A cena do passeio ao museu, uma das mais emocionantes da segunda temporada de The Last of Us, foi mantida quase idêntica ao material original do jogo. A decisão, segundo os criadores da série da HBO, foi motivada pelo respeito à força emocional da sequência, que retrata Joel levando Ellie para uma experiência inesquecível de aniversário, recriando uma simulação de lançamento espacial dentro de uma cápsula antiga.
- Siga o Critical Hits e não perca mais um post: Google News, Twitter, Bluesky, Instagram, Youtube
Uma cena que já nasceu perfeita
O co-criador da série, Craig Mazin, explicou no podcast oficial da HBO que nunca considerou alterar o conteúdo da cena, originalmente presente em The Last of Us Part II. Para ele, o momento funciona perfeitamente como está. “Por que eu mudaria algo que já dá certo? Eu sabia que funcionaria na TV… É silencioso, íntimo, só duas pessoas em um mesmo espaço, e isso é o que mais gosto de fazer”, declarou Mazin (via Collider).
A sequência, que mostra Joel (Pedro Pascal) surpreendendo Ellie (Bella Ramsey) com uma visita a um museu repleto de fósseis e artefatos espaciais, foi reproduzida com riqueza de detalhes. O momento atinge seu clímax quando Ellie, com um capacete de astronauta, embarca em uma jornada imaginária ao espaço — guiada pela voz de Joel e pelo carinho que os une.
A conexão pessoal por trás da cena
Neil Druckmann, criador do jogo e diretor do episódio, revelou durante o mesmo podcast que a construção da cena teve raízes pessoais. Segundo ele, as características de Joel e Ellie foram moldadas a partir dos sonhos reais dos atores que os interpretaram nos games.
“Quando escalamos você, Troy [Baker], e a Ashley [Johnson], perguntei quais eram seus sonhos. Você disse que queria ser cantor — por isso Joel canta. Ashley queria ser astronauta — e foi assim que Ellie se tornou fascinada pelo espaço”, contou Druckmann. “Joel leva Ellie ao espaço, com o poder da imaginação. Ele a leva o mais longe que pode.”
Beleza em meio à dor
Para Halley Gross, co-roteirista tanto do jogo quanto do episódio, o valor da cena reside justamente na sua leveza diante do peso emocional da narrativa. “Grande parte da série gira em torno da luta de Ellie com o passado… há muita escuridão. O que mais me empolgava em revisitar eram os momentos de beleza, de leveza, de amor e de esperança”, afirmou.
Essa escolha narrativa oferece uma pausa emocional em uma história marcada por perdas e violência. A visita ao museu funciona como um lembrete da humanidade que ainda existe em meio ao caos.
Um tributo que emocionou os desenvolvedores
O cenário do museu foi construído com esmero e realismo, transportando os elementos do jogo da Naughty Dog para o ambiente da série. Quando Druckmann apresentou o set aos desenvolvedores do jogo, a reação foi comovente. “Eu mostro a cápsula espacial… quando olho para eles, estavam chorando. Passamos anos trabalhando nessas sequências, e vê-las honradas dessa forma é como se estivessem homenageando um filho”, relatou.
Gross também destacou o nível de cuidado da produção. “Eles construíram — acreditem — um rover completo que nem aparece no episódio, e um átrio com esqueletos de dinossauros. Foi a experiência mais emocionante e imersiva que já tive.”
Sobre a série
Com direção de Craig Mazin e Neil Druckmann, The Last of Us adaptada o aclamado jogo desenvolvido pela Naughty Dog. Se passando 20 anos depois que uma pandemia devastou a sociedade como conhecemos, a história acompanha a jornada do sobrevivente Joel e da jovem Ellie, interpretados respectivamente por Pedro Pascal e Bella Ramsey.
The Last of Us está disponível na HBO Max.
Confira também:
- Catherine O’Hara fala sobre sua personagem na 2ª temporada The Last of Us
- The Last of Us – Por que Marlene deixou Ellie com a FEDRA?
- The Last of Us – Atriz original de Ellie revela o que achou da atuação de Bella Ramsey
- The Last of Us – 1ª temporada da série quase teve um final diferente
- The Last of Us – Ellie realmente acreditou em Joel?
- The Last of Us – Principais diferenças entre o final da série e do jogo