A morte brutal de Joel no segundo episódio da segunda temporada de The Last of Us, provocou surpresa em grande parte do público. Mas para o showrunner Craig Mazin, a verdadeira surpresa foi a forma como essa reação se manifestou. Em entrevista recente ao Collider, Mazin comentou a resposta emocional dos fãs e fez um paralelo com a recepção negativa que o mesmo acontecimento teve quando foi apresentado pela primeira vez no jogo da Naughty Dog.
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Surpresa com a reação de quem não esperava o desfecho
Craig Mazin revelou que, apesar de esperar que muitos soubessem da morte de Joel por conta do impacto do jogo original, ainda assim ficou surpreso com a quantidade de espectadores que não tinham ideia do que estava por vir.
“Eu me surpreendo não com os que já sabiam, mas com os que não sabiam de forma alguma”, explicou Mazin. Segundo ele, mesmo com os spoilers circulando livremente nas redes sociais ao longo dos anos,, muitos espectadores foram genuinamente pegos de surpresa. “Recebi mensagens de amigos próximos dizendo ‘O quê?! Não acredito!’”, contou.
Da indignação à maturidade
Embora o choque tenha sido generalizado, o que mais chamou a atenção do showrunner foi a mudança de tom no tipo de resposta. No lançamento do jogo, a morte de Joel causou revolta intensa, com ataques direcionados à dubladora da Abby, Laura Bailey, incluindo ameaças pessoais. Dessa vez, a série conseguiu provocar emoção sem incitar ódio gratuito.
Para Mazin, essa diferença é sinal de evolução na forma como o público lida com narrativas complexas. “Desta vez, as pessoas reagiram como se estivessem assistindo a uma boa história. Sentiram a perda de um personagem querido, refletiram sobre o que viria a seguir, mas sem hostilidade contra os envolvidos”, avaliou. Ele destacou que houve até quem dissesse odiar Abby, mas ao mesmo tempo desejasse que Kaitlyn Dever, intérprete da personagem, fosse premiada por sua atuação.
O impacto de Pedro Pascal
Parte do peso emocional da cena vem do carisma de Pedro Pascal. Para Craig Mazin, o ator conseguiu criar uma conexão tão forte com o público que sua morte ultrapassa o contexto da trama. “Há atores brilhantes que admiramos pela performance, mas Pedro é daqueles que queremos proteger. Ele desperta cuidado. Queremos levá-lo para casa, dar sopa, garantir que ele esteja bem”, comentou Mazin com humor e sinceridade.
Essa proximidade emocional com o intérprete amplia o sentimento de perda que a narrativa propõe. Joel não foi apenas um personagem eliminado — foi uma figura de conforto e segurança arrancada abruptamente da história.
O fim de Joel, mas não do debate
A morte de Joel representa apenas uma parte da estrutura narrativa que a equipe da série está montando nesta temporada. Segundo Mazin, há muitas decisões ainda sendo discutidas para a terceira temporada, e o impacto dessa perda continuará reverberando nos episódios futuros.
Mesmo com algumas críticas persistentes vindas de parte do público mais radical, Mazin acredita que a forma como a audiência acolheu a narrativa agora mostra que o universo de The Last of Us está sendo compreendido em sua profundidade emocional e moral. “Foi encorajador ver que as pessoas entenderam a complexidade da história”, concluiu.
Sobre a série
Com direção de Craig Mazin e Neil Druckmann, The Last of Us adaptada o aclamado jogo desenvolvido pela Naughty Dog. Se passando 20 anos depois que uma pandemia devastou a sociedade como conhecemos, a história acompanha a jornada do sobrevivente Joel e da jovem Ellie, interpretados respectivamente por Pedro Pascal e Bella Ramsey.
The Last of Us está disponível na HBO Max.
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