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Diretora do episódio 4 da 2ª temporada de The Last of Us fala sobre a relação de Ellie e Dina

Na condução do quarto episódio da segunda temporada de The Last of Us, a diretora Kate Herron trouxe à tona uma das passagens mais sensíveis da série: a evolução do relacionamento entre Ellie e Dina. Em entrevista ao Los Angeles Times, Herron compartilhou seus pensamentos sobre o romance entre as personagens, o impacto da representatividade queer e os desafios de equilibrar horror e emoção em um universo pós-apocalíptico.

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Kate Herron destaca que, apesar de ambientada em um mundo devastado, a relação entre Ellie e Dina carrega uma carga emocional profundamente humana. Desde o primeiro beijo ainda envolto em incertezas, até a concretização do romance no episódio “Day One”, a diretora revela que o objetivo era criar um arco emocional que fosse autêntico e representativo da experiência de se apaixonar por uma amiga.

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“A série mostra como jovens queer enfrentam as mesmas dúvidas de qualquer adolescente: será que ela sente o mesmo que eu? Será que esse beijo significou algo?”, comentou Herron, ao refletir sobre os dilemas enfrentados pelas personagens em um mundo que não oferece espaço para certezas.

Entre o romance e o horror: um equilíbrio delicado

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Além do componente romântico, o episódio oferece momentos intensos de tensão, como a cena no teatro onde Dina, após acreditar que Ellie foi infectada, aponta uma arma para ela. Herron conta que quis manter o público em suspense até o último instante antes do beijo, criando um momento de alívio e surpresa.

Outro destaque foi a sequência da música “Take On Me”, um momento icônico adaptado do jogo. Herron revela que testou várias abordagens com a atriz Bella Ramsey, desde interpretações mais emocionadas até versões mais introspectivas, para garantir que o momento fosse genuíno e tocante. “É nesse instante que fica claro que Dina realmente ama Ellie, não é apenas uma brincadeira ou um impulso”, diz.

A construção visual do romance

Herron também se preocupou com o cenário. Pediu que a produção incluísse um jardim invadido pela natureza, reforçando a estética característica de The Last of Us e simbolizando um pequeno refúgio de paz para as personagens. A inclusão de um simples inseto, como uma lagarta, foi pensada para tornar o ambiente ainda mais íntimo e real.

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“Queria que elas estivessem isoladas do mundo, para que esse momento de conexão fosse possível”, explicou a diretora.

Identificação pessoal e impacto cultural

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A experiência de Herron com sua própria sexualidade também influenciou sua abordagem. Ela compartilhou que se assumiu apenas na vida adulta e que ver histórias como a de Dina pode fazer a diferença para quem ainda busca compreender sua identidade. “Se eu tivesse visto algo assim quando era mais nova, teria me sentido menos sozinha”, refletiu.

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A diretora reconhece que a série não apresenta um mundo idealizado. Mesmo num cenário apocalíptico, o preconceito ainda existe, como exemplificado por um personagem que se mostra inicialmente homofóbico. Para Herron, esse tipo de complexidade dá ainda mais força à história: “Eles encontram alegria e amor mesmo em um mundo cruel. Isso sempre me dá esperança.”

Sobre a série

Com direção de Craig Mazin e Neil Druckmann, The Last of Us adaptada o aclamado jogo desenvolvido pela Naughty Dog. Se passando 20 anos depois que uma pandemia devastou a sociedade como conhecemos, a história acompanha a jornada do sobrevivente Joel e da jovem Ellie, interpretados respectivamente por Pedro Pascal e Bella Ramsey.

The Last of Us está disponível na HBO Max.

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João Victor Albuquerque
João Victor Albuquerque
Apaixonado por joguinhos, filmes, animes e séries, mas sempre atrasado com todos eles. Escrevo principalmente sobre animes e tenho a tendência de tentar encaixar Hunter x Hunter ou One Piece em qualquer conversa.