A terceira temporada de Round 6 marca o encerramento definitivo da história de Gi-hun, personagem central da trama que conquistou o mundo ao ser lançado pela Netflix. Em uma temporada repleta de reviravoltas emocionais, decisões morais complexas e confrontos internos, o protagonista chega ao fim de sua jornada ao pagar um preço alto em troca de redenção.
Ao longo dos episódios, a série coreana se aprofunda em temas como culpa, sacrifício, sobrevivência e humanidade. A seguir, explicamos os principais acontecimentos do desfecho da terceira temporada e o que eles significam para o futuro da franquia.
Gi-hun e o peso da culpa
Gi-hun retorna ao local dos jogos profundamente afetado pelas mortes que presenciou e pela perda de seu amigo Jung-bae. A culpa o consome a tal ponto que, no início da temporada, ele toma decisões cada vez mais obscuras, incluindo o assassinato de Dae-ho durante a primeira disputa.
Essa atitude, longe de aliviar sua dor, apenas o afasta ainda mais de quem ele era. É a partir dessa queda moral que a narrativa constrói a jornada de redenção do protagonista, que volta a encontrar um propósito ao ser incumbido de cuidar do bebê de Jun-hee. Essa missão o reconecta com sua humanidade e redefine seu papel dentro dos jogos.
O sacrifício final e a redenção
No episódio final, Gi-hun decide entrar na última prova, carregando não apenas o desejo de vencer, mas também a responsabilidade de garantir um futuro digno ao bebê. Ele entende que não conseguirá viver consigo mesmo após tudo o que testemunhou e fez, e opta por um ato de altruísmo absoluto: sacrificar-se para que a criança vença.
Essa escolha não apenas encerra seu arco com dignidade, mas também simboliza a possibilidade de quebrar o ciclo de violência e desumanização imposto pelos jogos. Em paralelo ao final da primeira temporada, onde ele se recusa a terminar o jogo matando um amigo, Gi-hun novamente renuncia ao prêmio em nome de algo maior.
Cate Blanchett aparece no final como nova recrutadora
Antes dos créditos finais, a série surpreende com uma participação especial da atriz Cate Blanchett. Vestida como o icônico vendedor interpretado por Gong Yoo nas primeiras temporadas, ela recruta um novo jogador por meio do jogo de ddakji, indicando que uma nova fase dos jogos pode estar prestes a começar, possivelmente fora da Coreia.
A presença da atriz sugere que a Netflix planeja expandir o universo de Round 6, talvez com um spin-off ambientado nos Estados Unidos. Embora não tenha sido oficialmente confirmado, a cena final abre espaço para especulações sobre uma continuação internacional da trama.
As últimas palavras de Gi-hun e seu significado
Durante seus momentos finais, Gi-hun declara: “Nós não somos cavalos. Somos humanos. Humanos são…”, mas interrompe a frase. A metáfora remete ao início da série, quando ele apostava em corridas de cavalos, para depois se ver na mesma posição dos animais, usado como entretenimento por elites sádicas.
A interrupção na frase expressa o conflito interno do personagem. Depois de tudo o que viveu, Gi-hun não consegue mais definir com clareza o que é ser humano. A frase inacabada representa o vazio deixado pela perda de esperança e o trauma psicológico profundo, mas também reforça o simbolismo de sua decisão: o bebê pode crescer com uma nova visão de humanidade.
A herança de Gi-hun é entregue à filha
Após a morte de Gi-hun, o dinheiro que ele havia ganhado no final da primeira temporada reaparece. Guardado em um hotel, é posteriormente transferido pelo Front Man para a filha do protagonista, que inicialmente rejeita qualquer menção ao pai. No entanto, ao receber os pertences dele, incluindo o cartão com acesso ao prêmio, ela é tomada pela emoção.
Esse gesto demonstra que o Front Man entendeu as motivações de Gi-hun e respeitou sua memória, repassando os recursos financeiros à pessoa que ele mais amava. É também um sinal de que, mesmo dentro da estrutura corrupta dos jogos, ainda pode haver atos de empatia e justiça.
O bebê é entregue a Jun-ho, irmão do Front Man
No momento decisivo, o Front Man decide entregar o bebê de Jun-hee ao seu irmão, Jun-ho, personagem que reaparece para encerrar pontas soltas deixadas nas temporadas anteriores. Ele reconhece que seu irmão tem mais condições de oferecer uma vida digna à criança e, com isso, tenta romper o legado de sofrimento que os jogos perpetuaram.
Essa decisão representa uma tentativa de reparação. O próprio Front Man, que um dia foi jogador e venceu às custas de atos cruéis, percebe que sua trajetória foi marcada por perdas irreparáveis. Ao confiar o bebê a Jun-ho, ele rompe com sua função de executor e assume um gesto final de humanidade.
No-eul parte em busca da filha na China
Outra personagem que recebe um fio de esperança é No-eul. Após descobrir documentos que indicavam a morte de sua filha, ela recebe novas informações sugerindo que a menina pode estar viva na China. Movida pelo sacrifício de Gi-hun, ela decide buscar essa nova chance de reencontro.
Embora o final da temporada não confirme se a reunião realmente acontece, a jornada de No-eul reforça o tema de esperança que permeia os últimos episódios. É também uma forma da personagem tentar se redimir pelo passado, quando foi forçada a abandonar sua filha para sobreviver.
Os sobreviventes e a mensagem final
A terceira temporada termina com apenas dois sobreviventes: o bebê, protegido por Gi-hun, e Kyung-seok, salvo por No-eul. Ambos representam a próxima geração, livre das amarras dos jogos e com a possibilidade de uma vida fora do ciclo de violência.
Round 6 encerra sua narrativa original não com uma explosão de ação, mas com um poderoso simbolismo sobre sacrifício, redenção e a capacidade humana de resistir ao sistema. Gi-hun, mesmo com suas falhas, se torna símbolo dessa resistência ao colocar o bem de outros acima da própria vida.
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