entre amar um filho ou um pai será explorada mais adiante na temporada.

Humanizando Abby desde o início

No jogo, a revelação sobre o passado de Abby é propositalmente adiada, criando uma divisão entre o jogador e a personagem até que sua perspectiva seja forçadamente compreendida na segunda metade da história. A série, no entanto, opta por apresentar a motivação de Abby logo no primeiro episódio da segunda temporada, quando ela confessa que pretende matar Joel como vingança pela morte do pai.

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Essa escolha narrativa visa humanizar Abby mais cedo, convidando o público a enxergá-la como algo além de uma antagonista. Ao adicionar cenas como o sonho, o monólogo e interações mais sensíveis, a série molda uma personagem mais complexa desde o início, com intenções compreensíveis, mesmo que moralmente ambíguas.

Paralelos emocionais entre Joel, Ellie e Abby

Craig Mazin destaca ainda uma diferença fundamental entre os protagonistas da trama. Joel já viveu o amor de um pai por uma filha, enquanto tanto Ellie quanto Abby apenas conhecem o amor de um filho por um pai. Essa diferença de perspectiva, segundo o criador, será aprofundada nos próximos episódios e promete trazer nuances importantes para o desenvolvimento emocional dos personagens.

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Sobre a série

Com direção de Craig Mazin e Neil Druckmann, The Last of Us adaptada o aclamado jogo desenvolvido pela Naughty Dog. Se passando 20 anos depois que uma pandemia devastou a sociedade como conhecemos, a história acompanha a jornada do sobrevivente Joel e da jovem Ellie, interpretados respectivamente por Pedro Pascal e Bella Ramsey.

The Last of Us está disponível na HBO Max.

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João Victor Albuquerque
João Victor Albuquerque
Apaixonado por joguinhos, filmes, animes e séries, mas sempre atrasado com todos eles. Escrevo principalmente sobre animes e tenho a tendência de tentar encaixar Hunter x Hunter ou One Piece em qualquer conversa.